O vampiro moreno grunhiu irritado com sua própria idiotice. Não acreditava que havia caído naquele truque fajuto como um patinho.
Era irritante a forma como se via totalmente maleável nas mãos daquele loiro, como se ele soubesse exatamente em que pontos tocar para conseguir o que queria.
Mas o que mais o irritava era o fato de que não importava o quanto tentasse ou soubesse que era algum truque para fazê-lo contar algo que definitivamente não deveria, Marco o faria dizer no impulso, seja com provocações ou com alguma psicologia reversa.
— Estúpido bastardo — resmungou o sardento com uma carranca contrariada e rabugenta direcionada para o loiro maior — eu não vou contar mais nada para vocês.
— Então seu pai era um pária? E o que aconteceu para ele deserdar o clã? — questionou o loiro em um tom curioso, ignorando totalmente o que o sardento havia afirmado.
— Eu não vou falar mais nada, nem tente — afirmou o sardento virando o rosto e cruzando os braços, dando um olhar irritado para a castanha.
— Se não quer falar porque eu estou aqui, deveria ir atrás do outro de vocês — pontuou a castanha revirando os olhos para o moreno e em seguida direcionando suas orbes acinzentadas para o loiro menor, vendo as feridas quase totalmente curadas — antes que seja tarde demais.
— Nós vamos, mas não porque você está falando — resmungou o sardento — consegue andar, Sabo?
— Consigo... Mas vai na frente, eu te alcanço depois — afirmou o loiro — tenho algo que quero saber.
— Tsc. Então vou ficar aqui — disse o sardento com convicção — não vou te deixar aqui sozinho com ela.
— Eu estou bem, posso me virar, não precisa ficar aqui. O Luffy é mais importante agora.
— Olha aqui, nanica peituda. Se você fizer algo com o meu irmão, eu juro que volto pra te caçar — ameaçou o sardento direcionando um olhar irritado para a castanha seguido de um rosnado — e você, não faça nada idiota.
— Foi um lembrete para você mesmo? — brincou o loiro menor — não farei nada idiota, espero que também não faça.
O moreno bufou baixo e deu um último olhar para os três presentes, antes de girar em seu próprio eixo para seguir em direção ao local em que imaginava que Luffy estaria. Primeiro iria até o lugar em que o clã estava alojado e, caso ele não estivesse lá, iria para o castelo que o encontrara da última vez.
— Espere, eu vou com você — disse Marco se adiantando em seguir o moreno, acompanhando os passos apressados dele — assim corre menos risco de você fazer algo idiota.
— Ótimo. Ganhei uma babá — resmungou o moreno inflando as bochechas e revirando os olhos — faça como quiser.
O maior se aproximou ainda mais, passando o braço sobre o ombro do moreno, mantendo-o mais perto de si.
— O-o que pensa que está fazendo, bastardo?
— Você quem disse para fazer como quiser — pontuou o loiro, enquanto acompanhava o moreno, dando risada ao vê-lo parecer constrangido e levemente emburrado. Não havia como não achá-lo fofo e querer vê-lo daquela forma independente do momento.
[...]
— Já disse que não vou te falar nada — resmungou o moreno dando passos duros pelo mundo das trevas, tentando ao máximo ignorar o loiro que o seguia de um lado para o outro, fazendo perguntas ora ou outra com o intuito de que o sardento lhe dissesse algo — por que quer tanto saber? Você é um pé no saco irritante.
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nearby enemies
FanfictionO mundo dos vampiros é dividido por clãs, alguns são aliados, outros inimigos, mas todos conhecem a regra "mantenha seus aliados perto e seus inimigos mais perto ainda". O único porém é que Ace levou a regra ao pé da letra.