I PRÓLOGO I

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06 de julho, 09:45 a.m


Virgínia, EUA

O passado sempre vem a tona, não importa o tanto que tentamos escondê-lo. Muitas vezes, é traiçoeiro, cruel.

Sinto meus pulsos arderem, o único vestígio de dor que ainda tenho o poder de sentir. Meu corpo todo está coberto por vestimenta preta, somente meus olhos estão de fora nesse momento. As correntes me mantém imóvel, dentro da pequena cela criada especialmente para esse momento.

O lugar é totalmente sombrio, escuro e úmido. Não existe nenhuma janela ou porta, somente a da entrada. Uma única luz é responsável pela iluminação.

Ouço atentamente os passos nas escadas, e então vejo quem tanto esperei passar pela enorme porta.

A vejo entrar no local e se aproximar de mim, não esboço nenhuma reação. Minha cabeça permanece abaixada. Sinto ela se aproximar ainda mais e com um sutil toque seus dedos encontram meu rosto, levantando minha cabeça o suficiente para encarar meus olhos.

Ela está me encarando, olho no olho, sei que tenta me reconhecer a todo custo.

— Quem é você? — Pergunta. Seus olhos ainda me encaram.

— Saia daqui. — É a única palavra que digo, antes dela desmaiar. Sorrio, me livrando das correntes e me aproximando de seu corpo caído no chão.

— Pensei que esse seu plano maluco não iria funcionar, mas vejo que te subestimei mais uma vez. — Aleksander Becker fala encostado no batente da porta.

— Já te dei motivos o suficiente para garantir que meus planos nunca falham. — Pego o corpo da mulher em meus braços e carrego até um dos quartos da minha instalação do FBI. A coloco delicadamente na cama.

— E agora, qual o próximo passo com a detetive Agatha? — Becker pergunta e pego a seringa de dentro da gaveta, preparada exclusivamente para Agatha. — Que diabos você pensa em fazer? Ela é a nova detetive do FBI na Itália, não está pensando em matá-la né?

Aplico o líquido em seu pescoço, não vai causar grandes estragos. Apenas será útil para mim.

— Não planejo matá-la, seu idiota. É apenas para fazer com que ela esqueça de hoje, de que me viu. Mesmo que nossos passados estejam entrelaçados. Ou você acha mesmo que ela assim que me ver, não vai se lembrar de quem sou? — Pergunto, sarcástico.

— Então, cogita voltar para Itália? — Becker pergunta, curioso.

— Na hora certa, quem sabe. Tenho assuntos inacabados naquele lugar. — Pisco para ele. — Ah, antes que me esqueça, dê um jeito na detetive, tire ela dos meus aposentos. Quero minha cama limpa dessa sujeira que ela se transformou.

Saio do quarto e caminho para fora das instalações. Aleksander Becker não foi nem mesmo capaz de me observar colocando o chip na detetive. Essa era apenas a primeira etapa do plano. Pego meu celular e envio a mensagem.

[MENSAGEM] Principessa, etapa um concluída, o chip está instalado e sua viagem já está programada. Aguarde as novas instruções. 


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