bad feeling in the chest.

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𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐎𝐒.
point of view.

Nós decidimos ir até alguma lanchonete

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Nós decidimos ir até alguma lanchonete. Augusto insistiu que eu fosse com Arthur e Carol no carro, já que havia começado a chover forte e ele não queria que eu fosse com ele na moto, então eu acabei vindo com Crusher e Carolina, mesmo tendo uma inútil sensação ruim no peito.

Quando chegamos no local, ele ainda não havia chegado, então eu fico o esperando do lado de fora da lanchonete.

— Babi! Vem logo, a gente já vai pedir! — Carol grita, saindo um pouco do lado de fora do estabelecimento.

— Não precisa pedir para mim, eu estou esperando ele! — respondo.

Mas, depois de mais de dez minutos, ele não chegou. Ligo para ele para saber se o mesmo voltou ou esqueceu alguma coisa em seu apartamento, mas ele não atende, só cai na caixa postal. E a sensação ruim só aumenta.

Ouço um barulho de moto e me animo, mas é outra pessoa.

Quando se passam mais de vinte minutos e ele ainda não chegou, tento ligar novamente, já preocupada.

— Ele ainda não chegou? — Carol vem até a beira da calçada comigo, onde a chuva cai forte e barulhenta.

— Não, será que aconteceu alguma coisa?

— Ele deve chegar logo, não se preocupa. — ela tenta me tranquilizar, mas as palavras só me deixam mais preocupada.

Por que eu me preocuparia? Ele está bem, só deve ter esquecido alguma coisa...

— Vem, vamos para dentro, depois ele vem direto para cá. — ela diz, e então eu acabo entrando.

— Ele não chegou? — Crusher pergunta.

— Não. — Carol responde por mim. — Você vai pedir o quê?

— Acho que vou esperar ele chegar primeiro. — falo.

Ela concorda com a cabeça e depois começa a conversar com Arthur. De repente, meu telefone toca e eu atendo rapidamente, numa mistura de alívio e preocupação.

— Vic! Onde você...

— Boa noite, você é a Bárbara Passos, certo? — uma voz desconhecida preenche a linha.

— Sim, sou eu.

— Liguei para informar que Victor Augusto Camilo sofreu um acidente...e o seu nome está em um dos contatos que ele registrou como importante... — não sei sobre o que a moça está falando.

Parei de respirar quando ela disse "acidente". Meu coração começa a palpitar mais rápido.

— Desculpa, moça...de onde é? — pergunto, sentindo o ar sair dos meus pulmões e minha visão se embaçar.

— É do Hospital... — ela diz mais algumas coisas, mas o celular escorrega das minhas mãos e eu começo a entrar em pânico.

— Babi?

— Victor sofreu um acidente. — repito, me levantando da mesa mesmo sem sentir o resto do corpo.

— Espera...ele o quê? — Arthur pula da mesa.

— Eu não sei, me ligaram... — começo a ficar zonza, com as vozes ao fundo fazendo uma espécie de eco na minha cabeça.

Victor. Acidente.

— Pelo amor de Deus, me leva para lá. — meus olhos começam a se encher de lágrimas.

Cadê ele? Isso não pode estar acontecendo. Não com ele. Não com o meu Vic.

Arthur corre em direção ao carro e Carol me puxa para lá rapidamente. O resto de tudo se passa num borrão. Ainda estou em choque. Meu coração está disparado e eu preciso vê-lo. Só preciso saber se ele está bem.

Assim que Crusher estaciona na frente do hospital, eu desço e saio correndo até a recepção.

— Cadê ele? — eu me apoio no balcão.

— Desculpa moça...cadê quem? — uma senhora de jaleco branco pergunta.

— Victor Augusto Camilo, ele se chama Victor Augusto Camilo. — repito, com dificuldade para falar.

Ela olha para a merda da prancheta e analisa o papel.

— O paciente da sala trinta? — ela questiona.

Eu não faço ideia, mas começo a correr pelo corredor, tentando reconhecer o número trinta de alguma sala. Quando acho, olho por trás do vidro. Há muitos médicos em volta da maca, eu mal consigo enxergá-lo.

Então, sem ter dimensão do que estou fazendo, abro a porta.

— Quem é ela? — um deles diz, mas eu só quero ver o estado dele.

Quando consigo enxergá-lo melhor, solto um suspiro e começo a chorar.

— Vic? Eu preciso ver ele... — tento me soltar dos braços que me levam para fora.

Porra, ele está totalmente machucado! Só tem sangue na perna dele e...

— Babi... — ouço a voz rouca dele.

— Vic, pelo amor de Deus, eu tô aqui, por favor...

— Você precisa sair daqui moça, só vamos te informar sobre o estado dele após a cirurgia. — um dos médios diz.

Um desespero se instala em mim.

— Cirurgia meu cu! Quem garante que ele vai ficar bem? E se a merda da cirurgia não funcionar? — grito.

Outro braço me puxa para trás, e então percebo que é Carol, me afastando da sala.

— Babi, calma...alguém pode chamar a polícia, calma...

— Que chamem, eu só quero ver ele... — me apoio na parede e sento no chão, colocando a cabeça entre os joelhos.

— Ele vai ficar bem Babi, calma... — ela continua.

Eu agarro meus cabelos. Eu devia ter suspeitado. Todo esse tempo...caralho, eu devia ter ido com ele na moto, eu sabia.

Ele só precisa ficar bem...não sei se sou capaz de saber o que eu faria sem ele.

Carolina me levanta do chão e me coloca em um banco, mas eu não consigo ficar quieta.

Eu só preciso vê-lo.

Preparem os lencinhos

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Preparem os lencinhos...

𝐈𝐓'𝐒 𝐘𝐎𝐔, 𝐛𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora