Cap. 1 - Estranhagedon

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*Dipper*

O céu está a rasgar-se em forma de cruz e um monte de coisas estranhas (mais que o normal) está a acontecer.
Depois de assistir aquele fenómeno insano lembrei-me da Mabel!

– Mabel!

Tio Ford puxou-me pelo colarinho, impedindo-me de correr para a floresta.

– Tem calma, Dipper! Não podemos ir atrás da Mabel agora. Vêm aí bolhas de loucura, temos de ir para a cabana. Lá estaremos seguros e poderemos pensar num plano.

Relutante, segui-o até ao interior da Cabana do Mistério.

– Tio Ford, o que está a acontecer?

– Bill finalmente conseguiu o que queria. Libertou a fissura e agora está a unir a sua dimensão com a nossa.

Ao ouvir a palavra "fissura" entrei em choque. Eu e Mabel tínhamos trocado de mochilas. Ela tinha a minha, onde estava essa coisa!

– A fissura estava com ela! Temos de ir salvá-la! A Mabel pode estar em perigo!!! – Falei, quase num grito.

–Tem calma, Dipper. Respira.

Sentei-me no sofá da sala, tentando acalmar-me.

– Temos de pensar num plano primeiro. Como iremos derrotar o Bill?

– Nos diários não tem nada.

– Eu sei. Eu tenho uma coisa que nos pode ajudar.

Levantei-me, curioso, e segui o Tio Ford até ao seu laboratório. Ele pegou numa mala grande que estava em cima de uma das mesas.

– Isto é a minha arma secreta para derrotar o Bill. Literalmente, está uma arma cá dentro. Eu não falei disso nos diários, caso o Bill os apanhasse.

– Como funciona?

– Saberás quando chegar a hora. Por enquanto temos de chegar perto dele. Sabes de algum lugar em que possamos aproximar-nos sem ele nos ver?

Precisei de algum tempo para pensar, mas logo me lembrei.

– A torre do relógio! Podemos ver tudo dali de cima!

– Muito bem, então. É para lá que nós vamos.

Algum tempo depois

– Aqui estamos, o centro do fim do mundo.

Bill estava um pouco adiante, a conversar com aquelas criaturas que considerava amigos. Escondidos entre os destroços, Bill não nos conseguiria ver.

– Acho que estamos perto o suficiente. – Afirmou Ford.

Fiquei a vigiar cuidadosamente enquanto ele tirava da mala uma arma um pouco peculiar. Mas isso já não é surpresa.
Apontou-a a Bill, ajustando para ter um tiro certeiro.

– Só temos uma oportunidade.

Esta tensão já me estava a deixar com ansiedade. No momento em que o dedo do Tio Ford estava prestes a apertar o gatilho, uma bolha de loucura passou por nós e animou o sino, fazendo-o tocar loucamente e assusta-lo. Ele disparou por causa do susto e errou, acertando na cartola de Bill.

– Ora, ora, ora. Se não é o Seis Dedos. Bem me pareceu que estava a faltar alguém!

Usando seus poderes, assisti enquanto Bill elevava Ford no ar e o transformava em ouro. Por força da raiva, corri para tentar fazer algo contra o ele.

– Devolve o meu tio!

– Ah, também estás aqui, Pinheiro? E se eu não o devolver, o que vais fazer? O que um humano como tu pode fazer, miúdo? Estamos todos à espera para ver que coisa incrível vais fazer.

Esse demónio dava comigo em doido. Dominado pela raiva e stress, saltei para lhe dar um soco, sendo atirado repentinamente para trás. Quando abri os olhos estava no chão, encostado numa árvore, com os diários e suas folhas arrancadas a pegar fogo.

– Os diários!

– O que foi, Pinheiro? Não consegues fazer nada sem os diários, pois não? Não te preocupes, não te vou deixar aqui sozinho, és demasiado esperto para ficares sem fazer nada enquanto vês o mundo arder.

Senti um formigueiro subir pelo meu corpo acima. Estava a transformar-me em ouro, tal como o Tio Ford. Com um último grito, entrei num sono profundo.

Eternamente meuOnde histórias criam vida. Descubra agora