Capítulo 10

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alicefhartmann: Chinatown in Bangkok. December, 2017.

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- Renan Narrando -

O dia estava agitado demais e uma correria na ong, já tinha dado duas aulas e fiquei um tampão fazendo ligações em busca de colaboradores. Quando acabei saí do escritório e fui até a recepção, me encostei no balcão e vi a Alice no tatame.

- O que ela tá fazendo? - perguntei olhando pra Alice que estava sentada no tatame em volta de um monte de folhas, cartolinas e lápis de cor

- Ela disse que vai fazer cartazes com desenhos, pra chamar atenção das crianças - Júlia explicou

- E ela desenha bem? - perguntei curioso

- Pra caralho - falou sorrindo - Uma vez ela me desenhou

- Deve ter ficado horrível mas arte é tudo questão de entender o desenho - falei segurando uma risada e ela bateu no meu braço

- Ridículo - falou rindo - Vou pedir pra ela desenhar você

- Meu pau - falei e ela fez careta

- Não sei se ela vai querer desenhar essa miséria - debochou

- Se ela quiser desenhar manda ela comprar papel 40 quilo - pisquei e fui em direção a Alice

- Idiota - gritou rindo

- Alice - chamei e ela estava tão concentrada que nem me respondeu - Alice - falei mais alto fazendo ela se assustar

- Que susto, Renan! - falou colocando a mão no peito

- Estava no país das maravilhas é? - perguntei rindo e observei os desenhos que eram bem bonitos

- Você é bem engraçado - falou revirando os olhos - Passei minha infância toda ouvindo piadinhas do tipo

- E você ligava? - perguntei me sentando no tatame

- Não - negou com a cabeça - Acredita que no meu aniversário de 10 anos me deram um coelho?

- Tá falando sério? - perguntei rindo e ela balançou a cabeça confirmando - O que você fez com o coelho?

- Eu fiquei com ele - falou dando de ombros - Eu amava o Sr. coelho

- Criatividade mil - falei irônico

- Me deixa - falou rindo - Olha os desenhos

- Você tem talento, garota - falei pegando alguns - As crianças vão enlouquecer

- Tô doida pra ensinar - falou sorrindo

- Gabriel não para de falar nos bonecos - falei e ela riu

- Leva ele lá casa ou pede pra Júlia levar - falou me olhando

- Não dá corda pra ele - neguei com a cabeça

- Tem nada demais - falou guardando os lápis em um estojo - Vai demorar muito aqui ainda?

- Só organizar umas coisas e vou pra casa - falei me levantando - Por que?

- Nada não - falou juntando as folhas

- Júlia - gritei minha prima que apareceu com uma pasta na mão

- Fala, garoto - falou me olhando

- Pode ir pra casa - falei e ela sorriu animada

- Amém - falou indo guardar as coisas - Amiga, vai comigo ou vai esperar o seu Manuel?

- Vou mandar mensagem pra ele - Alice falou se levantando

- Tô indo, amores - falou pegando a bolsa e saiu

- Ela é rápida pra ir embora - Alice falou rindo

- Vou tomar um banho, me espera ai - falei indo trancar a Ong e fui tomar meu banho

- Alice Narrando -

Depois que eu guardei as minhas coisas, me deitei no tatame para esperar o Renan, estava um silêncio tão agradável que eu estava quase dormindo mas senti o cheiro do perfume dele.

- Demorou - falei abrindo os olhos e ele se deitou ao meu lado e me deu um selinho demorado

- Estava suadão - falou e eu fiz carinho no rosto dele

- Mas estava cheiroso - falei baixinho e ele negou com a cabeça

- Cheirosa é você pô - falou passando o nariz no meu pescoço e deixou um beijo molhado no mesmo me fazendo arrepiar

- Isso é golpe baixo - sussurrei e ele soltou uma risada baixinha

- Seu ponto fraco, loirinha? - perguntou passando o dedo nos meus lábios

- É sim - falei e mordi o dedo dele levemente e chupei o mesmo olhando nos olhos dele

- Não faz isso - negou com a cabeça

- Não? - perguntei passando minhas unhas na nuca dele

- Não, porque minha cabeça já tá a mil com você deitada no meu tatame - falou olhando nos meus olhos

- Eu também pensei várias coisas - falei deixando a vergonha de lado e ele sorriu

- É? Me conta - pediu e eu neguei

- Um dia eu conto - falei sorrindo

- Sacanagem - falou negando com a cabeça

Puxei o rosto dele de leve iniciei um beijo calmo que aos poucos foi ganhando intensidade, ele se ajeitou por cima de mim e começou a alisar minha perna e apertar a mesma. Soltei um gemido baixinho quando ele se mexeu e eu senti o pau dele duríssimo sarrar na minha buceta. Coloquei minha mão por dentro da camisa dele e arranhei levemente as costas dele. Ele desceu a boca pelo meu pescoço e quando estava subindo a mão por dentro da minha blusa escutamos um toque de celular.

- Nossa - falei respirando fundo pra me acalmar

- Na melhor parte - falou meio bolado e eu ri pegando meu celular

- Esqueci do seu Manuel - falei vendo um monte de mensagens dele e a ligação, respondi a mensagem e me levantei - Eu tenho que ir

- Vai se ajeitar - falou me olhando e eu não entendi - Sua boca tá toda vermelha, tá descabelada

- Caramba - falei correndo até o banheiro e me arrumei rapidinho

- Só não te levo até a porta porque tenho que me acalmar - falou apontando pra bermuda e o volume era bem visível, que volume!

- Tchau - falei me abaixando e dei um selinho demorado nele

Meu Ébano Onde histórias criam vida. Descubra agora