Capítulo 2 - Jogatina

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O rosto ainda doía pelo tapa que levou de Elisa. Quando havia acordado na manhã seguinte, descobriu-se abraçado a ela e levou um golpe no rosto que o deixou dolorido. Massagens não diminuíam a dor.

Retornando para casa — e com dor na bochecha —, pensou no que comeria. A primeira coisa que fez assim que passou pela porta foi tirar suas roupas e ficar apenas de cueca. Gostava da sensação de usar poucas roupas, de sentir apenas a confortável cueca de algodão roçando em seu membro, de sentir o ar em seu peito largo e carnudo, de sentir os pelos de sua barriga balançar livres...

Caiu no sofá e olhou para o teto. Imaginou uma pessoa que poderia deitar-se sobre ele para sentir seu corpo morno.

Aquilo o excitava e deixava úmida a sua cueca grossa de algodão-elástico. Sentiu o cheiro de seu tesão no ar. Queria tanto penetrar alguém até despejar todo o seu leite de leão. Seu membro pulsava.

O seu celular tocou, interrompendo seus pensamentos erógenos. Argh! Rosnou. Deixou o celular tocar por um tempo, mas não poderia deixá-lo assim para sempre. Levantou-se e buscou-o no bolso da calça que jogou no cesto de roupa suja. Nem havia reparado que deixou o celular ali.

Pegou o aparelho tão rápido que nem viu quem estava ligando.

— Alô? — disse ao pressionar o botão verde e atender.

— Atlas — falou Galgo, seu amigo de jogo. — Não vai pro RPG hoje?

A sigla R, P e G fez com que seus olhos se arregalassem de surpresa. Era hoje? Correu até a sala para ligar o computador.

— Já começou a campanha? — quis saber.

— Não — falou Galgo. — Estamos esperando você, senhor Atlas!

— Já estou entrando — desejou que o computador fosse um pouco mais rápido para ligar. Eram pelo menos cinco minutos de espera.

Enquanto o computador ficava em sua longa jornada de inicialização, Atlas foi tomar um banho quente, que confortou seu corpo. Como estava em casa, ficar vestido não era uma necessidade, apenas sua cueca box de algodão macio seria o suficiente. Havia alguns amigos à sua espera. Quem ainda faltava chegar? Lúcio, Júlio e Tânia. Metade do grupo já estava lá, incluindo o membro mais jovem que estava animado em fazer alguma missão para ganhar a tal da experiência para subir de nível.

— Lucas — chamou Atlas pelo seu microfone. — Podemos fazer algumas missões enquanto isso? Sempre demorar para o grupo todo ficar reunido.

— Depende — falou Lucas, o mestre do RPG. — Se não for algo muito demorado, podemos fazer tranquilo. Só preciso de uns minutinhos aqui, calma lá.

Enquanto Lucas preparava a sessão rápida de uma missão, Atlas chamou o amigo novo, Renan.

— Sim — o aventureiro novo concordou animado. — É mais XP na ficha — e soltou uma risada.

— Atlas — chamou Lucas. — Qual é a missão que você vai querer fazer?

— Preciso de seis mil para poder upar meu personagem, então me vê uma boa.

Pelos fones de ouvido, o leão ouviu os dedos de Lucas digitando em busca de missões. Uma aba se abriu, exibindo as missões em tabelas.

— Ei, Renan! — Atlas chamou seu amigo que estava com o nível baixo e essa seria uma boa chance para que upasse seu personagem. — Vamos fazer essa aqui?

— Qual? — Atlas abriu outra aba para que pudesse enviar a Renan o texto da missão. — Tem certeza? Meu personagem morre com um tapa!

— Não se preocupe — falou o leão. — Eu sou guerreiro, pô! Vou te proteger de qualquer coisa que vier atacar.

Coração Quente (Volume 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora