𝑭𝒐𝒓𝒕𝒚 𝑶𝒏𝒆

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O sol entrava por uma fresta na cortina e batia diretamente no seu rosto, o que te fez acordar tendo um pouco de dificuldade para abrir os olhos, assim que normalizou sua visão pode ver a figura loira dormindo a sua frente. Haviam se passado dois anos. Dois anos que ele tinha ido embora. Dois anos sem nem uma noticia. Nesse tempo, Atsumu e você ficaram bem próximos, e por conta da convivência acabaram criando sentimentos um pelo o outro, fazia mais ou menos 1 mês que estavam juntos, ainda não era nada sério, mas mesmo assim já eram namorados aos olhos de todos.

Nesses dois anos não se passou um dia no qual a figura de Suna não invadisse sua mente, ainda gostava dele, ou melhor, ainda amava ele, e sabia que sempre iria amar. Atsumu também sabia disso, mas você havia se cansado de esperar por ele, e você amava o Miya, então porque não dar uma chance para si mesma de ser feliz de novo, o loiro esteve com você em todos os seus momentos de surtos e crises, fora as boas noites de insônia e os mais variados tipos de pesadelos que sempre resultavam em você acordando aos gritos. Atsumu era realmente uma pessoa incrível, ele aos poucos foi devolvendo seu brilho que havia se perdido com o tempo, nunca imaginaram em ter um relacionamento e era surpriendente como davam certo juntos, tendo ele ao seu lado se sentia bem... mesmo assim o passado havia deixado cicatrizes.

Se levantou indo para a varando e se sentando em uma das espreguiçadeiras da piscina, levando consigo um esqueiro e um beck já bolado, acendeu o cigarro dando uma longa tragada e soltando a fumaça logo depois. Ainda era cedo, os primeiros raios de sol do dia iam de encontro a sua pele, o vento gélido batia contra o seu rosto e em sua mente lá estava ele. Suna havia chegado em sua vida como se não quisesse nada e acabou indo embora como se levasse tudo, ele havia deixado um buraco que so o Miya conseguia tapar no momento.

Você passou um ano e meio esperando por ele. O procurava em todas as festas da cidade, em todos os lugares que sua mente podia imaginar, mas nada, ele literalmente havia sumido do mapa, não adiantava tentar ligar ou mandar mensagem, sempre dava como número inexistente. Você tentou até mesmo falar com o pai do moreno, mas nem ele sabia do paradeiro de Rintarou, tentou mandar um e-mail para ele mas como sempre teve nenhuma resposta. Ao longo dos anos pensar em Suna doía muito e você esperava que um dia as memórias com ele te fizessem sorrir, e não chorar como agora. De qualquer forma, a dois meses atrás havia descidido seguir em frente, mesmo sabendo que o amaria pela eternidade não podia espera-lo pra sempre, e foi ai que decidiu dar a chance ao loiro.

Passou algumas horas ali fumando da erva que tanto lembrava ele, assim que o cigarro acabou apenas se permitiu relaxar curtindo a brisa da manhã. As horas passavam depressa e quando você foi perceber já passava das 10:00h, por sorte era Domingo então não teria que ir a faculdade. Se levantou indo até o quarto e deitando na cama de frente para o Miya, que dormi tranquilamente.

—Tsumu, acorda, já é mais de 10h da manhã. –Você disse calmamente enquanto acariciava o rosto do loiro que acordou em meio a resmungos.

—Podia ser um pouco mais delicada, gatinha, parece minha mãe me chamando pelo nome –O loiro mantinha os olhos fechados enquanto falava e segurava seu pulso acariciando o local com o polegar, já você continuava com as carícias no rosto.

—Desculpa mas não vai rolar. –Você deu dois leves tapinhas no rosto do Miya encerrando as carícias e se levantando, indo direto para o banheiro.

A verdade era que você não conseguia chama–lo com um apelido, isso era uma coisa que você tinha com Suna e fazer a mesma coisa com Atsumu era um encômodo para você. Não demorou muito para que sentisse as duas mais do loiro envolta da sua cintura, enxaguou a boca e olhou o a figura do Miya pelo reflexo do espelho, ele tinha um sorriso lascivo no rosto e um olhar um tanto quanto interesseiro.

𝐃𝐈𝐆𝐀 𝐐𝐔𝐄 𝐍𝐀𝐎 𝐈𝐑𝐀 𝐏𝐀𝐑𝐓𝐈𝐑 [𝐒𝐮𝐧𝐚 𝐑𝐢𝐧𝐭𝐚𝐫𝐨𝐮]Onde histórias criam vida. Descubra agora