𝑭𝒐𝒓𝒕𝒚 𝑻𝒘𝒐

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—Pensei que velhos amigos não precisassem de reserva –Assim que ouviu aquela voz familiar, Osamu encarou o moreno a sua frente, entrando em um leve choque.

—Acho que você tem muito o que explicar, Sunarin. –Osamu disse neutro, encarando Suna que deu um leve risinho.

—Senti falta desse apelido, e de você também, Samu.

—Não muda de assunto. Vem, vamo la pra cima, dependendo da sua explicação eu te jogo do terraço. –Osamu andou pelo restaurante indo até as escadas dos fundos, Suna foi atrás do mesmo e logo chegaram ao terraço –Pronto, já pode se explicar.

—Bom,bora lá. Primeiro, eu sei que não deveria ter ido embora daquele jeito, mas tudo um motivo. Eu passei esses quatro anos fora pois estava em outro país frequentando uma clínica de reabilitação, e digamos que eu não tenho conseguido de primeira. Fiquei 4 meses internado e quando sai voltei a usar, e foi assim por três anos, fiquei indo e voltando até conseguir me livrar de vez de qualquer tipo de vício. O último ano passei me testando pra ver se eu realmente não teria nenhuma recaída, e não tive, por isso estou aqui, fiz isso porque não queria vê-la chorando por minha causa nunca mais, e foi pensando nela que eu tomei a decisão de não contar a ninguém que eu estava indo embora, se ela soubesse era provável que ela iria me esperar e eu não queria isso, eu não tinha certeza que conseguiria sair do vício e eu não podia roubar anos de espera da vida dela. Espero que não estejam todos bravos comigo e que entendam meu lado.

—Acho que a fase da raiva foi depois da tristeza e choradeira, e se você quer saber, ninguém toca no seu nome a quase dois anos, você sumiu e todo mundo seguiu em frente.

—Nossa, fui esquecido assim tão fácil? –Suna fingiu estar ofendido, o que gerou uma reação negativa de Osamu.

—Suna, você sumiu por quatro anos, o que queria? Não sabiamos nem se quer se estava vivo, não esperava que estivéssemos com confetes e uma bandeirinha escrito "Bem vindo de volta", né?

—Na verdade era tipo isso que eu tava imaginando! To brincando, Samu, eu sei que dei mancada, mas já me expliquei por isso.

—Podia ter me contado, eu não ia contar pra ela.

—Eu sei que não, mesmo assim sei que também ficaria me esperando.

—Como tem tanta certeza?

—Eu te conheço bem. Mas chega de falar de mim, quero saber de você, caralho, eu sumi por 4 anos, me informe as novidades.

—Pelo visto você não mudou nada, continua fofoqueiro. Bom, eu me formei em gastronomia, abri meu próprio restaurante, e atualmente moro com meu namorado.

—Então você e Kita realmente deram certo? Caralho, meus parabéns, e o Kita? como ele está?

—Tá ótimo, meio preocupado porquê pretendemos falar com minha família sobre o nosso relacionamento em breve, já era pra ter falado, mas surgiram emprevistos.

—Espero que de tudo certo pra vocês dois, são um casal incrível e merecem ser felizes. Mas e ela...como ela ta, Samu?

—No início ela sofreu pra caralho, você quebrou ela por dentro. Quando você sumiu achamos ela sentada na porta da sua casa toda molhada, ela passou um bom tempo te procurando, ela ia até mesmo em festas só pra te procurar, sem duvidas ela foi quem mais sofreu, mas depois de te esperar por dois anos ela seguiu em frente...e ela vai se casar.

—Uau... casar? você sabe com quem?

—Sei, inclusive vou ser padrinho, e hoje a noite é a despedida de solteiro dele, ele vai gostar de te ver, podia aparecer lá, Tsumu sente sua falta também. –Suna soltou um riso anasalado olhando para baixo em seguida.

𝐃𝐈𝐆𝐀 𝐐𝐔𝐄 𝐍𝐀𝐎 𝐈𝐑𝐀 𝐏𝐀𝐑𝐓𝐈𝐑 [𝐒𝐮𝐧𝐚 𝐑𝐢𝐧𝐭𝐚𝐫𝐨𝐮]Onde histórias criam vida. Descubra agora