capítulo 15

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Já fazia alguns bons minutos que Law havia ficado a sós com o moreno menor e tentava ao máximo compreender a enxurrada de perguntas e comentários aleatórios que o vampiro lhe dirigia. Primeiro o perguntara sobre o que ele havia achado de seu irmão, pergunta a qual não soube responder sem dizer que o achou um tanto assustador e que tinha certeza que ele o mataria em algum momento. Preocupação essa que foi simplesmente ignorada por risadas.

— Ele não vai te matar, relaxa — comentou o moreno em tom divertido — ele só estava te testando e um pouco irritado. Acho que ele gostou de você no fim — Luffy colocou sua mão sobre o ombro do tatuado como forma de consolo.

— Um pouco? Gostou de mim? Eu duvido muito — retrucou o tatuado olhando para a direção em que os outros dois vampiros haviam saído — espero não conhecer o seu outro irmão, se ele for assim também.

— Claro que ele gostou, ele até sorriu pra você — pontuou o menor entre risadas — os dois são bem tranquilos, tirando quando alguém machuca algum de nós. 

— Isso não significa nada, pode ter sido um sorriso de "espera só quando você dormir, vou enfiar uma estaca no seu peito e te deixar arder embaixo do Sol".

— Claro que não. Foi um sorriso do tipo "ok, você tem um pouco do meu respeito" — afirmou Luffy passando os braços pela cintura alheia e o erguendo levemente no ar.

— P-por que está me abraçando do nada? 

— Porque melhora qualquer coisa. Você tava todo tenso — explicou o menor voltando a colocá-lo no chão, ainda mantendo o abraço — não se sente melhor? O Sabo sempre abraça a gente quando não estamos bem, inclusive quando a gente se conheceu, foi uma das primeiras coisas que ele fez. 

— Talvez... Um pouco melhor — respondeu o tatuado um tanto sem jeito com aquela proximidade, os braços gélidos envolvendo seu corpo magro — o Sabo é seu outro irmão, não é? Você fala bastante deles, mas nunca me contou quando os conheceu.

— Não? Achei que já tivesse contado — disse o menor rindo alegre — meus pais eram muito ocupados quando eu era humano, então eu vivia andando por aí buscando algo para fazer, a maioria das vezes acabava perdido, mas uma hora eu sempre voltava pra casa. Teve um dia que eu voltei, porém minha casa não estava mais lá, haviam colocado fogo nas casas da região durante um confronto e eu sai para procurar meus pais. Foi quando eu encontrei o Sabo, ele parecia assustado, mas mesmo assim parou para me ajudar. 

— Vocês dois se conheceram quando eram humanos, então? 

— Não, o Sabo não era humano. Ele tinha sido transformado há pouco tempo e estava fugindo de uns vampiros esquisitões. Se eu entendi bem, eram aqueles que o haviam transformado e que queriam algo com ele. Não sei muito bem, mas o Sabo era um príncipe, de coroa e tudo.

— E ele estava fugindo e levou você com ele? Ainda como humano? Isso só os tornou alvos mais fáceis de seguir pelo cheiro. 

— A gente sabe isso agora, mas na época o Sabo não entendia o que era ser um vampiro e ainda estava se culpando por ter matado a família e a noiva dele quando ele "enlouqueceu". Quando ele me contou, eu não entendi nada. Vampiros eram só lendas onde eu morava, nunca tinha levado esse negócio a sério.

— E como vocês sobreviveram? Se tinham vampiros atrás de vocês possivelmente você viraria alimento por ser humano, ou seria transforma... Eles te transformaram? 

— Não, eles não chegaram a nos machucar... Por causa do Ace. Ele estava lá por acaso e nós esbarramos com ele. Foi engraçado, ele ficou bem irritado porque acabamos rolando por uma ladeira enorme. 

— Não parece nada engraçado vê-lo irritado... — comentou o tatuado, deixando a vergonha e o embaraço de lado para retribuir o abraço do menor, deixando uma de suas mãos tocar os fios negros por uma vontade um tanto quanto desconhecida para si. 

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