T.2, Cap. 1 - Revendo um velho amigo

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Narradora

Ford estava a preparar-se para sair.

- Onde vai, tio? - Perguntou Dipper.

- A casa de um amigo. Não vou sair por muito tempo.

Vestiu o casaco e saiu da cabana, fechando a porta atrás de si. Seguiu a estrada a pé e subiu um monte até uma grande mansão, onde bateu ao portão.

Quem a abriu foi McGucket.

- Ford, meu amigo! Como estás?

- Estou bem, obrigado. E tu?

- A mansão é muito fria quando se vive cá sozinho. Ainda bem que vieste! Já não nos víamos há um mês, quando o Dipper chegou, não é?

- Sim.

- Entra, senta-te.

McGucket tinha reformado o local quase que por completo, com plantas por todo o lado, alguns guaxinins que eram os seus "amigos" por aqui e ali, o jardim cheio de plantações de árvores e arbustos, de plantas ou para outros fins como recursos medicinais ou fonte de borracha, e muitas das divisões cheias de peças de robôs ou outras invenções.

Chegando à sala de estar, Fidleford fez um gesto para o seu amigo, pedindo que ele se sentasse.

- Então, novidades? - Perguntou, enquanto preparava café.

- Na verdade, sim. Há coisa de duas semanas o meu sobrinho apresentou-me um garoto.

- Quem?

- Não é de cá, parece que é da Califórnia. O nome dele é Nathaniel. É um bom garoto, gosta muito de ajudar e cozinha bem.

- Ele está lá na Califórnia?

- Não. Ao que parece foi expulso de casa pelos pais e pediu-nos para ficar cá a viver também.

- Eu lembro-me de quando também fui expulso de casa. Lembras-te?

- Como não lembraria? Ficámos a viver no mesmo apartamento. Tu eras muito desarrumado!

- Hehehe. Mas sinto que não estás a falar dele só por falar. - Disse, enquanto entregava uma caneca de café ao Ford e se sentava no sofá à frente do dele.

- É que aquele garoto é-me muito familiar...

- Hm? Achas que já o viste nalgum lugar? Pode ter sido uma foto qualquer numa rede social. - McGucket levou a sua caneca aos lábios.

- Não, sabes que eu não uso esse tipo de coisas. ... A verdade é que... ele lembra-me muito o Bill.

O outro cuspiu o café.

- O Bill?! Stanley não o tinha matado?

- Eu acho que sim, mas qualquer coisa é possível. ... Não sei, estarei a ser paranoico?

- Talvez um bocadinho. Há várias pessoas que têm personalidades parecidas, ele pode também ser só um rapaz normal.

- Mas ainda assim é suspeito...

- Faz-lhe alguns testes, nada de muito radical. Que mal pode fazer?

- É, tens razão. Só preciso é de um argumento para que ele e Dipper me deixem fazer-lhe os testes sem levantar suspeitas nem alarmar ninguém.


Eternamente meuOnde histórias criam vida. Descubra agora