Capítulo 27

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Katrina

Eu não estava esperando por aquilo.

Estava tudo muito delicado e romântico. A iluminação baixa, amarela, deixando o ambiente mais confortável e aconchegante. As rosas, a comida. Eu não sabia nem como agradecer.

Caminhamos até a mesa que estava posta e Gustavo puxou a cadeira para que eu me sentasse.

A comida ainda estava quente, o que significava que ela tinha sido feita há pouco tempo. Estava muito boa também. Durante todo o jantar, conversamos e rimos. Às vezes Gustavo segurava minha mão por cima da mesa, levando-a à boca, dando um beijo cálido.

Assim que os dois pratos estavam vazios, ele levantou, empurrando sua cadeira pela grama e veio até a minha, ajudando-me a levantar.

Dessa vez ele pegou minha mão e começou a me conduzir para outra parte do jardim, que ficava mais ao fundo da casa.

Havia uma toalha estendida no chão, ao lado tinha um balde cheio de embalagens de trufas.

— Para nossa sobremesa — Gustavo apontou com a cabeça.

Deitamos sobre a toalha, Gustavo levou as mãos para trás da cabeça, eu peguei uma trufa e em seguida deitei sobre seu peito, olhando para o céu.

— Você está gostando de estar casado comigo? — a pergunta saiu da minha boca sem uma prévia, do jeito que se formou na minha mente, eu a fiz.

— Eu estou achando muito melhor do que eu havia imaginado.

Um momento de silêncio se formou entre nós, mas ninguém se movimentou.

— O que você acha que vai ser da gente quando esse período de seis meses acabar? — novamente uma pergunta inesperada.

— Eu ainda penso nisso toda noite.

Levantei-me e deitei de lado, apoiando-me sobre um cotovelo e a cabeça na mão, encarando-o.

— Você pensa nisso à noite?

Gustavo também em encarou.

— Todas. Quando eu vejo você colocando Helena para dormir, e eu penso o que eu faria sem você. Quando vou para nosso quarto e você já está deitada, toda linda e sensual me esperando. Quando almoçamos ou jantamos juntos, quando brincamos juntos com Helena. — Ele fez uma pausa. — Praticamente tudo o que eu faço junto com você, me faz pensar "o que será de mim quando esse período acabar".

— E se esse período não acabar? — Gustavo franziu as sobrancelhas. Provavelmente ele havia entendido, mas eu explicava, sem problema nenhum. — Se nosso casamento durasse mais... sei lá... — estava insegura do que dizia.

Por alguns segundos ele não falou nada, apenas ficou me encarando por um tempo.

— Você quer isso? — ele tinha um tom de insegurança na voz que eu não conseguiria decifrar.

— Quero sim. E você?

— Bom... — Ele pegou uma trufa no balde, tirando o papel e dando uma mordida. Eu tinha a plena certeza de eu ele estava fazendo aquilo para me provocar, porque ele mordeu me encarando, quase em câmera lenta, degustando o pedaço de chocolate, passando a língua pelos lábios. — Eu adoraria ser seu marido por mais tempo... sabe, aproveitar as coisas boas que podem ser oferecidas...

— E que coisas seriam essas?

— Tendo uma esposa tão linda? Eu tenho vários pensamentos com ela.

Levantei-me e subi em cima dele, colocando uma perna de cada lado de seu corpo.

— Você estaria me usando, Sr. Gustavo?

Um Marido de MentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora