Capítulo 13

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- Renan Narrando -

Depois de enfrentar um plantão pesado de 24 horas eu dei Graças a Deus que hoje era dia de limpeza na ONG e não era minha escala. Como o Gabriel tinha saído com a Yasmin e o Yuri eu acabei indo visitar a Alice, sei nem porque mas eu vim.

- Você é o rapaz da on? - uma senhora loira e bem elegante perguntou assim que abriu a porta, usava uma calça jeans e blusa preta de manga curta e salto, logo imaginei que fosse mãe ou familiar da Alice já que ela era simplesmente a versão mais velha da Alice.

- Sim, vim visitar a Alice - falei olhando pra ela - Se ela não tiver ocupada - completei meio incerto e ela pareceu me analisar

- Ela vai gostar da visita, querido - falou sorrindo e deu espaço pra eu entrar - Eu sou a Catarina, mãe da Alice

- Meu nome é Renan - estiquei a mão pra ela que me surpreendeu me puxando pra um abraço

- Ela tá no quarto, você sabe aonde é? - perguntou e eu assenti - Daqui a pouco peço para levarem um lanchinho

- Não precisa se incomodar - falei rápido

- Não é incômodo - abanou com a mão

- Tudo bem - balancei a cabeça e subi

Segundos depois eu cheguei no quarto dela, bati levemente na porta e abri a mesma. A Alice estava deitada na cama assistindo tv.

- Vida boa hein - falei e ela se assustou quando me viu

- Renan - falou surpresa

- Tá surpresa? - perguntei fechando a porta e deixei minha mochila em uma poltrona que tinha ali

- Bastante - confessou se sentando na cama

- Queria saber como você estava - falei explicando

- Estou bem - deu de ombros - Entediada mas bem

- Já já melhora - falei olhando pra ela - Conheci sua mãe, ela é bem simpática

- Ela é sim, um tanto doida as vezes - falou rindo

- Mães são assim - falei e ela assentiu - O que é aquilo? - perguntei apontando pra uma cartolina na parede toda decorada e escrito "Os 15 desejos" e abaixo tinham algumas coisas escritas

- Algumas coisas que eu queria fazer - falou dando de ombros

- A louca do planejamento? - brinquei e ela riu

- Um pouco - deu de ombros

- Alice Narrando -

Ficamos um tempo conversando e ele estava deitado na minha cama, perguntei algo para ele e como não tive resposta me virei e vi que ele estava dormindo.

- Filha, trouxe um lanche - minha mãe falou abrindo a porta - Ué, ele dormiu

- Ele tinha acabado de sair do plantão - falei e ela entendeu

- Vou deixar aqui - colocou a bandeja na bancada e a pequena jarra de suco no frigobar - Se comportem

- Não tenho mais 14 anos - falei rindo baixo

- Querida, deixa eu bancar a mãe tradicional - falou e eu segurei uma risada - Tô nova pra ser avó ainda, deixem a porta encostada

- Tchau, mãe - falei negando com a cabeça, ela riu baixo e saiu fechando a porta

Tinha mais ou menos uma hora que o Renan estava dormindo, resolvi chamar ele, não sabia se ele tinha algum compromisso e fiquei com medo dele acabar se atrasando.

- Renan - chamei baixinho e fiz carinho no rosto dele - Renan

- Oi - resmungou sonolento

- Acorda - falei e ele abriu os olhos

- Dormi muito? - perguntou e eu neguei

- Não - neguei - Só resolvi te chamar porque eu não sabia se você tem algum compromisso

- Tenho não - falou se sentando - Posso ir ao banheiro?

- Vai lá - falei indicando com a cabeça e ele foi

Como eu estava morrendo de fome levantei e fui até a bancada, peguei um sanduíche e voltei a me sentar na cama, morri um pedaço e peguei o meu celular, respondi algumas mensagens e o Renan apareceu.

- Pode comer - falei olhando pra ele - O suco está no frigobar

- Quer? - perguntou e eu assenti, ele caminhou até o frigobar e pegou a jarra, colocou nos copos e me deu um

- Como tá indo as coisas na ong? - limpei e a minha boca no guardanapo assim que acabei de comer

- Tá normal, entrou algumas crianças novas - falou dando de ombros - Conversei com a professora de ballet e ela vai dar aula de sapateado também

- Eu já fiz - falei e ele riu

- Imagina você criancinha, loirinha e toda de rosa - falou e eu ri

- Meu filho, a elasticidade é uma beleza - quando ele me olhou me dei conta que tinha soado com duplo sentido já que ele me olhou malicioso, fiquei cheia de vergonha e ele soltou uma gargalhada

- Vai ter que provar - falou rindo

- Cala a boca, Renan - falei sem graça

- Nada a ver ter vergonha comigo - negou com a cabeça e terminou de beber o suco

- Esquece isso - pedi e ele assentiu

- Vai me mostrar? - perguntou se aproximando e quando eu vi já estava deitada com ele por cima de mim

- Quem sabe - falei baixinho e ele me beijou

Não sei se foi por causa do papo ou o tempo que estávamos sem ficar mas o beijo já começou intenso, ele se ajeitou no meio das minhas pernas e ficou alisando a mesma. Coloquei minha mão por dentro da camisa dele e parei o beijo pra tirar, passei minha mão pelo peitoral dele e beijei o pescoço do mesmo.

- Sua mãe - falou apertando meu peito e eu mordi meu lábio

- Não estamos fazendo nada demais - falei e ele assentiu dando uma risadinha rouca

- Maluca - falou voltando a me beijar e quando ele ia tentar tirar minha blusa escutamos vozes no corredor

- Meus pais - falei encerrando o beijo e ele se levantou rápido, não sei como mas eu tentei me sentar ao mesmo tempo e meu joelho foi de encontro ao pau dele

- Puta que pariu - falou entre dentes colocando a mão por cima da calça e eu arregalei os olhos

- Desculpa, Renan - falei desesperada colocando a mão por cima mas me toquei e tirei - Eu juro que não foi de propósito, nunca faria por mal

- Cala a boca - pediu com a respiração meio falhada e fechou os olhos

- Desculpa - falei baixinho

- Tudo bem - falou depois que se recuperou e colocou a camisa

- Tá com raiva? - perguntei receosa

- Relaxa, loira, sei que não foi por mal - falou me dando um selinho demorado - Mas mantenha seu joelho longe do meu pau

- Sem graça - falei revirando os olhos e ele riu

- Tá difícil pra gente - falou me olhando

- Bom que deixa com vontade - falei dando de ombros

- Se tem uma coisa que eu tô é com vontade - falou de um jeito que eu acabei rindo - Vontade até demais

- Só você, cara - falei rindo

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