Luccas Santinelle (Spin-off da Trilogia Meu Criminoso)

Nono Capitolo

Luccas Santinelle

Dois Meses Depois

Olho para Hericco ao meu lado, nós conversamos muito nessas duas semanas e tomamos uma das decisões mais difíceis das nossas vidas, depois que falei com meu pai ainda discutimos muitos para saber se era isso que queríamos realmente, até que chegamos a uma decisão difícil.

- Hericco Santinelle og Luccas Santinelle ba om midlertidig varetektsfengsling av Zöe Dejaeger og Antonella Rossi (Os senhores Hericco Santinelle e Luccas Santinelle solicitaram a guarda provisória de Zöe Dejaeger e Antonella Rossi) - disse nosso advogado em frente ao juiz norueguês.

- Onde os senhores residiriam com as crianças? - perguntou o juiz nos olhando alguns segundos depois, como se ele já não soubesse pelos papeis em seus mão.

- Nós somos italianos senhor - respondo olhando para ele - nos residimos atualmente em Palermo, a capital da Sicília - falei o mais calmamente possível.

O silencio que se fez presente no local após minhas palavras pode ser considerado ensurdecedor de tão alto que é. O juiz olhou por longos minutos para mim e Hericco, que permanecia ao meu lado, como se estivesse sentando ver através de nossas almas, ver se queríamos realmente aquilo.

- Herrer Santinelles, dere har alle kravene for adopsjon, dere virker for meg å være gode mennesker og i stand til å ta vare på to barn i ferd med å vokse, så vi godtok forespørselen og ga dere den midlertidige varetekten til Zöe Dejaeger og Antonella Rossi (Senhores Santinelles vocês têm todos os requisitos para a adoção, me parecem ser boas pessoas e com condições para cuidar de duas crianças em fase de crescimento, então nós atendemos ao pedido e lhes concedemos a guarda provisória de Zöe Dejaeger e Antonella Rossi) - disse o juiz nos olhando alguns segundos depois.

- Takk (Obrigado) - disse Hericco sorrindo para ele.

- A partir do momento que pisarem em solo italiano recomendo que vão até as autoridades para que a assistente social faça visitar por um ano todos os meses como manda tanto a lei norueguesa quanto italiana - nos informou o juiz.

- Claro que faremos – respondi convicto.

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- Bons senhores, os passaportes das duas meninas já estão com vocês - disse nosso advogado, doutor Rogers - assim que chegarem na Itália podarem tirar a cidadania delas, e trocar o sobrenome, se quiserem – disse gentilmente nos olhando.

- Não precisamos nos preocupar com a rapidez com que nosso pedido foi aceito? - Hericco pergunto preocupado, querendo ou não as leis na Itália são severas, ainda mais com o quesito da adoção.

- Não conheço com certeza a lei italiano – disse analisando as palavras do meu marido por poucos segundos – se quiserem e se sentirem mais seguros podem pedir para um advogado acompanhar a análise do serviço social da papelada da adoção, já que irão precisar de um para dar entrada na cidadania delas – instruiu calmamente.

Olhei brevemente para Hericco, que apenas assentiu, a nossa sorte é que já temos um advogado.

- Muito obrigado doutor - disse Hericco sorrindo formalmente para ele.

- Não há de que – respondeu devolvendo o sorriso e apertando a mão de meu marido e logo depois a minha.

Nos dois seguimos para o nosso carro calmante, olho para Hericco e vejo o mesmo com o passaporte em suas mãos o observando.

- Você acredita que esse dia finalmente chegou? - ele perguntou sem me olhar, ainda olhando no que estava em suas mãos.

- Parece um sonho - digo sorrindo começando a dirigir - um lindo sonho que eu não quero acordar nunca.

- Se for um sonho eu não quero acordar também - disse ele finalmente me olhando - vamos para casa hoje? - perguntou me observando brevemente.

- Assim que pegarmos as meninas - digo desviando brevemente o olhar para encontrar com o dele, eu estava sorrido.

- Acha que elas gostaram da surpresa? - perguntou ele sorrindo, mas lá no fundo eu pude ver o medo e a dúvida.

- Eu espero que sim - digo - espero que nossa família também goste da surpresa.

- Eu acho que Pietro vai e me matar - disse Hericco sorrindo - eu tenho ignorado ele por essas duas semanas.

- Eles vão ficar feliz por nos dois - garanto para ele – meus pais e minha irmã já estão sabendo mais por cima e estão muito felizes com os novos membros da família - contei sorrindo para ele.

- Fico feliz que estejam tão felizes com a chegada de Zöe e Antonella – respondeu também sorrindo para mim – espero que todos fiquem felizes por todos nos.

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- Herrer (Senhores) - disse um homem abrindo a porta para nós dois.

Como havia prometido relatei o comportamento de Emilja Abrahamsen, ela não foi demitida, mas terá que cumprir uma sentença condicional por alguns meses pelo caso de homofobia e por ter tentado impedir pessoas aprovadas pela lei norueguesa a retirarem brevemente duas crianças do orfanato.

- Hericco - escutamos os gritos de Zöe que vem correndo até os pês de Hericco.

- Oi bebe - disse Hericco pegando a menina nos braços e dando beijos na bochecha dela.

- Ciao (Oi) - disse Antonella vindo até nos, calmamente como sempre e até mesmo com um pouco de vergonha.

- Ciao (Oi) - respondo me abaixando na altura dela com um sorriso nos lábios.

- O que fazem aqui? - perguntou Zöe inocentemente nos olhando - pensei que tinha alguma coisa muito importante para fazer hoje antes de voltarem de novo para a Itália. Quando vão voltar?

Olho para Hericco, que sorria amorosamente para Zöe e para Antonella, intercalando o olhar entre as duas por alguns segundos.

- Nos, na verdade já resolvemos tudo o que tínhamos para resolver - digo olhando para elas - nós vamos embora hoje na verdade, e não vamos voltar – completou seriamente.

- Vão voltar para a Itália e não vão mais vir não ver? - perguntou Zöe se agarrando em Hericco ainda mais como se estivesse com medo.

- É por isso que viemos na verdade - respondeu o Hericco olhando para ela - nós estávamos pensando a algum tempo em ter filhos, mas nunca conseguimos.

- Vet (Sei) - respondeu Zöe, de cabeça baixa, triste.

- Como queríamos filhos nós resolvemos adotar duas crianças - continuou Hericco levantando a cabeça da mesma - você e Antonella.

- Vil adoptere oss? (Vão nos adotar?) - perguntou Antonella descrente me olhando, o que me faz sorrir.

- Nos na verdade já fomos ao juizado da Noruega, e ele nos concedeu a guarda das duas, estamos em uma batalha na justiça a algum tempo só que não queríamos contar por que tínhamos medo de não conseguirmos, mas conseguimos - respondi olhando para ela, Emilja Abrahamsen antes de se jogar nos meus braços.

- Non lascerai che si avvicini di nuovo a me, vero? (Você não vai deixá-lo chegar perto de mim novamente, não é?) - perguntou ela, sinto minha camisa se molhar, indicando que ela estava chorando, o que parte meu coração.

- Giuro su Dio che non lo permetterò mai più vicino a te (Eu juro por Deus que nunca mais vou deixá-lo chegar perto de você).