the graceful request for a date.

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𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐎𝐒.
point of view.

Já estava ficando cansada, com o corpo pesado e mole de tanto nadar. Meus dedos já tinham ficado enrugados e só faltava eu virar peixe.

Eu e Carol decidimos ir para casa. Tomamos banho no andar de cima e quando descemos, Arthur e Victor estavam nos esperando na entrada.

A maioria das pessoas já tinham ido embora, mas uma boa parte tinha decidido ficar para aproveitar mais a festa. Não foi o nosso caso. Nós decidimos ir embora para aproveitar melhor o feriado amanhã.

— Finalmente! — Arthur bate palma, tirando a chave do carro do bolso.

Quando já estávamos dentro dele, com a brisa da noite nos atingindo no meio da pista, sinto Coringa se aproximar e meu coração começar a palpitar mais forte contra o peito.

— Dorme lá hoje? — ele susurra em meu ouvido.

Uma onda de sensações me atinge. Eletricidade. Desejo. Conforto. Segurança. Ansiedade...

Mas, a que eu levo mais em consideração é a curiosidade.

— Por quê? — pergunto.

— Lá fica meio vazio sem você. — ele se justifica, então o sinto me observar de maneira intensa.

Não evito sorrir; meu sorriso sai de maneira natural e involuntária, como a maioria das coisas que ele me faz sentir.

Encontro seus olhos. À pouco tempo, acho que ele sequer sentiria a minha falta ou o apartamento vazio por minha causa.

Se eu tivesse que o definir em uma palavra quando o conheci, teria dito "cretino".

Mas a verdade é que um amplo espaço vazio também se abre no meu peito sempre que durmo sozinha. Um espaço vazio sempre que visto sua camiseta para dormir. Sem ter o dono dela me abraçando.

Ele mexe comigo. Será que eu mexo com ele?

Victor passeia o olhar por todo o meu rosto, do cabelo ao queixo, de maneira profunda e intensa, como se me admirasse.

Então, sinto algo por ele que nunca fui capaz de nomear. Sigo seus olhos e, quando ele se aproxima apenas um milímetro de mim, perco o oxigênio.

Uma onda de eletricidade me atinge da cabeça aos pés lentamente, conforme o calor dele vai me envolvendo aos pouquinhos.

Meus olhos vão se fechando - amortecidos - assim como o resto do meu corpo. Quando um pedacinho de seu nariz encosta no meu, o ambiente ao redor não passa de um borrão. Até que...

— Bora, Babi! — Carol grita, se inclinando para frente e pegando nossas bolsas.

Quando ela olha para trás, percebe o que atrapalhou e leva uma mão a boca, soletrando um "desculpa" mudo com os lábios.

𝐈𝐓'𝐒 𝐘𝐎𝐔, 𝐛𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora