| CAPÍTULO 07 | IN THE MIDDLE OF THE NIGHT

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In the middle of the night

Just call my name

Estou prestes a ligar para o número desconhecido que me mandou mensagem, quando ouço três batidas na porta do meu apartamento

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Estou prestes a ligar para o número desconhecido que me mandou mensagem, quando ouço três batidas na porta do meu apartamento. Cautelosamente me levanto e me aproximo da porta.

— Quem é? — Pergunto e abro uma pequena fresta, observando Pietro do outro lado. Suspiro aliviada. — Oi! O que está fazendo aqui?

Abro a porta e o encaro. Como no nosso primeiro encontro, ele está todo de preto, o semblante sério e em suas mãos uma rosa vermelha. Quando Pietro percebe meu olhar na flor, me entrega. A pego com cuidado.

— Vim ver como estava, fiquei sabendo que seu apartamento foi invadido. — Fala, simples. Por um momento me perco em seu olhar, ele está diferente desde o último encontro.

Abro passagem e ele entra no meu apartamento. Quando está de costas para mim, reparo na rosa. Sem espinhos.

— Teve o cuidado de tirar os espinhos para não me machucar? — Brinco e ele dá um pequeno sorriso.

— O vermelho do sangue não combina com você. — Fico confusa com sua fala, mas decido ignorar.

Pietro varre o meu apartamento com seu olhar, parando na pasta que estava olhando e principalmente no diário, agora fechado com o nome em sua capa.

— Pelo visto andou ocupada, detetive. — Ele sorri e se senta na poltrona. É como se soubesse que quero lhe perguntar algo.

— Pietro... tocando no assunto, já que você reparou nos arquivos. — Começo a falar. — Você estava na Itália quando a Lamartine era ativa? — Me sento na outra poltrona e espero ele começar a falar.

Percebo que quando falo o nome Lamartine, uma diversão maliciosa brilha em seu olhar. Parecia ser exatamente a pergunta que ele estava esperando que eu fizesse.

— Sim, eu estava por aqui. — Faz uma pausa. — Por quê?

— Então você chegou a conhecê-lo? — Pergunto, extremamente curiosa. Seus olhos estavam fixos em mim. É como se ele quisesse que eu dissesse o nome. — Você sabe... Pietro Lamartine.

— Sim, detetive. Eu conheci. Mas, pensei que você já soubesse, está bisbilhotando um diário sobre a máfia. — Meu corpo se arrepia quando ele fala.

— Só li a primeira página... — Murmuro. — Pode me falar mais sobre ela?

Pietro parece pensar por alguns segundos se deve ou não falar. Afinal, esse é um caso delicado até mesmo para ser comentado.

— A Lamartine foi criada por Pietro Lamartine, o que não é novidade para ninguém. Seu país de atuação inicialmente não era na Itália, mas sim nos Estados Unidos. Pietro veio com a máfia para cá após conflitos internos. — Presto atenção em todos os detalhes. — E desde então permanece em solo italiano. — O encaro, confusa.

— Mas a máfia não está ativa mais... Pelo menos, não desde... — Pietro me interrompe.

— Que Pietro Lamartine morreu? Sim. — Vejo o exato momento em que ele vira o pulso e olhar as horas em seu relógio. — A conversa está boa, detetive, mas preciso ir para um compromisso. — Avisa e sai sem despedir.

Ainda estou absorvendo a conversa que tivemos, quando recebo uma mensagem do Kaden.

[KADEN] Preciso que venha até essa localização, encontramos outro corpo. Pietro já está aqui com algumas pessoas do FBI.

[AGATHA] Pietro está aí? Ele acabou de sair aqui de casa. Mas estou a caminho.

Levanto em um pulo e coloco a rosa dentro de um copo com água. Pego a chave do carro e saio do apartamento. Pietro poderia ao menos ter avisado que iria para o mesmo local que eu, assim poderíamos ter ido juntos.

Minutos mais tarde estou estacionando ao lado de várias viaturas. Desço do carro apressada e avisto Kaden e Pietro conversando. Diferente da roupa que estava no meu apartamento, Pietro está com uma calça marrom e blusa social branca.

— O que temos aqui? — Pergunto, assim que me aproximo o suficiente dos dois. — Ah, não pense que vai fugir por muito tempo, você precisa terminar de me contar sobre a Lamartine.

Pietro arregala os olhos e dá um passo para trás.

— Está louca em falar esse nome? Assunto proibido, Agatha. — A encaro confusa.

— Não parecia proibido quando, minutos atrás, você estava na minha casa me contando sobre. — Percebo quando Pietro olha para Kaden, a confusão estampada em seu rosto. — Inclusive, por que não me disse que estava vindo até aqui? Poderia ter vindo comigo.

— Desculpe, esqueci de falar. Preciso ir perguntar algumas coisas para o perito, já volto. — Pietro fala e simplesmente some.

Desisto de entender esse homem e decido focar no corpo que está a poucos metros de mim.

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