scoundrel's life.

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𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐎𝐒.
point of view.

Coringa folga a mão da minha cintura e me aproxima mais de seu corpo. O gesto a princípio parece inocente...mas diga isso ao meu peito, que não para de subir e descer em uma respiração rápida. E às minhas pernas, que de repente parecem estar mais fracas.

Olho para o lado e observo Carolina, que estava com os olhos arregalados, mandando um joinha com as mãos, enquanto me lançava um sorriso descontraído.

Por algum motivo, meus olhos caem para o queixo de Coringa, analizando as feições de seu rosto até chegar em seus olhos castanhos claros.

— O que foi? — pergunto, ao mesmo tempo me perguntando pela maneira que reparei nele.

— Nada, eu que te pergunto. — ele diz, sem tirar os olhos de cima de mim.

Sinto um sorriso em suas palavras, meu peito se eletriza, e eu abaixo a cabeça fechando os olhos.

— Não é nada. — respondo, sorrindo internamente.

Encosto minha cabeça em seu ombro e continuo mantendo meus olhos fechados. Dessa vez, ele gruda mais meu corpo no dele.

Abro os olhos e vejo de relance sua bochecha se curvando em um sorriso. Meus ouvidos captam seus batimentos cardíacos fortes, e eu me desligo do mundo para ouvir o barulhinho do "tum".

Olho para frente e vejo Arthur e Carol dançando sorridentes na minha direção, enquanto seus amigos estão dando risada e cochichando à respeito disso.

Fecho a cara e me solto do corpo de Coringa depois da música acabar. Dou-lhe um tapinha brincalhão, como um disfarçe para que ele não ache que quero alguma coisa dele.

Vou até Carol, determinada a fazê-la me levar para casa logo. Ela ainda me olha com surrealidade.

— Quem diria...você vai pegar o melhor amigo do meu namorado? — ela cochicha e eu nego imediatamente, balançando a cabeça morrendo de vergonha.

Resolvo mudar de assunto.

— Podemos ir embora? Estou com sono, fome e suja. — resmungo. — Que horas são?

— Devem ser cerca de três horas da manhã. — ela diz. — Vamos para o apartamento do Coringa, amanhã a gente volta para casa, pode ser? Acho que está muito tarde para pegar o trajeto longo até a República.

— O que? No apartamento do Coringa? Por que justo lá? Não era na casa de um amigo do Arthur? — pergunto.

Ainda não me esqueci da maneira como o Coringa me tratou no incidente do andar de cima.

— É ele! — ela diz, e quando percebe meu desconforto acrescenta: — Fica tranquila, o Coringa sabe que você está fora do radar dele.

Está fora do radar de um garoto significa que não sou uma de suas opções descartáveis.

Partindo da minha primeira impressão, posso concluir que Coringa é alguém que não se envolve em laços amorosos.

Meu corpo se relaxa: ainda bem.

Mas parte de mim se questiona do porquê de ele não se envolver. Claro, Babi, o cara deve estar provavelmente querendo aproveitar a vidinha de cafajeste.

Depois que Arthur nos leva até o apartamento de Coringa, que por sinal, é mais ou menos moderno

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Depois que Arthur nos leva até o apartamento de Coringa, que por sinal, é mais ou menos moderno. Ele passa a chave na porta e a abre, ligando o aquecedor com um controle.

— É pequeno, tem um quarto com cama de casal no final do corredor e...o meu. — Victor diz.

— Vou dormir com a Carol no quarto, a Babi pode dormir aqui no sofá. — Arthur diz, puxando Carol pela cintura e dispensando qualquer possibilidade de eu dormir com a minha melhor amiga.

Que beleza.

— Vocês são muito chatos, sério. — reviro os olhos e me jogo no sofá, terei que me contentar em dormir nele.

Melhor do que dormir no chão daquela República da festa, penso.

— Ela pode dormir na minha cama. — Coringa diz, despertando surpresa e curiosidade em todos.

Dispenso a possibilidade na hora.

— Não...você pode dormir lá. — digo.

— Eu durmo no colchão, não vamos dormir juntos. — ele diz mexendo em alguns armários. — E pode ficar tranquilo que eu não vou assediar a garota Arthur. — ele revira os olhos para o amigo, que estava o olhando com certa desconfiança.

𝐈𝐓'𝐒 𝐘𝐎𝐔, 𝐛𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora