capítulo 8

313 51 18
                                    

De olhos fechados, o vampiro sardento murmurou baixo, sentindo uma maciez familiar apoiar sua cabeça. Com um resmungo o moreno se virou para o lado se esparramando pela cama confortável. 

Um leve balançar em seu corpo o fez grunhir incomodado, tentando manter-se em seu sono, entretanto o balanço continuava o incomodando. 

— Que saco, Luffy, me deixa dormir — reclamou o sardento empurrando a mão alheia de si, notando que ela era bem maior do que a de seu irmão mais novo — onde estou? 

O sardento se sentou no local em que estava, logo notando que se tratava de uma cama, suas orbes seguiram pelo cômodo familiar e para a figura loiro que estava pela proximidade. Em um pulo, o sardento se levantou mostrando as presas e rugindo irritado.

— Por que estou aqui, bastardo? Quem deixou me trazer para cá? Quem você pensa que é? Eu vou te matar se tocar em mim de novo — ameaçou o sardento mantendo uma posição de ataque.

— Não sabia que queria que te deixasse dormindo lá para morrer queimado, se quiser, pode sair e aproveitar o Sol — comentou o loiro com certo sarcasmo.

O moreno direcionou seu olhar para as grossas persianas e bufou irritado, recuando alguns passos, mantendo suas orbes fixas no loiro.

— O que quer de mim? Por que me trouxe para cá?

— Quem quer algo de mim parece ser você. Por que ficou me seguindo esse tempo todo? 

— Nada de especial, só estava sem nada para fazer... — respondeu o sardento virando levemente o rosto com um pequeno bico em seus lábios.

— Você mente muito mal... Você disse ontem que veio a trabalho, certo? Que tipo de informação você procura? 

— E quem disse que eu estou procurando alguma informação? 

— Você que disse que procurava informações que nem um detetive... Você tem algum problema de memória, por acaso? 

— Claro que não... 

— Então, o que quer? Devo te tratar como inimigo ou um aliado? 

— Se eu soubesse essa resposta não estaria aqui — resmungou o sardento buscando qualquer informação sobre quanto tempo ainda passaria ali naquele lugar, algo que lhe dissesse quanto tempo ainda tinha até o Sol se pôr.

— É isso o que está procurando? Se somos inimigos? — o sardento deu de ombros e ficou em silêncio, não querendo falar algo que o incriminasse nem o colocasse em qualquer situação desvantajosa — bem, não tentei te matar em nenhum momento que esteve aqui, mesmo que estivesse vulnerável, então, não sou um inimigo para você agora. 

— E depois? Seremos inimigos? 

— Não vejo motivos para te ter como meu inimigo — pontuou o loiro sentando na cama e dando alguns tapinhas sobre o colchão, indicando para o menor sentar-se ao seu lado — prefiro te ter de outras formas mais interessantes. 

O moreno franziu o cenho e decidiu por se afastar um pouco mais da cama. Um grunhido baixo deixando seus lábios com certa irritação. 

— Que formas mais interessantes? Ainda não esqueci que você tentou beber meu sangue, além de usar sua habilidade esquisita em mim.

— Se vier até aqui posso te mostrar. Só um pouco não iria te matar, não fique bravo por algo assim, Ace. 

— Não ficar bravo? Você estava pensando o que? Que eu ficaria de boa virando sua presa? De ter meu orgulho ferido por um esquisito como você que nem ao menos age como um vampiro de verdade? 

nearby enemiesOnde histórias criam vida. Descubra agora