Capítulo 147

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alicefhartmann: 😜

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- Renan Narrando -

Algumas semanas se passaram e hoje nós fomos no médico levar os exames da minha mãe, o tempo que ele ficou analisando parecia que o meu coração iria sair pela boca.

- Isso é incrível - falou largando os exames

- Fala logo, doutor - falei ansioso

- Calma, filho - minha mãe falou baixo ao meu lado

- O tratamento está funcionando - falou e parece que saiu uma tonelada das minhas costas

- Eu tô me curando? - perguntou minha mãe com voz fraca

- Surpreendentemente sim - confirmou - Remissão espontânea

- Milagre - sussurrei

- Remissão espontânea - falou e voltou a olhar os exames - Por que com o tratamento era apenas para prolongar a vida da senhora

- Não tem nada errado aí não, né? - perguntei com medo de ter dado algo errado e saído esse resultado

- Eu analisei bem e repeti esses exames, lembra? Está tudo dando certo, meu filho - falou sorrindo

- Eu pedi tanto a Deus - minha mãe falou emocionada - E ele capacitou o senhor pra me ajudar com esse tratamento

- A melhor parte da minha profissão é dar essas notícias - falou e eu assenti - E vamos continuar com o tratamento pra em pouco tempo eu te dar alta absoluta

- Eu não tô acreditando até agora - falei baixo

- Nem eu - minha mãe falou me olhando

- Alice Narrando -

Quando saí do estágio, peguei o Gabriel na casa da avó do Renan e fui dar uma volta no shopping com ele e aproveitei pra ir na loja da minha mãe. Só tinha uma funcionária antiga trabalhando, cumprimentei ela e me virei pro Gabriel.

- Vou olhar algumas roupas, não sai da loja - falei quando ele se sentou em um puff que tinha ali

- Cadê minha vó? - perguntou me olhando

- Deve tá lá no escritório - falei e ele assentiu, me afastei um pouco dele e fui olhar as roupas mas sempre olhando pra onde ele estava, morrendo de medo dele sair da loja e se perder

- O que você está fazendo aqui? - escutei uma voz fina e olhei vendo uma funcionária que deveria ser nova perguntar pro Gabriel, eu iria me aproximar mas logo ele respondeu e eu fiquei na minha

- Eu tô esperando a minha avó - falou simples

- Duvido muito que a sua avó consiga comprar algo nessa loja - falou olhando ele de cima a baixo

- Ela não precisa comprar - falou rindo e eu senti vontade de rir

- Ora, moleque, aposto que está tentando aprontar - falou séria

- Vó - se levantou animado e passou por trás da mulher e eu vi ele abraçado a minha mãe

- Vó? - perguntou chocada

- Sim, conheceu meu neto, Clarice? - minha mãe perguntou simpática e isso denunciava que ela não tinha escutado

- Uma criança adorável - falou sorrindo falsa

- Ela estava querendo saber o que eu estava fazendo aqui e não acreditou quando eu disse que esperava minha avó - Gabriel falou inocente e a tal Clarice arregalou os olhos

- Pensei que ele tivesse perdido - falou tentado consertar

- Perdido? - minha mãe perguntou em dúvida

- Não, ela disse que não acreditava que minha avó conseguiria comprar algo aqui - falou explicando - Mas ela não sabia que você não precisa comprar, você é a dona

- Você entendeu errado, querido - falou nervosa

- Não entendi não, você falou isso - falou olhando pra garota

- Ela falou isso, meu amor? - minha mãe perguntou pro Gabriel

- Falou - confirmou

- Todo mundo sabe que eu não tolero nenhum tipo de preconceito nas minhas lojas - minha mãe falou séria

- Ele está mentindo - falou desesperada

- Eu não minto - Gabriel retrucou e era verdade, ele não mentia, na verdade nem conseguia

- Mas mentiu - falou olhando pra ele

- Não mentiu não - falei me aproximando e ficando na vista deles - Eu ouvi toda a conversa de vocês

- Tá vendo? Minha mãe sabe que eu não minto - Gabriel falou dando língua pra ela e eu segurei uma risada

- Ele é seu filho? - perguntou incrédula

- Ora e como mais ele seria meu neto? - minha mãe perguntou cruzando os braços - É filho da minha filha e do meu genro - minha mãe falou como se fosse óbvio

- Eu não sabia - falou baixo

- Se soubesse iria mascarar o preconceito - falei séria

- Vamos pra minha sala, Clarice - minha mãe falou séria - Já volto, amores - falou beijando a testa do Gabriel

- Quer me ajudar a escolher roupas? - perguntei quando minha mãe saiu e ele fez careta

- Isso é chato, mãe - reclamou

- Chato é você - falei e ele riu

- Já escolheu, menina Alice? - Paula a funcionária que estava na loja quando eu cheguei perguntou vindo dos fundos da loja

- Ainda não e esse rapazinho não quer me ajudar - falei e ela riu

- Se quiser me fazer companhia no balcão será bem vindo - falou pro Gabriel

- Posso? - perguntou me olhando

- Pode - falei e ele sorriu

Meu Ébano Onde histórias criam vida. Descubra agora