Capítulo 13 - O beijoqueiro

245 33 24
                                    

Atlas, diante do tanque de roupas do lado de fora, lavou a cueca que ficou toda suja de sêmen. Só assim para eu poder gozar, pensou, esfregando a peça íntima e refletindo o sonho que tivera.

Sonhou com seu amigo nu. Ambos estavam nus. E cometendo atos libidinosos. Além disso, o leão estava sentindo um grande prazer em fazer isso. Por que será que eu tive esse sonho? Sentiu vergonha de ter tido esse sonho.

Deu um beijo em seu amigo, nada mais. A boca da raposa estava rígida de timidez, contudo, havia prazer ali. Se a raposa tivesse mais prática, beija-la seria algo viciante. A língua dele na sua era tão... Por que estava pensando nisso? Abanou a cabeça para afastar os pensamentos.

Continuou esfregando a cueca suja e percebeu que um volume indiscreto se formou entre as pernas. Era o seu membro rígido de excitação. Parou de lavar a cueca no tanque de roupas e tocou seu membro por sobre o tecido elástico limpo que colocou. Sentiu um grande prazer ao fazê-lo. Soltou um grunhido prazeroso. Passou sua mão por baixo da cueca e massageou o membro, umedecido pela sua excitação, babando o líquido gosmento transparente.

Ouviu o telefone tocar na cozinha, baixo devido a distância. Após o quarto toque, questionou-se quem poderia ser. Irritou-se por mais uma vez não ter um momento para se satisfazer.

Removeu a mão da cueca enquanto caminhava para a cozinha. Pegou o telefone sobre a mesa que estava com as migalhas de pão que comeu pela manhã.

Sua chefa questionou sobre certos relatórios e ele respondeu calmamente como encontra-los. Escutou-a abrir gavetas, folhear arquivos e ler rapidamente os documentos. Questionou problemas e Atlas pacientemente sugeriu como resolvê-los. Ela soltou um riso, agradecida por ele ajuda-la a resolver os problemas. Encerrou-se a conversa e Atlas colocou o telefone de volta sobre a mesa da cozinha. Voltou ao tanque de roupas. Torceu a cueca para retirar o excesso d'água, pegou dois prendedores de madeira na caixa próxima e prendeu a cueca no varal com eles.

Olhou para baixo e outra cueca estava molhada por conta de sua excitação. Eu não vou lavar outra cueca, balançou a cabeça, chateado por sua excitação ter ido embora após atender o telefone.

Ligou o seu notebook e conversou com alguns amigos que estavam online. Ajudou quem tinha dúvidas com relação ao rpg, a fazer alguns combos para que pudessem enfrentar um chefão mais forte.

O mestre do rpg, Lucas, ficou online e eles começaram uma sessão. Atlas controlou o seu guerreiro por parte do caminho e depois se despediu, pois precisou sair para trabalhar. Antes de sair, enviou uma mensagem a Renan questionando se gostaria de comer pizza à noite. A resposta foi mais rápida do que esperava, o que incluiu a quantia de pizzas e o sabor. O leão sorriu e recebeu outra mensagem que o deixou mais feliz ainda: sua namorada retornou da viagem.

Após o trabalho, recebeu mais algumas mensagens de sua namorada. Ela ficaria algum tempo com a família para matar a saudade e depois iria para a casa dele.

Parado no semáforo, bufou irritado por ter que se inclinar para ter que ver a cor do sinaleiro. Como estava bem acima de seu carro por ele ser o primeiro da fila, não conseguiu visualizar. Estou aqui há um tempo, acho que é hora de avançar, pensou. Lentamente avançou o carro. Passou a faixa de pedestres e seu tempo de reação, apesar de imediato, não foi capaz de impedir a batida que estremeceu seu carro.

A capivara caiu de sua moto. Rolou no asfalto e parou a alguns metros do carro. O piloto desvencilhou-se da moto que parou um pouco mais distante. O que importava agora era se a capivara se machucou.

Atlas pegou o celular, saiu do carro e correu até a capivara que caiu no chão, gemendo de dor.

— Não se mexa — ordenou ele cuidadosamente, se abaixando até ela. — Não mexa, por favor!

Coração Quente (Volume 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora