rose, is there a problem there?

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𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐎𝐒.
point of view.

O cara no qual me irritou ontem se inclina na minha direção com um sorriso cheio de intenções

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O cara no qual me irritou ontem se inclina na minha direção com um sorriso cheio de intenções. Ele cheira a álcool e parece não se importar com um fio de espuma de cerveja que escorre pelo canto de sua boca.

— Ainda não sei o seu nome! — ele diz, alto o suficiente para estourar meus tímpanos.

Prendo a respiração para não cheirar o hálito que exala de sua boca.

Resolvo ser educada.

— Bárbara, para você.

— Bárbara. — ele repete. — Cadê o seu amigo babaca? Por que não está lá nadando com ele? — seu tom de voz é ríspido, enquanto ele dá uma olhada nojenta para o meu corpo.

— Porque eu não quero. E isso não é problema seu.

— Calma gata, pra quê agredir? — ele ergue as mãos para trás.

Oh, talvez porque ele seja um babaca nojento que não sabe fazer nada além de me assediar e dizer coisas insinuativas?

Inclino meu corpo para evitar qualquer contato com o rosto dele.

— Tudo bem. Agora se me der licença, eu vou voltar lá com meus amigos. — dou uma desculpa, mas sinto seus dedos agarrarem meu braço antes de eu começar a caminhar até lá.

Como se eu tivesse levado um choque, me desvencilho de suas mãos.

— Aquele cara... — Nobru aperta os olhos e inclina a cabeça na direção de Coringa. — É seu namorado?

— Não, não é. — falo, meio desconfortável.

Sua expressão se tranquiliza, e um sorriso quase maldoso se forma em seus lábios.

Se ele acha que dar em cima de mim é uma maneira de se vingar de Victor, sinto em dizer que, talvez ele não saia vivo dessa.

— Rosa, algum problema aí? — Coringa aparece atrás de mim, colocando as mãos na cintura e analisando Nobru de uma maneira mortal.

Pingos de água escorrem pelo seu corpo e seu cabelo, deixando meu cérebro feito gelatina.

— Não, nenhum. Eu que te pergunto. — Bruno responde por mim, arqueando as sobrancelhas e inclinando seu braço, pousando-o em meu ombro.

Me desvencilho dele pela segunda vez, considerando a idéia de meter o joelho naquilo que ele nem deve ter.

Antes que Victor parta para cima para debater com ele, coloco a mão em seu peito e balanço a cabeça negativamente.

— Não, Augusto, deixa. Não vale a pena. — falo em um susurro.

Quando vejo que os dois ainda se encaram com ódio, resolvo mudar de assunto.

— Bom, foi um prazer te conhecer de novo, Nobru. — minto.

Puxo meu short para baixo, expondo o conjunto completo do biquíni que Carolina me emprestou. Coloco o short próximo a cadeira em que Carol pôs o dela, e solto o lacinho da cabeça, deixando meus cabelos caírem pelos ombros.

Quando olho para trás, Coringa está com a boca levemente entreaberta e um brilho no fundo dos olhos.

Uma pontada atinge o meio das minhas pernas, e eu tenho que lembrar de manter o equilíbrio enquanto ando em sua direção.

— Tchau, Bruno. — nem me dou a insatisfação de olhar para trás para ver a reação do otário; apenas viro os ombros de Victor na direção oposta e o forço a andar até a piscina.

Coringa e eu andamos até a borda da piscina, então, quando ele acha que vou soltá-lo, empurro suas costas para frente, o fazendo cair de barriga na piscina. Não consigo evitar rir como uma gralha.

O vejo se recuperar do tombo inesperado, com uma expressão irritada no rosto.

— Bárbara... — ele grunhe, enquanto eu continuo me matando de rir.

Mas, de repente, uma não agarra minha panturrilha e eu escorrego para dentro da água. Ao invés de fechar a cara, dou risada de mim mesma e jogo jatos de água na direção de Victor.

Sinto meus músculos se relaxarem com a água geladinha da piscina.

Pode estar fazendo uns trinta e sete graus, mas a sensação térmica é de sessenta.

Coringa está vermelho de tanto rir, então logo vejo Arthur e Carol se aproximando de nós.

— Art, vai para lá. Estou apertada aqui. — Carol reclama, tentando se enfiar entre ele e Victor no degrau da piscina.

Mas há pelo menos umas dez pessoas ao lado, causando pouco espaço para os três se sentarem.

— Sabe o que também está apertado aqui em baixo com isso aí que você está usand...

— Ei! Pornografia aqui não! — Gilson interrompe Arthur.

Nós demos risada enquanto ele se aproxima para nos cumprimentar.

— Eai Babi, beleza? — Gilson me olha de cima à baixo, com um sorrisinho na cara.

Diferente de Nobru, ele tem uma expressão brincalhona no rosto quando diz:

— Posso te perguntar uma coisa? Você tem namorado?

Dou risada enquanto observo de relance a expressão de Victor. Ele parece sério, com o corpo ereto, arqueando uma sobrancelha.

— Não. — respondo sorridente.

— Bom, agora tem. — Gilson brinca, dando-me uma piscadinha.

Quando ele e seus amigos saem andando e conversando por aí, eu me viro para Carolina, lembrando do buraco vazio em meu estômago.

— Será que a comida é de graça? Tô com fome.

𝐈𝐓'𝐒 𝐘𝐎𝐔, 𝐛𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora