Katrina
A escola estava se tornando um dos meus lugares favoritos no mundo.
A cada dia que passava ali, aprendia mais sobre os moradores da comunidade, sobre as crianças. E estava conseguindo, digamos que atuar, na minha área, já que pedagogia era o que eu sempre sonhei. Dar aula e ensinar crianças era algo que me deixava muito feliz.
Meu pai havia entrado como colaborador na escola, ajudando em tudo o que podia, ainda disponibilizando algumas aulas sobre direito para adolescentes.
Eu estava muito feliz.
— Kat, as crianças — Fernanda, que trabalhava na ala de berçários, entrou na sala em que eu estava empurrando um carrinho de bebê duplo onde estavam minhas duas crianças.
Eu lhe agradeci que posicionou o carrinho à minha frente, com as duas lado a lado entretidas com um brinquedo e saiu da sala, deixando-nos sozinhas.
Parei tudo o que estava fazendo e fiquei observando-as.
As duas estavam se dando muito bem, eram carinhosas uma com a outra, e a diferença de idade era um mês praticamente. Enquanto Laís estava com dez, Helena tinha nove. O que era ótimo também, pois assim elas dividiam tudo.
Laís estava com a gente há quase duas semanas, e eu já poderia dizer que não conseguiria viver sem aquela criança. Gustavo também se apegou a ela muito rápido, e estávamos felizes demais. Em menos de um ano, minha vida tinha virado de cabeça para baixo e eu me casei, tornei-me mãe de duas crianças e tinha uma escola para dirigir.
— Oi, amor. — Gustavo entrou na sala interrompendo meus pensamentos.
Ele parou ao lado do carrinho, dando um beijo na cabeça de cada menina e veio em minha direção, dando-me um beijo também, mas este na boca.
Eu nunca me cansaria daquilo também. Ver Gustavo como pai era divino. O amor que ele já dava para Helena, e depois começou com Laís, deixava-me mais apaixonada a cada dia. E sem falar no amor que ele me dirigia também.
— Oi. Você vai embora com a gente?
Ele vinha ajudando na escola, em algumas reformas, e até mesmo administração, que era a sua área. Além de dar algumas aulas para ajudar adolescentes escolherem no que se profissionalizar. Além de ter conseguido um trabalho no escritório do meu pai, auxiliando em algumas coisas quando ele precisava na área de administração.
— Estamos terminando de pintar a calçada, então vou ficar mais um pouco.
Já passava das duas da tarde e eu teria que me encontrar com meu pai, já que havíamos combinado de nos encontrarmos em sua casa.
Ele fazia questão de que eu fosse visitá-lo todo final de semana, e principalmente levasse suas netas.
Sim, ele tinha adotado as duas como netas, assim como Vera as considerava também. E as duas eram os xodós deles.
Provavelmente Taís e Helena estariam lá também, já que as duas babavam naquelas meninas também.
O processo de adoção de Laís estava caminhando, e com a ajuda de Thiago, que também havia sido contratado pela empresa do meu pai, estávamos muito adiantados em tudo – os vídeos e documentos que Joana havia nos deixado, também estavam ajudando muito.
— Vou para casa dar banho nas encrencas, então e se você chegar a tempo, saímos juntos, ou qualquer coisa me encontra na casa do meu pai, ok?
Ele deu aquele sorriso de lado, que eu amava.
— Tudo bem, quero minhas garotas bem cheirosas.
— E eu? — fiz biquinho, encenando uma cara de brava na brincadeira.
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Um Marido de Mentirinha
RomanceEu estava precisando de um emprego, mas sendo pai solteiro era algo quase impossível. Até que Katrina Ferrer apareceu, procurando por um marido de conveniência, para poder receber uma herança. Eu não queria me envolver nessa história, só que me pare...