Luccas Santinelle (Spin-off da Trilogia Meu Criminoso)

Ventinovesimo Capitolo

Luccas Santinelle

Dois Meses Depois

Deixo as meninas na escola e sigo direto para a empresa.

Os meses se passaram relativamente tranquilos após aquela conversa com meus pais, nos primeiros dias as coisas ficaram meio estranhas, e mesmo acreditando em suas palavras ainda fico em alerta, porque isso pode não ter voltado para assombrar meus pais ou eu e Isabela, mas pode muito bem vir assombrar meus filhos.

Agora já está tudo tranquilo, nem mesmo tocamos mais no assunto.

Em compensação ao meu ótimo relacionamento com meus pais, estou em um mal relacionamento com meu sono, ele está me xingando por ter feito quatro de uma vez só; é impressionante, quando não é Pietra e Dante, quando não é Dante é Augustus, e quando os três ficam quietos Filippo começa a chorar no meio da noite.

Eu contratei uma pessoa para ajudar a coisar dos bebês, Hericco não ia dar conta, se nem eu e ele juntos damos conta, imagina ele sozinho, ainda mais com as meninas.

Nesse tempo a pequena Beatrice nasceu, acho que nunca vi Bernardo e Pietro tão felizes com a chegada da primeira menina na família deles.

Sou tirado dos meus pensamentos assim que chego na empresa, vejo Isabela vindo em minha direção com uma cara nada boa.

- Bernardo nos deu o dia de hoje e amanhã de folga - disse ele me olhando nervosa.

- O que aconteceu? - pergunto sem entender nada.

- Um espião belga foi visto em solo italiano - respondeu a mesma - como temos relações pacíficas com a Bélgica, depois de amanhã partiremos para lá com o espião, então Bernardo nos deu dois dias de folga.

Olho para ela um empo antes de concordar e entrar novamente no meu carro, e vou direto para casa, ver como meus pequenos bebês estão.

Dia Seguinte

- PAPA, PAPA, PAPA - escuto os gritos animados de Zöe e Antonella entrando pela casa correndo.

As mesmas estão com a bola de futebol que eu dei a alguns dias, e as duas amaram brincar com isso no quintal da frente.

Olho para Hericco, que alimentava pacificamente Felippo me olhando sorrindo.

- PAPA - Zöe grita se jogando em mim - gioca con noi papà palla? (brica com a gente de bola papai?) - ela perguntou fazendo aqueles olhinhos fofo, que eu nunca sei como resistir.

- ok ok - digo sorrindo para eles depois de fingir analisar um pouco - Gioco a palla con te, ma solo un po' (eu brinco com vocês de bola, mas só um pouquinho) - digo enquanto as duas me puxam para fora de casa - ma e solo un po' dentro (mas e só um pouquinho mesmo em) - digo sorrindo para as duas.

Hericco Santinelle

Olho da porta Luccas brincando com as meninas.

Des de que nos mudamos para esse bairro mais tranquilos, elas brincam bastante na parte da frente do nosso quintal. Olho para Filippo ainda se alimentando calmamente em meus braços.

Eu nunca estive mais feliz em toda a minha vida, tenho agora tudo que eu sempre quis, sou casado com um homem maravilhoso como Luccas e tenho meus seis lindo filhos, que estão maiores e mais maduros a cada dia, mesmo quatro deles sendo apenas recém-nascidos.

Hoje eu acordei com uma sensação ruim dentro de mim.

Uma sensação de perda.

Presto bem atenção neles sorrindo, e por uns segundo me distraio com Antonella tentando chutar a bola na certa. O que eu abomino já que temos vizinho, mas ela erra mesmo, porém, acerta bem no meio do poste de energia, o que a deixa muito feliz.

Assim que volto a olhar para Zöe que deveria estar perto de Luccas, vejo a mesma correndo em direção ao meio da rua para pegar a bola e no mesmo momento vejo um carro em alta velocidade vindo na sua direção.

- ZÖE.

Luccas Santinelle

- ZÖE - escuto o grito de Hericco, e olho para onde o mesmo olhava desnorteado.

No mesmo momento um filme em câmera lenta passa pela minha cabeça, quando eu vejo um carro branco em alta velocidade atingindo Zöe no meio da rua.

Vejo o corpo da minha filha sendo arremessada metros de distância, e batendo as costas em uma arvore.

Me levanto correndo e vou até ela, há um grande corte na testa, e outros por todos os lados, mas o que me preocupa de verdade e um pedaço do para-choque do carro que estava fincado no abdômen da mesma.

Zöe já estava inconsciente. Pego ela delicadamente em meus braços e sem pensar em nada corro para o meu carro, coloco a mesma delicadamente no banco de trás do carro, o enchendo se sangue, mas isso não importa agora.

Entro no carro no banco de motorista, e vejo Hericco chorando sentado ao meu lado, ainda com Felippo nos braços.

Dou partida rapidamente. Eu sei que violei umas trinta leis de trânsito., mas eu precisava chegar o mais rápido possível no hospital

Entro pela área de ambulâncias mesmo. Vejo uma médica na porta e assim que paro o carro ela vem até nos.

- Senhores essa área e só para pacientes graves - disse a mesma.

- Minha filha acaba de ser atropelada, e tem um pedaço de para-choque fincado na barriga dela - digo abrindo a porta de trás do carro.

A mesma arregala os olhos olhando para o corpo ensanguentado de Zöe.

- PORTA UNA STREETER E CHIAMA LA CHIRURGIA PEDIATRICA (TRAGAM UMA MACA E LIGUEM PARA A CIRURGIA PEDIÁTRICA) - disse ela verificando o pulso de Zöe.

- Mio Dio - disse um homem trazendo a maca.

- Menina mais ou menos sete anos - disse ela entrando no hospital, comigo e Hericco logo atras - acidente de carro, um pedaço do para-choque preço no abdômen.

Vejo Isabela vindo até nos preocupada

- Me dê ele - pede ela pegando Filippo do colo de Hericco,

No mesmo momento vejo Zöe convulsionando, e logo depois o aparelho do coração parando,

- FERMARE (PARADA) - disse a médica, e com isso Hericco aperta ainda mais minha mão - CARICARE IN CENTO (CAREGA EM CEM) - disse a mesma - LONTANO (AFASTA) - e deu o primeiro choque, mas não fez efeito - CARICARE IN CENTO CINQUANTA (CARREGA EM CENTO E CINQUENTA) - disse ela - LONTANO (AFASTA) - nada de novo, me coração está acelerado de um jeito horrível - CARICARE IN DUECENTO (CARREGA EM DUZENTOS) - instruiu ela - LONTANO (AFASTA) - e deu o choque. Depois de uns segundos nada, o coração parou - Ora della morte (hora do óbito) - disse ela olhando o relógio - tre e quarantuno del pomeriggio (três e quarenta e um da tarde),

- Não - disse Hericco ao meu lado desabando no choro - não, não, não, não,

Eu chorava junto com ele, e logo depois o abraço, nos dois chorando desesperados,

Zoé è andata (Zöe se foi).