Capítulo 26

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Ei, eu vejo você nas visualizações da história, então comente bastante para motivar e ajudar a amiga aqui.

- Alice Narrando -

Tivemos que encerrar o assunto quando o Gabriel apareceu na sala. Uma semana tinha se passado e eu estava sem ir na ong já que estava organizando umas coisas da faculdade e estava muito atarefada.

- Eu acho que você deve contar tudo - Igor falou se jogando na minha cama

- É difícil, Igor - falei me deitando ao lado dele e deitei minha cabeça no peito do mesmo

- Aposto que você vai se sentir melhor - falou fazendo carinho no meu cabelo

- Você acha? - perguntei e ele assentiu

- Eles gostam de você - falou e eu sorri fraco - E acho bom você se preparar

- Como assim? - perguntei me sentando

- Eu meio que peguei o número o número da Júlia no seu celular e falo pra ela vim aqui com o seu boy - falou dando de ombros

- Igor - falei batendo no braço dele

- Ai sua agressiva - falou se levantando rápido

Fiquei conversando com ele até que a Júlia chegou junto com o Renan, o Igor falou rapidamente com eles e eu estava sem saber como começar.

- Se não quiser não precisa contar - Renan falou e a Júlia concordou

- Ela vai contar sim - Igor falou se levantando

- Fica aqui - pedi e ele negou

- Você precisa fazer isso sozinha - falou beijando minha testa e saiu

- Não sei por onde começar - falei respirando fundo

- Como você descobriu? - Júlia perguntou se sentando ao meu lado

- Vamos lá - respirei fundo

- Flashback On -

Mais uma vez eu estava deitada na cama sem ânimo pra nada, era só ficar de pé que batia uma tontura. Estava quase dormindo quando o Igor entrou no meu quarto.

- Tá acontecendo alguma coisa? - perguntou me olhando - Não me esconde nada, ok?

- Eu não tô me sentindo bem, minha mãe acha que é por conta da minha alimentação - falei fechando os olhos

- Vai jogar uma água no rosto - falou me ajudando a levantar - Tem certeza que não tá grávida?

- Como se engravida virgem, Igor? - perguntei rindo sem humor

- Vai saber se você nunca me contou - falei entrando no banheiro

- Eu te conto tudo - falei ligando a bica e lavei meu rosto, senti um gosto estranho na minha boca e quando vi minha gengiva estava sangrando - Igor - gritei assustada

- Que foi? - gritou do quarto

- Chama meus pais - falei lavando minha boca

- Por que? - perguntou entrando no banheiro

- Chama eles - falei mais alto e cuspi um pouco de sangue

- Ai meu Deus - falou e saiu correndo, não demorou muito ele voltou com os meus pais

- Mãe - falei chorando e ela pegou uma toalha pra limpar minha boca

- Fica calma, filha - minha mãe falou limpando minha boca

- Vou tirar o carro agora - meu pai falou saindo do banheiro

- Sangrou do nada mãe - falei e ela me levou até o quarto

- Ei, nós vamos no médico e ele vai explicar tudo - falou passando a mão no meu cabelo - Aposto que não é nada

- Jura? - perguntei e ela assentiu

Como eu estava muito assustada e o estado dos meus pais não eram diferente nós fomos pra emergência. Fiz um exame de sangue que depois que saiu o resultado o médico mandou repetir sem explicação alguma.

- Eu vou encaminhar ela pra esse médico, um amigo meu - falou assinando uma folha - Vou pedir urgência

- Ela vai tratar o que eu tenho? - perguntei e ele me olhou

- Ele vai conferir uma suspeita minha - falou me olhando e entregou os meus exames - Eu achei uma alteração nos exames dela, repeti pra ver se não era um erro mas veio com a mesma alteração, os senhores devem procurar esse médico e ele vai passar outros exames - falou diretamente para os meus pais

- Mas isso é um - minha estava falando mas ficou quieta - Não é possível, ela é uma criança, doutor

- Não é impossível - meu pai gaguejou e eu estava completamente confusa

- É só uma suspeita - o médico falou tentando tranquilizar a minha mãe

- Vocês estão estranhos - falei olhando para os meus pais

- Não é nada, princesa - meu pai falou passando a mão no meu cabelo

Não, não era uma suspeita. Depois de inúmeros exames o médico me diagnosticou com Leucemia Linfóide Aguda ou para os íntimos LLA.

- Isso é minha culpa, né? Eu tive câncer - minha mãe falou chorando e meu pai tentava consolar ela

- Senhora, leucemia não é hereditária - o médico falou calmo

- Como podemos tratar? - meu pai perguntou mais calmo - Queremos começar o quanto antes

- Vou conversar sobre isso com vocês, primeiro vamos começar com a quimioterapia e em último caso o transplante de medula - falou explicando e eu tentava assimilar tudo

- E esse transplante nós poderíamos ser os doadores? - meu pai perguntou rápido

- Geralmente irmãos são mais fáceis ser compatíveis - explicou - Mas não se preocupem com isso agora

- Fora do país tem tratamentos melhores? - minha mãe perguntou mais calma

- O tratamento dela fora seria o mesmo que aqui - falou e ela assentiu

- Eu vou morrer? - perguntei me pronunciando pela primeira vez depois que eu assimilei tudo

- Vou fazer de tudo pra você ficar bem - falou me olhando

- Vai dar tudo certo - meu pai falou baixo e eles dois me abraçaram

Meu Ébano Onde histórias criam vida. Descubra agora