Ei, eu vejo você nas visualizações da história, então comente bastante para motivar e ajudar a amiga aqui.
- Alice Narrando -
Tivemos que encerrar o assunto quando o Gabriel apareceu na sala. Uma semana tinha se passado e eu estava sem ir na ong já que estava organizando umas coisas da faculdade e estava muito atarefada.
- Eu acho que você deve contar tudo - Igor falou se jogando na minha cama
- É difícil, Igor - falei me deitando ao lado dele e deitei minha cabeça no peito do mesmo
- Aposto que você vai se sentir melhor - falou fazendo carinho no meu cabelo
- Você acha? - perguntei e ele assentiu
- Eles gostam de você - falou e eu sorri fraco - E acho bom você se preparar
- Como assim? - perguntei me sentando
- Eu meio que peguei o número o número da Júlia no seu celular e falo pra ela vim aqui com o seu boy - falou dando de ombros
- Igor - falei batendo no braço dele
- Ai sua agressiva - falou se levantando rápido
Fiquei conversando com ele até que a Júlia chegou junto com o Renan, o Igor falou rapidamente com eles e eu estava sem saber como começar.
- Se não quiser não precisa contar - Renan falou e a Júlia concordou
- Ela vai contar sim - Igor falou se levantando
- Fica aqui - pedi e ele negou
- Você precisa fazer isso sozinha - falou beijando minha testa e saiu
- Não sei por onde começar - falei respirando fundo
- Como você descobriu? - Júlia perguntou se sentando ao meu lado
- Vamos lá - respirei fundo
- Flashback On -
Mais uma vez eu estava deitada na cama sem ânimo pra nada, era só ficar de pé que batia uma tontura. Estava quase dormindo quando o Igor entrou no meu quarto.
- Tá acontecendo alguma coisa? - perguntou me olhando - Não me esconde nada, ok?
- Eu não tô me sentindo bem, minha mãe acha que é por conta da minha alimentação - falei fechando os olhos
- Vai jogar uma água no rosto - falou me ajudando a levantar - Tem certeza que não tá grávida?
- Como se engravida virgem, Igor? - perguntei rindo sem humor
- Vai saber se você nunca me contou - falei entrando no banheiro
- Eu te conto tudo - falei ligando a bica e lavei meu rosto, senti um gosto estranho na minha boca e quando vi minha gengiva estava sangrando - Igor - gritei assustada
- Que foi? - gritou do quarto
- Chama meus pais - falei lavando minha boca
- Por que? - perguntou entrando no banheiro
- Chama eles - falei mais alto e cuspi um pouco de sangue
- Ai meu Deus - falou e saiu correndo, não demorou muito ele voltou com os meus pais
- Mãe - falei chorando e ela pegou uma toalha pra limpar minha boca
- Fica calma, filha - minha mãe falou limpando minha boca
- Vou tirar o carro agora - meu pai falou saindo do banheiro
- Sangrou do nada mãe - falei e ela me levou até o quarto
- Ei, nós vamos no médico e ele vai explicar tudo - falou passando a mão no meu cabelo - Aposto que não é nada
- Jura? - perguntei e ela assentiu
Como eu estava muito assustada e o estado dos meus pais não eram diferente nós fomos pra emergência. Fiz um exame de sangue que depois que saiu o resultado o médico mandou repetir sem explicação alguma.
- Eu vou encaminhar ela pra esse médico, um amigo meu - falou assinando uma folha - Vou pedir urgência
- Ela vai tratar o que eu tenho? - perguntei e ele me olhou
- Ele vai conferir uma suspeita minha - falou me olhando e entregou os meus exames - Eu achei uma alteração nos exames dela, repeti pra ver se não era um erro mas veio com a mesma alteração, os senhores devem procurar esse médico e ele vai passar outros exames - falou diretamente para os meus pais
- Mas isso é um - minha estava falando mas ficou quieta - Não é possível, ela é uma criança, doutor
- Não é impossível - meu pai gaguejou e eu estava completamente confusa
- É só uma suspeita - o médico falou tentando tranquilizar a minha mãe
- Vocês estão estranhos - falei olhando para os meus pais
- Não é nada, princesa - meu pai falou passando a mão no meu cabelo
Não, não era uma suspeita. Depois de inúmeros exames o médico me diagnosticou com Leucemia Linfóide Aguda ou para os íntimos LLA.
- Isso é minha culpa, né? Eu tive câncer - minha mãe falou chorando e meu pai tentava consolar ela
- Senhora, leucemia não é hereditária - o médico falou calmo
- Como podemos tratar? - meu pai perguntou mais calmo - Queremos começar o quanto antes
- Vou conversar sobre isso com vocês, primeiro vamos começar com a quimioterapia e em último caso o transplante de medula - falou explicando e eu tentava assimilar tudo
- E esse transplante nós poderíamos ser os doadores? - meu pai perguntou rápido
- Geralmente irmãos são mais fáceis ser compatíveis - explicou - Mas não se preocupem com isso agora
- Fora do país tem tratamentos melhores? - minha mãe perguntou mais calma
- O tratamento dela fora seria o mesmo que aqui - falou e ela assentiu
- Eu vou morrer? - perguntei me pronunciando pela primeira vez depois que eu assimilei tudo
- Vou fazer de tudo pra você ficar bem - falou me olhando
- Vai dar tudo certo - meu pai falou baixo e eles dois me abraçaram
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Meu Ébano
FanfictionAlice é uma carioca de 22 anos que levava uma vida tranquila e sem muitas emoções ao lado da sua família e amigos, mas mudanças acontecem quando decidi fazer um trabalho voluntário.