| CAPÍTULO 14 | IL TUO CUORE MI APPARTIENE

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Não foi muito difícil descobrir o próximo local que o assassino deixaria sua vítima, na verdade, ele não deixa, mas manda que deixem por ele

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Não foi muito difícil descobrir o próximo local que o assassino deixaria sua vítima, na verdade, ele não deixa, mas manda que deixem por ele. Essa pessoa tem inúmeras pessoas trabalhando com ele e é com isso que estarei indo jogar.

As mensagens misteriosas? Todo o drama envolvido? Apenas uma distração para acobertar o verdadeiro rastro dele. Isso é o que todos devem acreditar enquanto eu estiver por aqui.

— Me espere no carro. — Digo para Kalel assim que chegamos. O movimento está escasso hoje, isso facilita as coisas para mim.

Fico observando o lugar e então vejo dois homens se aproximarem para um local onde não se encontra ninguém. Eles conversam e então um, volta de onde vieram e minutos depois surge com um corpo nas costas, ele vai novamente e volta com outro. Que trabalho.

Não preciso me preocupar com minha identidade nesse lugar, eles não seriam tão burros em deixar as câmeras ao redor funcionando, enquanto dois idiotas carregam corpos. Pelo menos eu espero.

Vejo eles colocando as algemas nas vítimas e prendendo a corrente. Me aproximo sorrateiramente e dou um sorriso ao perceber que eles não sentiram minha chegada.

— Que trabalho em. — Falo, chamando a atenção dos dois, que nesse momento, parecem dois cachorrinhos indefesos e com medo.

— Quem é você? — O mais alto pergunta. Estalo a língua.

— Esse não é o momento para apresentações. — Digo e me aproximo mais. Eles saem correndo e vou atrás. Onde ele contratou esses homens?

Decido encurralá-los em um beco que tem ali perto. Corro sem desviar dos obstáculos, o que me dá certa vantagem. Faço com que eles vão para onde quero e sorrio ao ver a cara de desespero dos dois.

— Quem é o chefe de vocês? — Pergunto, direto.

— Nós não sabemos! — Respondem, com medo.

— Vocês não sabem para quem trabalham?

— Não. Nunca o vimos, ele apenas diz o que quer e então nós fazemos. — Um deles responde. Pego algo em meu bolso e atiro em sua direção. O dardo acerta em cheio seu pescoço, fazendo com que o líquido entre em seu corpo. Em segundos ele desmaia. O outro me olha aterrorizado.

— O que você vai fazer comigo? — Pergunta, o medo é evidente.

— Eu poderia dizer que gostaria de poupar sua vida, mas estaria mentindo. Eu não gosto de pessoas que matam sem motivo ou que seguem ordens de loucos. Esse é o meu território e não vou aceitar que existam outras pessoas querendo trazer morte. Além de mim, claro. Eu tenho ciúmes. O erro do chefe de vocês foi querer se meter comigo. — Falo rispidamente e me aproximo, cravando uma adaga em seu coração. Vejo o exato momento em que seus olhos perdem o brilho e então decretam sua morte. Suspiro. Mas não posso perder tempo. Abro o corte em seu peito e retiro seu coração, poderia ficar feliz em ter mais um para a minha coleção, mas não pretendo guardar esse.

Encaro a tatuagem de rosa na minha mão e suspiro. Tudo isso sempre foi por você.

Espero alguns minutos e seu colega acorda. Tampo sua boca antes que ele possa gritar.

— Silêncio. — Digo em seu ouvido e ele me obedece.

— Você vai me matar?

-Vou sim, mas antes você precisa fazer algo para mim. — Digo. — Você pode me fazer um favor? — Pergunto. Ele assente freneticamente. — Você vai até onde está o seu chefe e vai dizer um pequeno recado para ele, ok?

— Sim! Faço tudo o que você quiser. — Ele está desesperado.

— Diga para ele que eu não gosto que brinquem no meu território. Eu quem mando aqui, as coisas funcionam da maneira que eu quiser e devo dizer que não estou contente com o que ele está fazendo. — Faço uma pausa. — Diga que eu estou atrás dele, ou melhor, diga que Pietro Lamartine está atrás dele e que eu vou pegá-lo e então matá-lo, da pior forma possível. Seu chefe não vai escapar da morte e nem quem trabalha para ele. Ele me conhece e sabe que não estou brincando. Ele me queria aqui e conseguiu isso, mas ele se esqueceu que em meu território, sou eu quem mando. — O coloco de pé. Eu sei que ele sabe perfeitamente para quem trabalha. — Agora vá.

— Você vai me deixar viver? — Pergunta em choque.

— Oh, não. Eu injetei um veneno letal em você, antes ele matava em segundos, mas decidi aprimorar um pouco e então você terá tempo o suficiente para dar o recado a ele.

O homem sai correndo e vejo quando a detetive chega até o local. Pelo menos eles foram capazes de descobrir dessa vez.

Jogo o corpo do homem e aprecio todas as reações que ela tem. Para finalizar, jogo o coração e a vejo ficar paralisada. Aleksander e Haelyn correm até o corpo e sorriem.

Eles sabem que estou de volta.

Morte se lida com morte. Apesar de saber que existe mais de uma pessoa trabalhando e criando todo esse caos, eu sei que existe apenas uma pessoa capaz de fazer tudo isso e eu espero, pela primeira vez na vida, estar errado.

Preciso virar a distração e impedir que a detetive encontre mais corpos. Isso acaba de virar uma guerra interna que já deveria ter acontecido há muito tempo.

Recebo todas as mensagens da Agatha e decido finalmente encontrá-la, após anos aguardando. O medo em seus olhos ainda é visível, mas seu coração já é meu desde quando nos encontramos pela primeira vez há mais de vinte anos. 

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