CAPÍTULO 4: NÃO CONFIE

21 3 0
                                    

7 de Janeiro de 2021 - 09:00

Assim que a conversa acabou eu e Fred fomos encaminhados por nossas clientes a tentar traçar um padrão para o próximo crime, eu sabia que essa tarefa ia ficar toda pra mim, pois assim que entramos em seu carro Fred me chamou pra uma festa e eu até iria se no momento minha mente não estivesse tão caótica. Após eu negar muitas vezes ele me deixou em casa.

Assim que cheguei senti com mais intensidade minha cabeça me matando, e como eu fui encarregado de organizar as ideias e traçar uma lógica para os assassinatos de Seis, aproveitei para me dopar de novo, agora estou acordado e de ressaca sem sequer ter bebido álcool. Pego meu celular, vejo que são nove e três da manhã e noto uma mensagem de resposta do Subtenente Jorge dizendo: "Não há mais informações sobre o caso do Anjo da Morte".

Assim que saí do Bar de Lótus ontem eu perguntei a Jorge se haviam mais coisas que a polícia havia descoberto sobre o caso, mas pelo visto as informações obtidas eram as mesmas que haviam sido noticiadas.

Anjo da Morte, eu havia visto esse nome em algum lugar, estava em algum local na minha cabeça, alguma hora iria aparecer, mas enquanto essa informação na me vem em mente eu tenho outras coisas a pensar, um exemplo eram aquelas mulheres de ontem serem extremamente suspeitas, eu havia questionado se realmente queria trabalhar com elas e cheguei a conclusão que elas eram mais úteis a meus interesses do que suspeitas, assim que isso se invertesse eu cairia fora.

Prometi a mim mesmo ontem que iria organizar o resto do meu apartamento para poder manter as ideias sobre os casos de Seis claras, mas antes eu precisava tomar um café, não o da máquina e sim um café puro, como vô Antônio fazia; eu me levanto, lavo o rosto e vou na direção da cozinha, após passar e tomar o café eu tomo banho, escovo os dentes e a segunda limpeza do meu apartamento começa.

Quando termino vejo que já é quase hora do almoço, me precavi e fiz pedido de uma marmita pelo delivery alguns minutos antes de terminar, ela chega quase que pontualmente quando eu termino a limpeza, eu desço à portaria, pego a marmita e subo. Após almoçar eu tomo outro banho, as vezes em dias assim eu tomo vários banhos sem motivo, ato questionável de minha parte.

Quando tudo estava pronto eu sigo em direção ao meu quarto e começo a anotar os principais pontos dos assassinatos de Seis, assim que termino os coloco em meu mural preto na parede ao lado da cama.

Ao organizar os casos eles ficam da seguinte forma:

O resto das informações não importavam agora, a data era exatamente no dia seis do mês seis, eu havia encontrado o primeiro padrão, mas apenas no segundo caso

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O resto das informações não importavam agora, a data era exatamente no dia seis do mês seis, eu havia encontrado o primeiro padrão, mas apenas no segundo caso. Volto um pouco e tento pensar novamente no bilhete que estava próximo ao corpo do meu avô, seria aquele "VI" um "Vi" querendo mandar uma mensagem direta a mim? Ou aquela carta não era pra mim? Movo meus pensamentos ao assassinato dos jovens e percebo que não havia nada além do -2 na cena do crime, essa foi a única charada a ser derrotada e eu não havia notado ela rápido o suficiente. E por que caralhos o Anjo da Morte e uma suástica talhados no corpo de um nazista?

Me faltavam muitas informações, eu estava começando a fritar minha mente de novo, sinto a ansiedade subir por meu peito, mas dessa vez tomei novamente um comprimido e me deitei no sofá para aproveitar a calma enquanto ela não se esvaia. Um tempo se passou e Jorge me respondeu dizendo que eu poderia ir a sua casa às oito, me mandando a localização, quando olhei as horas vi que eram sete horas, eu havia feito o tempo voar apenas com um comprimido, eu odiava admitir mas eu adorava meu vício nessas merdas, com certeza um papo de drogado, mas eu adorava essa sensação.

Eu me arrumo e vou na direção da garagem para pegar meu carro e ir de encontro a Jorge, no meio do caminho meu celular vibra, eu o pego e ao ler a mensagem que recebi de um número desconhecido sinto um frio na barriga que pareceu congelar minhas entranhas, a mensagem dizia: "Não confie nelas".

A Sexta PeçaOnde histórias criam vida. Descubra agora