Victor Augusto: Convencido, festeiro e orgulhoso. Sem dúvidas é um cafajeste de carteirinha...até conhecer Bárbara Passos: Doce, mas vibrante. Tímida, mas determinada. A garota que em uma só noite conseguiu virar a vida de Victor de cabeça para baix...
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— Hum, espera, só mais uma coisa. — ele me impede de entrar na sala de aula, com sua voz parecendo rouca e um pouco falha.
Guardo a informação de que fui eu quem causei esse efeito nele, sorrindo.
— Me passa seu número? — ele pergunta.
— Passo. — pego meu telefone no bolso da frente da mochila.
Quando termino de ditar os números, ele pergunta:
— Posso tirar uma foto sua?
— Hum, melhor não. Sou péssima em fo... — antes que eu pudesse terminar de falar, Victor já ergueu seu celular, logo ouço o som da foto sendo tirada.
Alarmada, vou para o lado dele e observo a foto. E lá está minha foto: distraída e péssima.
— Não, Victor, apaga! — a última palavra saiu da forma mais ameaçadora possível.
Tento agarrar seu celular, mas ele desvia no mesmo segundo, rindo feito uma hiena descontrolada.
Sabendo que o mesmo está distraído em suas sessões de risos, ergo meu celular e tiro uma foto dele. Quando observo a foto, vejo que o miserável fez uma pose no último segundo.
E ele posa como um modelo; ainda não consigo acreditar que nenhuma agência de moda tenha se interessado por esse embuste.
Só de raiva, clico na lixeira no canto superior da tela. Então, de repente eu tenho uma idéia.
— Coringa, sabe aquele garoto que você expulsou hoje mais cedo? — falo, doce e inocentemente.
— Sei, o que tem o idiota? — a graça some da sua expressão facial na hora.
— Não é por nada, mas ele bem que podia ter sido acusado de assédio. Ele me chamou de gata e tudo mais... — provoco-o discretamente.
Então, ergo meu celular de novo e capto sua expressão furiosa.
Mordo o canto dos lábios e comemoro.
— Esperta você, hein. — ele arqueia uma sobrancelha, aceitando o troco. — Mas é verdade?
— É. Mas não faça nada, ele é só mais um babaca.
— Por que você acha que eu faria alguma coisa? — ele me pergunta, arrastando a voz num sotaque lento e grosso.
Ele sempre faz isso quando quer me provocar.
— Não, é que... — tento argumentar, mas não consigo encontrar as palavras.
Iria dizer que era porque ele se preocupa comigo, mas não sou vidente. Gosto dele, mas não sei se o sentimento é recíproco.
— Tudo bem...é...não precisa fazer nada. Vou indo. — me despeço, um pouco nervosa, talvez?