Capítulo 25 - Hormônios

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Atlas prometeu a Roberto que não contaria a ninguém o que aconteceu no passado da raposa. Julieta também sabia, mas o leão garantiu que ela não contaria a ninguém.

— Mas e quanto ao que nós tivemos? — questionou a raposa.

Tivemos? — repetiu o leão. — Por quê? A nossa relação acabou?

— Espere! Você não está querendo continuar com isso, está? — a raposa estava pasma.

— Eu te falei, não falei? Que você é o meu macho favorito — falou o leão.

— O que você está falando, Atlas? Está louco?

— Você não pareceu ser contra quando transamos da última vez — lembrou o leão. — E você já sabia que eu namorava ela.

— Você me persuadiu a fazer aquilo.

— Eu não — defendeu-se o leão. — Eu estava com vontade. Você estava perto e consentiu em fazer o ato. Ou vai dizer que eu estou errado?

Roberto abriu a boca para falar, mas lhe faltavam argumentos. Ele estava certo. Sabia que o amigo tinha uma namorada e mesmo assim consentiu em fazer sexo com ele. Fora um sexo bom, não tinha como negar, mas a culpa que sentiu em ter feito aquilo pesava em seus ombros como blocos de concreto gelado.

— A Julieta não vai aceitar isso...

— Shh — Atlas colocou o dedo indicador entre os lábios da raposa, silenciando-a. — Não tem com o que se preocupar.

Roberto tirou o dedo grande e grosso do leão de seus lábios e olhou nos olhos do felino, que o encarava de volta com um sorriso de vitória no rosto.

— Nem ela e nem ninguém vai saber — repetiu o leão. — Da mesma forma que ninguém vai saber o que aconteceu no seu passado.

Roberto sentiu os olhos se encherem de lágrimas e o polegar do leão passou pela sua pálpebra inferior onde a água salgada se acumulou. Limpou a lágrima do olho de Roberto e depois deitou a face da raposa em sua mão grande.

— Eu vou te deixar seguro — falou o leão. — Nada de ruim vai acontecer com você.

— Você fala isso pra Julieta também? — questionou a raposa.

— Ela é minha namorada e eu, como namorado dela, tenho que defendê-la — respondeu o felino.

— E eu?

— Também!

O canídeo olhou para o felino profundamente em seus olhos amarelos que estavam embriagados pelo desejo e pela imaginação. Lançou um rápido olhar para baixo em direção ao meio das pernas fortes do felino e notou o volume crescer por baixo do tecido.

— Você só pensa nisso? — a raposa apontou para o volume entre as pernas do leão.

Atlas soltou uma bufada de ar. — Bem... eu tenho um problema com... isso — apontou para o volume entre as pernas. Afastou-se de Roberto e tirou suas roupas, mostrando toda a sua nudez para a raposa. — Espero que acredite em mim.

Atlas fez um momento de pausa e continuou.

— Os leões são sexualmente mais ativos que a média, sabia? Segundo os estudos, é uma das espécies que mais se relaciona sexualmente. Não basta eu ser um leão, como também sou um leão-de-Atlas. Por isso o meu nome, Atlas. E um leão-do-Atlas é maior e mais corpudo que um leão normal. E o mais marcante nessa espécie de leão é a juba escura. Sabe o que significa uma juba escura? Libido mais alta.

— É por isso que seu pau levanta a cada cinco segundos?

— Quando eu era adolescente, meu corpo ficou maior. Mais que o normal. Todos repararam no meu crescimento fora do normal. Meus colegas de turma ficavam assustados. Minha juba começou a crescer mais rápido que nos outros machos da família.

Coração Quente (Volume 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora