| CAPÍTULO 10 | THE CHOSEN FEW

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The chosen few

Eu havia saído do bar há alguns minutos, minha cabeça estava cheia de informações

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Eu havia saído do bar há alguns minutos, minha cabeça estava cheia de informações. Kalel tentou me deter, mas ignorei o que ele disse. Tudo o que eu precisava era chegar em casa e refletir.

O passado deveria sempre permanecer lá, mas não era isso que estava acontecendo.

A noite estava sombria, a rua envolta em uma escuridão densa, apenas iluminada pela fraca luz dos postes, que mal conseguiam penetrar a espessa névoa que pairava no ar. Estava prestes a abrir a porta do meu carro quando escutei um barulho próximo de onde eu estava.

Eram passos, ecoando de forma solene e inquietante. Um pressentimento ruim tomou conta de mim e por um descuido acabei deixando a chave do carro cair no chão.

Antes que tivesse a oportunidade de pegá-la, senti um lenço úmido em meu rosto e então tudo escureceu.

— Será que a bela adormecida não vai mais acordar? — Ouvi uma voz de fundo, minha cabeça estava pesada. Abri os olhos com uma certa dificuldade.

Estava no que parecia ser um galpão, senti meu pulso amarrado. Estava amarrada em uma cadeira, no centro do local. Tudo estava escuro, exceto onde eu estava.

— Vejo que acordou. — Ouço a voz de um homem e então sinto um forte puxão em meu cabelo, fazendo com que eu solte um resmungo de dor.

— Quem é você? — Pergunto após alguns instantes. O homem sai da escuridão e fica na minha frente. Nunca havia o visto antes.

— Não se faça de tola, Agatha. Detetives burras acabam não pegando bem para a sociedade. — Ele sorri. — Meu chefe não está gostando dessa situação toda. — Diz por fim.

— Que situação seria essa? — Pergunto.

— Larga de se fazer de sonsa. — Sinto meu rosto arder com o tapa. — Vou ser breve com você, já que não está facilitando. Esses assassinatos precisam parar, meu chefe não está gostando da visibilidade que estão tendo, está começando a chamar muita atenção.

— Posso saber quem é seu chefe? — Ele sorri e se aproxima, só então percebo alguns homens armados a nossa volta.

— Claro, Agatha. É bom que você saiba com quem está lidando. — Ele fala e se agacha na minha frente. — Dominic Caccini. — Sinto meu coração acelerar ao ouvir esse nome. — Você o conhece, não é mesmo? Sei que sim, então sugiro que dê um jeito de acabar com todo esse burburinho na cidade, ou a próxima morte será a sua.

Ouço palmas na escuridão e levo um pequeno susto. O homem ao meu lado também tem um sobressalto.

— Quem está aí? — Ele pergunta e se levanta rapidamente.

— Dylan, sempre tão prestativo para cumprir as ordens do chefinho não é mesmo? — A voz fala, eu reconheço essa voz. — Pensei ter avisado há muito tempo para não se meterem com o que me pertence. — Ele cantarola, a maliciosidade na voz. — Devo matá-los, detetive?

Vejo o homem ficar pálido na minha frente. Permaneço em silêncio.

— Vou considerar o seu silêncio como um sim. — Ele fala e então vejo um dos homens de Dylan ser baleado na cabeça.

Um. Dois. Três. Quatro tiros e quatro mortos. Resta apenas um que consegui observar anteriormente e o Dylan que está na minha frente. Diferente dos demais, vejo uma corrente ser lançada em direção ao quinto homem e logo após ele é puxado para a escuridão.

Seus gritos ressoam no galpão e logo o silêncio reina novamente. Então, finalmente vejo sua silhueta na escuridão, mas dessa vez, o sangue rodeia todo o seu corpo. Ele se aproxima lentamente, passos calculados. Seus olhos estão fixos em Dylan. Seu rosto coberto por uma máscara preta.

— Você... Não é possível...-Ouço Dylan murmurar e o homem misterioso sorri.

Ele finalmente chega até a luz, sua roupa está repleta de sangue, mas totalmente impecável, sem nenhum amassado. Em suas mãos, um coração.

— Quem é você? — A pergunta escapa de mim e agora seus olhos estão fixos nos meus. Ele se aproxima ainda mais e com apenas um olhar, Dylan se ajoelha.

— Você sabe quem eu sou... Só busca desesperadamente não acreditar nisso, detetive. — Ele sussurra no meu ouvido. Meu corpo gela.

Ele leva a mão até a máscara e retira. Sinto meu coração parar por um instante.

— Pietro... — Murmuro e seu sorriso se expande. Mas ele não diz nada, aguarda algo a mais. — Pietro Lamartine. — Completo e Dylan parece que vai desmaiar a qualquer instante.

— Olá, detetive. — É tudo o que responde, antes de se aproximar do Dylan. — O que eu faço com você? — Ele pergunta.

— Pietro, como isso é possível? — Dylan pergunta.

— Shh! Não gaste suas palavras... Infelizmente você é a única pessoa que ainda pode levar um recado para mim. — vejo um alívio percorrer o olhar do Dylan. — Mas eu não gosto de garotos de recado... — Pietro completa e então, um segundo depois, a cabeça do Dylan está no chão. Decepada de seu corpo.

Pietro se vira para mim e se aproxima novamente.

— Que situação você se meteu hein, detetive. — Ele sorri enquanto limpa as mãos em um pano.

— Me solta, por favor. — Peço, minha mente ainda não processou o que de fato está acontecendo.

— Não seja idiota, não é porque salvei sua vida que sou o herói da sua história, Agatha. — Pietro fala e se afasta de uma vez. — Tenho certeza que consegue se soltar sozinha, basta apenas o incentivo certo. — Ele então acende um isqueiro e joga no chão perto de onde nós estamos. O fogo começa a queimar rapidamente. — Tive o trabalho de espalhar um produto inflamável pelo local, então sugiro que seja rápida, se quiser viver.

— Você está louco? — Grito. — Me solta! — Mas já não o vejo mais.

— Boa sorte, detetive, vamos nos encontrar em breve.

— Pietro, por favor. — Suplico e ouço seus passos cessarem por um instante.

— Não precisa fingir que não me conhece, Agatha. Estamos só nós dois aqui. Mas agora, não é o momento, se solte e depois conversaremos. — E então, ele finalmente se vai, levando consigo toda a escuridão que o pertence, como no início.

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