Hericco Santinelle
O jantar foi maravilhoso, as crianças se intimaram muito tem, Zöe esteve o tempo todo conversando com Gio, Martina e Edward, que graças aos pais aprenderam norueguês dês de cedo assim como italiano e inglês, agora os pequenos estão aprendendo alemão e russo.
Fredericco e Samuel ficaram até o momento de irmos embora conversando com Antonella, que a cada minuto parecia mais confortável com a presença de todos, principalmente de Simon e Benjamin que a todo o momento pareciam dedicar muita atenção a garantir que ela se sinta calma e confortável com a família.
Foi bem difícil tirar as duas de perto dos novos amigos, eu juro que Zöe quase chorou quando disse que estávamos indo, mas aí eu prometi que Martina e Edward poderia nos visitar no dia seguinte e Pietro e Brian concordaram em lavá-las lá para casa, isso ajudou, mas mesmo assim a menina não queria nem um pouco ir embora.
Antonella foi mais de boa, mesmo assim Samuel e Fredericco prometeram passar por lá e quem sabem irem brincar na piscina.
Assim que chegamos em casa Zöe já estava dormindo no carro, pego ela calmamente e a levo para a cama, ainda eram cinco da tarde mais tarde eu posso dar banho nela.
Luccas colocou Antonella para tomar banho, compramos algumas roupas para elas antes de saímos da Noruega, mas logo vamos precisar comprar ainda mais logo.
Assim que ela já estava vestida coloquei Luccas para tomar banho, porque sinceramente ninguém merece dormir ao lado de outra pessoa fedida.
Bato na porta do quarto de Antonella, falando disso temos que redecorar o quarto das duas logo. Ela estava lendo um livro que Luccas lhe deu a algumas semanas, Percy Jackson, em italiano.
- Vou fazer comida, seu pai está tomando banho – digo sorrindo para ela que para de ler e me olha – se quiser ficar aí, mas ficaria feliz se me acompanhasse na cozinha – falei me sentando na sua cama.
- Nossa família é rica, não é? – perguntou ela me olhando, eu mesmo sem entender apenas assentiu – então por que você não contrata alguém para fazer o jantar? – perguntou me olhando.
Penso um pouco olhando para ela, até porque nem mesmo eu sei o porquê não temos uma empregada, Luccas nunca teve e eu não contratei quando nos casamos.
- Gosto de cozinhar – foi a única resposta que consegui dar a ela naquele momento – além disso jantamos e almoçamos muito fora, quando não fazemos isso cozinhamos – falei sorrindo para ela.
Antonella parece pensar um pouco na minha resposta e logo em seguida pareceu convencida.
- Vou com você para a cozinha – disse finalmente depois de alguns segundos.
Ela me acompanha até a cozinha enquanto eu começo a fazer uma bela lasanha.
Enquanto estava fazendo isso Antonella continuava lendo o livro, só que na mesa de café da manhã perto de mim.
- Posso perguntar uma coisa? – ela perguntou alguns segundos depois parando de ler e me observando em alerta.
- Já perguntou – respondo fazendo tanto ela quanto eu sorrimos – mas como um bom pai eu deixo fazer outra pergunta – digo calmamente a observando.
- Você disse que esteve em uma situação ruim uma vez e que a família Santinelle te salvou, mas nunca me disse o que é – falou e eu só pude sorrir para ele.
Respirei fundo a olhando por algum tempo pensando no que falaria.
- Antonella eu quero que entenda que a minha história com a família Santinelle ficou no passado – falei me sentando ao seu lado – a muito tempo eu estava em uma família muito ruim.
Dezesseis Anos Antes
Chegando em casa vejo meus pais na sala conversando com minha irmã, fico tenso no mesmo segundo, sabia que ela tinha visto uma coisa que ela não deveria saber.
Passo direto por eles e vou para o meu quarto e me tranco lá, a primeira coisa que faço é mandar uma mensagem para minha tia pedindo para ficar na casa dela alguns dias enquanto procuro um emprego e uma casa, ela não demorou a me responder com uma resposta afirmativa.
Começo a arrumar uma pequena bolsa com o básico, só algumas roupas normais e roupas íntimas, nem mesmo pego os aparelhos eletrônicos, apenas o carregador do meu celular.
Assim que já estava tudo certo peço um taxi que não demora muito para chegar na frente de casa, pego as minhas coisas e saio quase correndo do quarto.
Quando chego na parte de baixo vejo que ele já não está mais na mesa, meu pai estava sentado no sofá, minha mãe e irmã ainda estavam na mesa só que com uma cara nada boa me olhando.
Foi como um raio, meu pai logo estava na minha frente me batendo.
- Eu não disse para manter essas suas tendências só para si mesmo? – perguntou enquanto me batia.
Não sei em que momento cai no chão, mas senti quando ele começou a me chutar, a dor era inigualável, acho realmente que nunca senti tanta dor quanto naquele momento, nem quando quebre a mão jogando bola, não isso dia muito pior do que aquela dor, ainda mais por saber que é meu próprio pai quem está me causando essa dor.
Eu não sei como, mas consegui me levantar e empurrá-lo para o chão, peguei minha bolsa e sai correndo, o máximo que minhas pernas permitiam para o taxi que ainda estava parado à frente de casa.
O motorista ficou assustado quando eu estrei, me preocupei, mesmo com dor, de não encontrar com nenhuma parte minha que estava suja de sangue no banco para não causar nenhum transtorno.
Dou o endereço da minha tia, no mesmo momento que meu pai sai da casa junto com minha mãe, só pela sua cara eu vejo que ele estava irado de raiva, sabia que se saísse daquele carro iria apanhar ainda mais, quem sabe ele até mesmo me mataria na frente de todos.
- PICCOLO FECCHIETTO DI MERDA, ESCI SUBITO DA QUELLA MACCHINA TI INSEGNERO' COME ESSERE UN UOMO CHE NON ESCE DA QUELLO TUTTO IL CULO (SEU MERDINHA VIADO, SAIA DESSE CARRO AGORA MESMO QUE EU VOU LHE ENSINAR A SER UM HOMEM QUE NÃO SAI POR AI DANDO O CU) - gritou me fazendo tremer de medo no mesmo segundo.
O taxista percebe que não seria a melhor coisa continuar ali, então ele acelera deixando meu pai nada feliz para trás ainda gritando.
Eu por outro lado apenas respiro fundo, quando o taxista me olha ainda dirigindo.
- O senhor não quer que eu o leve para o hospital ou para a delegacia? - perguntou parecendo preocupado.
- Não - respondi olhando para ela pelo espelho – só me leva para o endereço que lhe dei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Luccas Santinelle (Spin-off da Trilogia Meu Criminoso)
Fanfiction(É IMPORTANTE QUE FAÇAM A LEITURA DESTE LIVRO ANTES DO TERCEIRO LIVRO DA SÉRIE MEU CRIMINOSO, PARA QUE NÃO PEGUEM SPOILERS) Em "Luccas Santinelle", somos levados a acompanhar a jornada de Hericco e Luccas Santinelle, cujas vidas foram marcadas por d...