- Renan Narrando -
Depois de enfrentar um plantão pesado de 24 horas eu dei Graças a Deus que hoje era dia de limpeza na ONG e não era minha escala. Como o Gabriel tinha saído com a Yasmin e o Yuri eu acabei indo visitar a Alice, sei nem porque mas eu vim.
- Você é o rapaz da on? - uma senhora loira e bem elegante perguntou assim que abriu a porta, usava uma calça jeans e blusa preta de manga curta e salto, logo imaginei que fosse mãe ou familiar da Alice já que ela era simplesmente a versão mais velha da Alice.
- Sim, vim visitar a Alice - falei olhando pra ela - Se ela não tiver ocupada - completei meio incerto e ela pareceu me analisar
- Ela vai gostar da visita, querido - falou sorrindo e deu espaço pra eu entrar - Eu sou a Catarina, mãe da Alice
- Meu nome é Renan - estiquei a mão pra ela que me surpreendeu me puxando pra um abraço
- Ela tá no quarto, você sabe aonde é? - perguntou e eu assenti - Daqui a pouco peço para levarem um lanchinho
- Não precisa se incomodar - falei rápido
- Não é incômodo - abanou com a mão
- Tudo bem - balancei a cabeça e subi
Segundos depois eu cheguei no quarto dela, bati levemente na porta e abri a mesma. A Alice estava deitada na cama assistindo tv.
- Vida boa hein - falei e ela se assustou quando me viu
- Renan - falou surpresa
- Tá surpresa? - perguntei fechando a porta e deixei minha mochila em uma poltrona que tinha ali
- Bastante - confessou se sentando na cama
- Queria saber como você estava - falei explicando
- Estou bem - deu de ombros - Entediada mas bem
- Já já melhora - falei olhando pra ela - Conheci sua mãe, ela é bem simpática
- Ela é sim, um tanto doida as vezes - falou rindo
- Mães são assim - falei e ela assentiu - O que é aquilo? - perguntei apontando pra uma cartolina na parede toda decorada e escrito "Os 15 desejos" e abaixo tinham algumas coisas escritas
- Algumas coisas que eu queria fazer - falou dando de ombros
- A louca do planejamento? - brinquei e ela riu
- Um pouco - deu de ombros
- Alice Narrando -
Ficamos um tempo conversando e ele estava deitado na minha cama, perguntei algo para ele e como não tive resposta me virei e vi que ele estava dormindo.
- Filha, trouxe um lanche - minha mãe falou abrindo a porta - Ué, ele dormiu
- Ele tinha acabado de sair do plantão - falei e ela entendeu
- Vou deixar aqui - colocou a bandeja na bancada e a pequena jarra de suco no frigobar - Se comportem
- Não tenho mais 14 anos - falei rindo baixo
- Querida, deixa eu bancar a mãe tradicional - falou e eu segurei uma risada - Tô nova pra ser avó ainda, deixem a porta encostada
- Tchau, mãe - falei negando com a cabeça, ela riu baixo e saiu fechando a porta
Tinha mais ou menos uma hora que o Renan estava dormindo, resolvi chamar ele, não sabia se ele tinha algum compromisso e fiquei com medo dele acabar se atrasando.
- Renan - chamei baixinho e fiz carinho no rosto dele - Renan
- Oi - resmungou sonolento
- Acorda - falei e ele abriu os olhos
- Dormi muito? - perguntou e eu neguei
- Não - neguei - Só resolvi te chamar porque eu não sabia se você tem algum compromisso
- Tenho não - falou se sentando - Posso ir ao banheiro?
- Vai lá - falei indicando com a cabeça e ele foi
Como eu estava morrendo de fome levantei e fui até a bancada, peguei um sanduíche e voltei a me sentar na cama, morri um pedaço e peguei o meu celular, respondi algumas mensagens e o Renan apareceu.
- Pode comer - falei olhando pra ele - O suco está no frigobar
- Quer? - perguntou e eu assenti, ele caminhou até o frigobar e pegou a jarra, colocou nos copos e me deu um
- Como tá indo as coisas na ong? - limpei e a minha boca no guardanapo assim que acabei de comer
- Tá normal, entrou algumas crianças novas - falou dando de ombros - Conversei com a professora de ballet e ela vai dar aula de sapateado também
- Eu já fiz - falei e ele riu
- Imagina você criancinha, loirinha e toda de rosa - falou e eu ri
- Meu filho, a elasticidade é uma beleza - quando ele me olhou me dei conta que tinha soado com duplo sentido já que ele me olhou malicioso, fiquei cheia de vergonha e ele soltou uma gargalhada
- Vai ter que provar - falou rindo
- Cala a boca, Renan - falei sem graça
- Nada a ver ter vergonha comigo - negou com a cabeça e terminou de beber o suco
- Esquece isso - pedi e ele assentiu
- Vai me mostrar? - perguntou se aproximando e quando eu vi já estava deitada com ele por cima de mim
- Quem sabe - falei baixinho e ele me beijou
Não sei se foi por causa do papo ou o tempo que estávamos sem ficar mas o beijo já começou intenso, ele se ajeitou no meio das minhas pernas e ficou alisando a mesma. Coloquei minha mão por dentro da camisa dele e parei o beijo pra tirar, passei minha mão pelo peitoral dele e beijei o pescoço do mesmo.
- Sua mãe - falou apertando meu peito e eu mordi meu lábio
- Não estamos fazendo nada demais - falei e ele assentiu dando uma risadinha rouca
- Maluca - falou voltando a me beijar e quando ele ia tentar tirar minha blusa escutamos vozes no corredor
- Meus pais - falei encerrando o beijo e ele se levantou rápido, não sei como mas eu tentei me sentar ao mesmo tempo e meu joelho foi de encontro ao pau dele
- Puta que pariu - falou entre dentes colocando a mão por cima da calça e eu arregalei os olhos
- Desculpa, Renan - falei desesperada colocando a mão por cima mas me toquei e tirei - Eu juro que não foi de propósito, nunca faria por mal
- Cala a boca - pediu com a respiração meio falhada e fechou os olhos
- Desculpa - falei baixinho
- Tudo bem - falou depois que se recuperou e colocou a camisa
- Tá com raiva? - perguntei receosa
- Relaxa, loira, sei que não foi por mal - falou me dando um selinho demorado - Mas mantenha seu joelho longe do meu pau
- Sem graça - falei revirando os olhos e ele riu
- Tá difícil pra gente - falou me olhando
- Bom que deixa com vontade - falei dando de ombros
- Se tem uma coisa que eu tô é com vontade - falou de um jeito que eu acabei rindo - Vontade até demais
- Só você, cara - falei rindo
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Meu Ébano
FanfictionAlice é uma carioca de 22 anos que levava uma vida tranquila e sem muitas emoções ao lado da sua família e amigos, mas mudanças acontecem quando decidi fazer um trabalho voluntário.