| CAPÍTULO 06 |

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Havia pedido alguns dias de afastamento do meu cargo depois do último acontecimento

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Havia pedido alguns dias de afastamento do meu cargo depois do último acontecimento. Cheguei ao meu limite, já não sabia o que fazer. Precisava pensar.

Agora estava sentada no chão da minha casa, com a pasta deixada. Algo me dizia para queimar o objeto, mas minha curiosidade sempre iria falar mais alto.

Retiro o livro e percebo ser um diário, um único nome na capa. Meu corpo se arrepia quando passo os dedos por ele.

"Pietro Lamartine"

Abro na primeira página e meu coração acelera, é como se eu estivesse cometendo um crime somente em ler as palavras descritas.

[...]

No início eu realmente achei que ele fosse ser capaz de me amar, achei que conseguiria fazer ele mudar, mas estava enganada.

Hoje ele estava sombrio, seu rosto estava sério quando nos encontramos. Os assuntos da máfia não eram bons, havia alguém tentando derrubá-lo. Afinal, quem não tentaria?

Pietro era esperto, e eu amava essa esperteza dele.

Adentrei o portão da nossa antiga casa, agora, um dos seus principais galpões de tortura.

Lá estava ele, como um anjo da morte. Roupas pretas, como de costume. O cheiro de sangue conseguia sobressair sobre o seu perfume, mas ainda, sim, seu cheiro estava lá.

— Por favor, senhor, eu não sei de nada que está acontecendo... — O homem amarrado implorava, sempre sem sucesso.

— Eu sei que você não sabe, mas felizmente você foi escolhido para levar um recado para o seu chefe. — Pietro sorria, enquanto aplicava o líquido letal no pescoço da vítima.

Minutos se passaram e ele finalmente percebeu minha presença. Sorrindo ainda mais, ele limpou as mãos ensanguentadas na roupa e caminhou na minha direção.

— Apreciando a vista, principessa? — Me deu um beijo casto e sorri.

Ainda estou sorrindo quando me lembro desses breves momentos. A máfia tirou tudo de mim, tirou ele.

Lamartine era conhecida pela sua letalidade, ou melhor dizendo, era conhecida pelo seu líder. Pietro Lamartine.

Um homem cruel, sanguinário, perigoso. Sua face nunca havia sido revelada, mas seus olhos eram conhecidos.

Pietro era a face da morte, aquele que destruía tudo e todos que estavam em seu caminho.

Um submundo de terror, drogas, armas e poder. Um império construído, um veneno que reinava.

Eu havia me apaixonado por ele, mas não era comigo que ele deveria ficar. Não de acordo com as leis da máfia.

Quem eu queria enganar? Toda essa história, a mesma ladainha de sempre. Um rosto angelical, um sorriso tímido era tudo o que eu precisava. A Lamartine era o meu problema e eu estava disposta a acabar com ela.

Entrar na vida de Pietro foi mais difícil do que eu esperava, fazer ele se apaixonar por mim era impossível, mas com algumas jogadas consegui fazer ele finalmente me enxergar.

Eu não estava perto da máfia porque o amava, como todas essas páginas vão descrever. Eu queria matá-lo.

[...]

Fecho o livro abruptamente, minha respiração está falha. Coloco o livro de lado e pego o dossiê que estava dentro da pasta.

Informações, muitas informações sobre a Máfia Lamartine. Sua localização, estimativa de soldados, possíveis parcerias. Guerras que estavam vindo, planos que estavam sendo traçados.

No final da página, um nome me chamou atenção. Era um documento assinado.

Aiyana Caccini, era o mesmo nome em todas as páginas.

Sinto meu celular vibrar ao meu lado, indicando uma nova mensagem e rapidamente o pego. É um número desconhecido, o que já começa a ser estranho, poucas pessoas possuem o meu número pessoal.  

  

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