wanna dance?

7.5K 444 40
                                    

𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐎𝐒.
point of view.

— Quer dançar? — Coringa pergunta, com a boca próxima ao meu ouvido, por conta da música alta.

Meu coração dá um pulo idiota com a proximidade de seus lábios em minha pele.

— Não, por quê eu dançaria com você? — pergunto arqueando uma sobrancelha.

— Tudo bem, tem uma fila me esperando. — ele diz, esperando que eu diga alguma coisa.

Ergo as sobrancelhas o suficiente para lançar-lhe uma cara debochada.

— Você não tem vergonha na cara não? — pergunto.

— Falou a que estava preocupada comigo à uns dois minutos atrás. — ele diz.

Se eu estivesse em boas condições, me esticaria e daria um tapa em seu ombro.

— Não estava preocupada. — falo.

— Certo, então para eu não achar isso, dança comigo! — ele se levanta em um pulo, e estende sua mão para mim.

Fico observando sua mão e pensando: por quê eu dançaria com um estranho em uma festa?

Ah, dane-se. Eu estou bêbada, preciso me divertir. Técnicamente, é por isso que vim aqui.

Pego em sua mão e deixo que ele me puxe. Observo nossas mãos entrelaçadas enquanto ele me puxa para o meio da pista, e esse contato me faz estremecer.

Ele começa a dançar quando chegamos perto do pessoal, e de repente, me lembro do óbvio.

— Ah, tem um pequeno problema. Eu não sei dançar. — sorrio sem graça.

Coringa deixa as mãos caírem ao lado do corpo, enquanto me olha de maneira irônica.

Fico parada até que ele puxa a minha mão, fazendo meu corpo se chocar contra o dele, enquanto o mesmo começa a se mover.

A maioria dos caras ao nosso redor dançam de uma maneira  desengonçada, mas Coringa não. Ele se move como se fosse profissional.

Eu me sentiria muito menos humilhada se ele não estivesse movendo seu corpo contra o meu. Ou melhor, ficaria muito menos determinada à dançar junto. Pois ele dança muito bem.

Mas então, me deixo passar vergonha ao menos uma vez. O álcool me dá coragem para dançar no ritmo da música, do jeito que eu sei, com as luzes piscando no chão e o corpo de Victor fazendo-me ter frio na barriga.

Quando a música acaba, começa outra mais lenta, e as luzes ficam apenas na cor branca, se mexendo devagar.

Quando começo a balançar meu corpo de leve, Coringa fica meio sem graça, olhando para mim com uma mistura de vergonha e admiração. Seus olhos passam pelo meu corpo, como se ele me despisse ali mesmo. E sabe da pior? Talvez eu queira ser despida.

— Ah, você não sabe dançar esse tipo de música. — constato, dando uma risadinha da cara dele.

Ele cruza os braços e faz uma cara desolada. Então, como o efeito do álcool ainda está no meu corpo, me aproximo dele novamente e pego seus braços, enrolando-os na minha cintura.

Depois envolvo meus braços em seu ombro, sentindo seus músculos ridiculamente moldados contra minha pele. Os primeiros versos de It's you foram dançados de maneira totalmente normal, até Victor se desajeitar e tropeçar.

— Ai! — sinto seu pé pisar o meu, mas ao invés de reclamar, eu dou risada.

— Foi mal. — ele ri baixinho, próximo ao meu ouvido, e me vejo sorrindo com o ato.

Depois de mais algumas tentativas, ele finalmente consegue.

Sinto o coração dele bater forte contra o meu, enquanto me envolvo com o calor de seu corpo e no ritmo que criamos.

𝐈𝐓'𝐒 𝐘𝐎𝐔, 𝐛𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora