discoveries.

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–É impossível. Você não é ela. Que tipo de brincadeira é essa, Yura? Não tem graça. –Malia virou o rosto, sem paciência.

–Malia, não é brincadeira. –Yura diz.

–Como não? Claro que é! Você não é minha mãe, nem se mesmo se parece com ela! Como poderia ser? Minha mãe morreu.

–Não. Ela não morreu... Eu não morri. –Minyoung falou firme, com convicção. Ela não parecia estar mentindo, Malia a olhou –Eu sobrevivi àquele acidente armado pelo Jongmin... O carro que eu estava.. bateu e acabou pegando fogo. Por sorte, eu consegui sair a tempo antes dele explodir, mas uma boa parte do meu rosto se deformou assim como sofri graves queimaduras no corpo. Eu tive que fazer cirurgias, tanto para estética quanto para me esconder de Jongmin. Ele achava que eu tinha morrido, e eu tinha que fazer com que ele continuasse achando isso. Só assim eu teria paz.

Malia ouviu tudo aquilo ainda sem acreditar que era verdade. Parecia coisa de filme na cabeça dela.

–Isso...

–É difícil de acreditar, eu sei.

–Lia... Lembra da carta que você recebeu com as provas da tentativa de assassinato de Jongmin contra sua mãe? –Malia olhou para Yura –Foi ela mesma que enviou pra você. Eu pedi o endereço que você estava justamente pra isso.

–Sim. Depois do acidente, por uma ironia do destino, eu me envolvi com um policial. Eu não tinha para onde ir e nem o que fazer, e ele me ajudou. Eu contei tudo o que passei e ele me ensinou tudo o que sei hoje. Nós acabamos casando, e eu mudei o meu sobrenome para Jung. Infelizmente, ele morreu ano passado. Tinha câncer. Mas os últimos anos de sua vida foram me instruindo para saber o que fazer com toda essa situação. Como salvar você do Jongmin. Como fazer ele pagar pelos crimes dele... Mas você descobriu tudo, então nada mais justo do que eu lhe fornecer todas as provas que tinha contra ele. –Malia ainda não acreditava no que ouvia. Minyoung suspirou. –Você cresceu bem, Malia.

–Eu não teria chegado aqui se não fosse pelo meu irmão.  –Malia olhou para fora, através da janela, e viu Eunwoo encostado na parede, conversando com Hongjoong.

–Fico feliz que você teve a ajuda dele.

–É... –Lia estava com vergonha, mas reuniu todas as suas forças para olhar para Minyoung. Era possível ver algumas marcas quase imperceptíveis no rosto da mais velha, se você reparasse bem. Os olhos de Lia foram até os olhos de Minyoung. A mais velha sorriu de leve, o que fez seu eye smile aparecer. Malia conhecia aqueles olhos. –M-Mãe.

–Filha.

As duas começaram a chorar, e se abraçaram. Yura, que estava de lado, se emocionou até que foi chamada pro abraço por Minyoung.

–Ah, Lia. –Yura se afastou, atraindo a atenção de Malia. –A propósito, minha família não odeia a sua. Ela só odiava o Jongmin. Todos tínhamos contato com sua mãe, então meus pais fingiam que não gostavam da sua família para se manter longe.

–Nossa! –Malia estalou a língua –Então praticamente todo mundo sabia menos eu? Aish! –Elas riram. –Ainda não tô acreditando... Que a minha mãe... voltou. –Elas se olhavam, felizes. –Yu, chama o Eunwoo e o Hongjoong aqui? –A mais nova assentiu.

Em poucos segundos, Eunwoo e Hongjoong estavam na sala, sem entender muito o motivo de terem sido chamados.

–Por que nos chamou? –Eunwoo perguntou para a irmã.

–Eu... quero... te apresentar alguém.

–Bom, quem? –Malia fez um suspense, não sabia como dizer. Eunwoo arregalou os olhos. –O quê? É UM BEBÊ? VOCÊ TÁ GRÁVIDA??? –Hongjoong arregalou os olhos.

–O QUÊ? NÃO!! EUNWOO! –Yura e Minyoung riram. –O que te fez pensar isso?!

–Ah, você demorou de falar e disse que tinha alguém pra me apresentar. Chamou eu e o Hongjoong na sala. Só podia ser...

–Não, não! Eu quero te apresentar a mamãe! –Malia apontou para Minyoung.

–Mamãe? –Uma nova voz foi ouvida na sala, era Hans. Ele tinha acabado de entrar pela porta e estava parado nela. Todos olharam para o mesmo.

–Pai? –Malia disse.

–Hans? –Minyoung disse.

–Que história é essa de mamãe? –Ele se aproximou, olhando para Malia.

–Pai... Eu não sei como te dizer isso, mas... A mamãe... Tá viva. É ela. –Malia apontou para Minyoung, e Hans olhou para a mulher.

–Oi, querido... Quanto tempo.

–Como assim? É a voz dela, mas... não é ela... Que brincadeira é essa?

–Eu... –Minyoung ia dizer, mas Malia interrompeu.

–Porque vocês não vão pro jardim conversar e lá a Minyoung te explica tudo, pai?

–Mas...

–É, vão nessa. O quarto tá bem cheio aqui. –Yura diz, os incentivando a sair. –E os pombinhos precisam conversar a sós. –Ela sussurrou, empurrando eles dois para fora.

Após os dois saírem, Eunwoo virou o rosto para Malia.

–Mas Lia... Que história é essa de mamãe? Aquela é a policial Jung.

–Sim. Jung Minyoung. –Ela disse.

–É verdade, Eunwoo. –Yura disse para o rapaz, o deixando chocado.

–Como você sabe? –Ele questionou.

–Bom, eu mantive contato com ela por alguns anos.

–Então a mãe que você achava estar morta na verdade tá viva? Nossa, Malia, sua vida é um filme! Que inveja. –Eles dois riram.

Malia olhou para Hongjoong, que estava no canto da sala sem dizer nada.

–Hongjoong? –Ela chamou a sua atenção, e todos olharam para o tal. Ele olhou para Malia.

–Hm? –Ele engoliu seco.

–O que você tem? Vem aqui.

Ele se aproximou devagar, e a garota pegou a sua mão.

–Confessa, você gelou porque descobriu que estava na frente da mãe da Lia. –Eunwoo cutucou o mais baixo.

–N-não é nada disso! –Hongjoong gaguejou.

–É, ele acabou de confirmar. –Eunwoo arrancou risadas das meninas.

Adore You. {Kim Hongjoong}Onde histórias criam vida. Descubra agora