Capítulo 34

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- Renan Narrando -

Cheguei de madrugada do plantão, subi direto pro meu quarto e quando entrei a Alice estava dormindo com o Gabriel, sorri e peguei o Gabriel no colo, levei ele até o quarto dele e voltei pro meu. Quando entrei a Alice estava sentada com o rosto assustada.

- Cadê o Gabriel? - perguntou passando a mão no rosto

- Levei pro quarto dele - falei explicando e me sentei na cama

- Cheguei aqui sua mãe estava indo trabalhar e eu fiquei com o Gabriel invés dele ficar com a sua avó - falou e eu assenti - Tem problema?

- Tem não - falei e ela sorriu fraco

- Vou tomar um banho - falei dando um selinho demorado nela

- Me empresta uma camisa - falou me puxando blusa do uniforme e me olhou sorrindo

- O que foi? - perguntei e ela mordeu meu lábio

- Eu quero um strip - falou olhando nos meus olhos - Você é um fetiche ambulante, bombeiro e lutador

- Um dia eu faço - falei rindo e ela me deu vários selinhos

- Me empresta uma blusa - falou me soltando

- Poderia ter pego já, loira - falei me levantando e tirei minha camisa

- Não vou mexer nas coisas dos outros - falou se sentando na cama

- Pega no meu pau mas não pega nas minhas blusas - falei revirando os olhos e ela riu

- Vai tomar banho, garoto - falou me olhando

- Toma - falei pegando uma blusa na gaveta e entreguei

- Obrigada - falou se levantando e ali mesmo tirou a roupa, ficou só de calcinha e vestiu a minha blusa

- Sacanagem fazer isso, tô vindo de um plantão - falei e ela riu

- Só lamento - falou me abraçando e beijou meu rosto

- Alice Narrando -

As coisas estavam indo bem, a dona Renata está se saindo bem com o tratamento e meu lance com o Renan está super de boa também. Infelizmente essa semana deu um chuva que fez o teto da ONG cair.

- Ficou muito caro o conserto? - perguntei assim que ele se aproximou de mim e da Júlia

- Demais, tenho nem metade na conta da ONG - falou e eu sabia como isso estava machucando ele

- Explicou que é uma ONG? Não é possível que as pessoas são tão sem coração assim - Júlia falou com raiva

- O material é muito caro, não é nem questão da mão de obra - Renan falou explicando - Tem um pessoal aqui da favela mesmo que trabalha com obra e falaram que iriam se juntar pra fazer

- Renan - chamei e ele me olhou - E seu eu comprasse o material? Eu não, no caso meu pai

- Seria uma boa ideia - minha amiga falou animada

- Não quero dinheiro do seu pai - Renan negou - Parece até que eu tô me aproveitando

- Não, seria pras crianças - falei rápido - Meu pai seria só mais um doador

- Renan, por favor - Júlia pediu e ele passou a mão no rosto

- Pelas crianças - insisti e ele respirou fundo

- Pensa em quantas crianças nós livramos do tráfico - Júlia falou séria

- E imagina essas crianças soltas sem atividade nenhuma - falei e ele negou com a cabeça

- Tudo bem - falou e gritamos de felicidade - Mas não é pra insistir, se ele negar de primeira acabou

- Ele vai aceitar - falei e a Júlia abraçou ele

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