capítulo 5

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Depois de deixar Luffy com os mais velhos do clã Gangrel e se estender em uma longa e demorada explicação sobre cuidados que o menor deveria tomar para evitar se ferir ou ser atacado daquela forma novamente, a qual o mais novo não ouviu nem 10%, Ace retornou ao mundo dos humanos para prosseguir com a sua parte daquela missão ao qual fora incumbido.

Durante o caminho para a casa do vampiro loiro, Ace não pode deixar de fazer uma pausa para se alimentar. Não havia bebido uma só gota de sangue desde que começara a seguir e se aproximar do Toreador, além do fato de ter oferecido sua própria vitae para o menor e o carregá-lo por um longo percurso ter sugado boa parte de sua energia e vitalidade.

Não demorou muito para encontrar uma presa que andava distraidamente pelas ruas escuras, fones em seus ouvidos por onde saia uma música agitada a qual acompanhava com movimentos com a cabeça. 

Não foi difícil levá-la para um canto qualquer longe das vistas alheias e drenar seu sangue, enquanto sentia o coração pulsar violentamente pelo medo e desespero, fazendo o líquido carmesim percorrer seu corpo com mais velocidade, escorrendo por suas veias até alcançar os caninos afiados do sardento.

Também não demorou muito para sentir-se saciado e o corpo amolecer entre suas mãos. O órgão pulsante lentamente parando de bater até finalmente cessar suas batidas. 

O moreno apoiou o humano em um canto e limpou os lábios avermelhados pelo sangue, em seguida enfiou uma de suas garras no pequeno furo de suas presas, rasgando a epiderme e disfarçando sua mordida com o corte irregular na jugular alheia.

"Onde está aquele vampiro com síndrome de humano para ver como se faz?" Pensou o sardento dando uma pequena risada sarcástica e saindo dali o mais rápido que pode. 

Demorou longos minutos até que encontrasse um lugar familiar e que soubesse seguir até a residência do outro vampiro. Quando já podia ver as altas grades do condomínio, Ace se transformou em felino para passar pelos espaços entre os ferros e seguir tranquilamente até a janela entreaberta.

Quando passou pelo beiral, pode ver o vampiro loiro sentado no sofá, um livro em suas mãos enquanto sua boca se movia como se estivesse lendo em voz alta, mas nenhum som era produzido.

O moreno, então, se aproximou, miando e se embrenhando entre as pernas alheias, chamando a atenção para si. Logo o loiro deixou o livro de lado e pegou o felino em suas mãos, o erguendo até que ficasse na altura de seus olhos. 

— Scar, você voltou, achei que não voltaria mais — comentou o loiro virando o corpo do gato de um lado para o outro, verificando se não estava ferido — pelo jeito está melhor e conseguindo se mexer... Você saiu que nem um doido daqui, pra onde foi? 

"Eu até tentei não voltar, mas o Luffy não quis trocar comigo" pontuou o sardento em sua mente, dando um miado em seguida e balançando seu rabo e patas para que o loiro o soltasse.

— Você deve estar com fome e sede, vou colocar ração e água nos seus potes — disse Marco colocando o felino sobre o sofá e seguindo para a cozinha. 

"Na verdade não estou, comi no caminho, mas faça o que quiser, vou jogar pela janela mesmo" pensou o sardento se espreguiçando e deitando no sofá "acho que mereço um bom e velho cochilo para a digestão". 

[...]

Luffy retornou a floresta fechada e sombria próxima ao castelo do clã Lasombra. Assim que adentrou o local pode sentir algo lhe observar e se manteve ainda mais atento a tudo ao seu redor, enquanto seguia seu caminho por entre as árvores. 

Seus passos rápidos logo o levaram para o mais profundo da floresta, onde pequenos roedores e aves estavam tranquilos se alimentando de pequenos frutos e insetos. Alguns pararam de comer e voltaram suas atenções para o recém chegado, caminhando até seus pés e voando ao seu redor, fazendo baixos sons animados que fizeram o moreno soltar uma risada divertida e distribuir pequenos afagos nos animais.

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