Tredicesimo Capitolo

323 51 2
                                    

Hericco Santinelle

Estou conversando animadamente com Isabela, Zöe ainda permanece em meus braços quando Pietro, Bernardo, Benjamin é as crianças chegam.

Fico tenso imediatamente, dês de ontem venho tentando falar com Pietro, mas ele tem me ignorado, não atende as ligações e nem vê as mensagens, acho que ele ficou realmente chateado com tudo o que acontece, não junto eu também ficaria se ele tivesse feito isso comigo, mas sinceramente nos últimos meses eu nem pensei em contar para ninguém com medo do nosso pedido ser negado.

- Bernardo, Pietro – Isabela comprimentos assim que eles chegaram na cozinha.

Bato meu olho na sala e vejo Antonella conversando com Samuel, ela não parece desconfortável nem nada, apenas confissão com a rapidez que Samuel falava, o que para mim é apenas fofo.

- Hericco – Pietro me chama se sentando em minha frente.

Olho para ele e vejo que ainda estava sério, vejo um pouco de mágoa em seu olhar o que parte meu coração.

- Pietro – respondo baixinho alguns segundos depois.

- Venha – disse se levantando alguns segundos depois – vamos conversar – completou.

Me levanto junto com ele o sigo para a sala de jantar, nos nós sentamos, por longos minutos ficamos apenas olhando um para o outro até que eu falo.

- Sei que se sentiu magoado por não ter te contado sobre a adoção, mas eu estava com medo – digo olhando no fundo dos seus olhos.

- Eu estive com medo durante muito tempo – falou me olhando com os olhos cheios de lágrimas – principalmente quando meu filho se foi, mas mesmo assim eu não escondi isso de você, quando Benjamin quase morreu, quando Gio iria nascer te contei meus medo, você é meu melhor amigo eu confiei em você para todos esses momento com esses sentimento dolorosas que nem mesmo meus maridos sabiam disso na época, mas você sabia – falou e isso foi pior que um soco bem no meio do meu estômago, foi como se ele tivesse me dado um belo tapa na cara, ainda mais porque sei que tudo isso é verdade – eu pensei que confiaria em mim, que me contaria quando estivesse pronto para dar esse passo – falou com os olhos querendo transbordar em lágrimas.

Antes que pudesse responder uma voz nos interrompe.

- Papa – era Giovanni que corria até Pietro bem desengonçado – o Samuel e a Antonella vão brincar lá fola, posso ir com eles? – perguntou meio desengonçado olhando para o pai que apenas sorriu meio forçado.

- Claro amor – respondeu deixando a bochecha do menino – seus primos estão chegando, vida seus pais que vai lá fora e chama Zöe para brincar também, peça para o Sr. James acompanhá-lo até lá e não vão muito longe – falou olhando nos seus olhos.

- Tá bom papa – respondeu saindo correndo para a cozinha.

O silêncio nada feliz se instalou, eu estou envergonhado pelo segredo e ainda mais por ele ter jogado isso na minha cara, jogado a verdade.

- Eu sei que confiou em mim em todos esses momentos triste e horríveis – digo alguns segundos depois olhando em seus olhos, que estavam apenas focados em mim e ele não falava nada – e eu como seu amigo não fiz a mesma coisa e sei que está magoado com isso eu também estaria, mas acredite em mim eu sinto muito, tem razão deveria ter te contado – falei querendo chorar.

Pietro é um amigo, o primeiro amigo que eu sinto que sempre foi sincero comigo, mesmo com os problemas emocionais que tem, dois maridos amorosos e filhos ele ainda sempre prioriza nossa amizade sempre me conta as coisas e eu, como um péssimo amigo não posso fazer o mesmo? Que tipo de amigo eu sou?

- Só fiquei chateado porque teve cinco meses para me contar – falou parecendo mais calmo – eu te perguntei várias vezes o que estava acontecendo, porque estava indo tantas vezes para Noruega, não quis pedir para Bernardo perguntar por que não queria invadir sua privacidade e tinha certeza de que me contaria quando estivesse pronto – falou me pegando mais uma vez de surpresa.

- Deveria ter te contado – falei respirando fundo – Zöe e Antonella chegaram na vida minha e de Luccas foi como um misto de emoções, eu tive medo de não conseguir, se eu te contasse seria real de mais para aguentar, eu não poderia – falei olhando em seus olhos.

- A realidade é bem temida, ela dá medo, eu sei disso – falou ele pela primeira vez sorrindo para mim – tá desculpado Hericco, só não faça de novo – falou ele sorrindo ainda mais.

- Não vou – respondeu – prometo.

Nos levantamos e voltamos para a cozinha, Bernardo ajuda meu sogro na cozinha, Zöe provavelmente estava com meu outro sogro no jardim junto as crianças, enquanto Benjamin estava indo para lá com duas taças de vinho em mãos.

Assim que me viu Luccas já me lançou um olhar preocupado, que eu logo retribuo com um sorriso mostrando que estou bem, me aproximo e ele passa os braços em meu entorno me fazendo chegar ainda mais perto.

Dou um selinho em seus lábios logo em seguida e sorrio.

- Tá tudo bem? – perguntou preocupado me olhando.

- Está tudo ótimo – respondi.

A campainha volta a tocar alguns segundos depois.

- Vou lá atender – meu sogro disse – deve ser seus primos e as crianças – falou.

De fato, eram eles, Simon já levou direto as crianças para o jardim para brincar, eu fui logo em seguida.

Assim que cheguei vejo Antonella e Zöe brincando de pega-pega com os outro, eu só fico observando quando Fredericco, Martina e Edward entram na brincadeira, elas parecem estar realmente se divertindo muito.

- Não se preocupe – Simon disse chegando perto de mim – elas parecem bem enturmadas com os primos.

- Ainda sim tenho medo – respondi sorrindo brevemente para ele – elas estão aprender as coisas para aqui, não tem medo com Fredericco em outro país ou outra cultura? – perguntei olhando para ele.

- Todas as vezes que saímos dos Estados Unidos – admitiu sorrindo olhando para o filho – mas temos que nos acostumar, eles são nossos filhos e dão fortes, saberiam se virar muito bem sozinhos – falou com confiança.

- Talvez tenha razão. 

Luccas Santinelle (Spin-off da Trilogia Meu Criminoso)Onde histórias criam vida. Descubra agora