i need to forget bárbara.

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𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐀𝐔𝐆𝐔𝐒𝐓𝐎.
point of view.

point of view

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Esquecê-la. Eu preciso esquecer Bárbara.

Estou assustado e em pânico, porque nunca me atraí por alguém de maneira tão singular. E isso me assusta, porque desejo fazer coisas com Bárbara que nunca desejei fazer com ninguém.

Quero ela na minha cama de novo. Quero as carinhas debochadas e os sorrisos que eu consigo arrancar dela.

Mas a realidade é como um tapa na cara, pois como ela mesmo disse, ela não é nada minha. E parece que estar longe de ser.

Então posso muito bem continuar com o meu papel de idiota.

Como no dia em que ela interrompeu meus pegas no quarto daquela República. Cara, quando me irritei com ela na porta daquele quarto, fiquei hipnotizado com aqueles seus olhos castanhos e aquele corpo cheio de curvas.

E o caralho que ela não sabia dançar. Ela dançava como se a música fosse dela, feita para ela.

— Coringa, você ia me dizer alguma coisa? — a garota, cujo não me lembro o nome diz.

Ela mais parece ter um tique nervoso nos olhos do que estar flertando comigo.

— Não, nada. Não ia dizer nada. — falo, saindo dali o mais rápido possível, me perguntando o que diabos Babi está fazendo comigo.

Eu sei a resposta. Me deixando louco. É isso que ela está fazendo.

Assim que chego no refeitório, avisto todos os meus colegas conversando em cima da mesa. Me sento ao lado do Arthur, cumprimentando todo mundo.

— Qual foi a boa agora? — Gilson pergunta, provocando risadinhas entre ele e Mob.

Todo mundo sabe que eu uso meu tempo livre para usar e abusar desse corpinho que Deus me deu. Só que o que ninguém sabe, é que agora ele só está querendo um alguém.

— Nenhuma, seus palhaços. — rebato.

Meu olhar se volta para Babi, que embora esteja fingindo estar ocupada com a caixinha de suco em sua frente, está prestando atenção na conversa.

Ao me ver olhando para ela, a mesma desvia o olhar e começa a conversar com Carol.

O sinal da volta das aulas ressoa pelo refeitório, fazendo-me resmungar pelo intervalo ter passado tão rápido.

Então, me despeço de todo mundo e volto para a sala de aula. A minha cadeira e a cadeira de Babi ainda estão juntas.

Me sento e a espero se sentar ao meu lado de novo, mas quando ela chega, começa a pegar meu material para me colocar junto com Arthur de novo.

Dizer que ela parece irritada é pouco. Quando ela joga uma bala na direção de Carol, resolvo irritá-la ainda mais. Só para saber com o quê ela está incomodada.

— Rosa, me dá uma? — pergunto, me inclinando para perto dela.

O leve perfume de framboesa que exala de sua pele macia me dá vontade de afundar a minha cara ali naquele pescoço, chupar e...

Como o esperado, ela respira fundo, com raiva.

— Não. — ela responde, seca.

Essa distância e briguinha que andamos tendo está me deixando completamente maluco e incomodado.

— Por que não? Então eu fico aqui. — digo teimoso, enquanto coloco meu material na mesa de volta.

— Que merda, Coringa! Ou você fica aí ou aqui. — Carol reclama, colocando sua mochila na cadeira ao lado de Arthur, já que a mesma achou que trocaríamos de lugar de novo.

— Certo, vou ficar aqui. — grudo meu corpo na cadeira e cruzo os braços, me recusando a sair.

— Ah não. Sai daí logo. — Babi remexe a cadeira, mas ela nem chega perto de se movimentar.

Quando desiste, se senta na cadeira ao meu lado bufando e virando o rosto, evitando olhar para mim.

— Não vou sair, até você me dizer o por que está brava. — falo aproximando meu rosto do dela.

Seu rosto está coberto de raiva, e odeio admitir, mas é a coisa mais linda do mundo.

Ela se inclina na mochila e começa a trocar o material de acordo com a próxima matéria.

— Você fica, hum...transando por aí, e acha legal ficar usando garotas? — ela pergunta.

Arqueio uma sobrancelha, tentando reconhecer se a raiva dela é mesmo por isso ou pelo...ciúmes. A idéia faz um sorrisinho surgir em meus lábios.

— Tem certeza que é por causa disso, rosa? — pergunto.

— Tenho. — ela grunhe batendo os cadernos na mesa.

— Olha, eu não fiz nada com a garota que flertei no corredor, se é isso que você quer saber. — confesso, mas agora o por que fiz isso, eu não sei.

— Ah, é? — ela diz apoiando o rosto nas mãos, tentando me evitar.

— É. Nada. Nadinha. — falo.

Porque quero fazer todas elas com você. Fico querendo dizer, mas fico quieto.

— Hum. — ela murmura, parecendo indiferente.

Mas quando ela afunda o rosto entre as mãos, eu as afasto e capto um sorrisinho por trás delas.

— Ah, você está feliz por eu não ter me envolvido com ela? — pergunto, a provocando.

Ela dá uma risadinha e sorri.

— Para, não é nada disso. Agora fica quieto e presta atenção, não quero a professora pensando coisas horrendas da gente por aí. — ela diz.

Coisas horrendas, claro. Aperto os olhos em sua direção e logo me viro para lousa.

𝐈𝐓'𝐒 𝐘𝐎𝐔, 𝐛𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora