Cap. 7 - O sonho

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Meus queridos leitores: a vossa espera acabou, hehehe. Leiam até ao final e saberão o que quis dizer.

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*Bill*

Ah, mais um dia, mais pessoas e mentes para atormentar. Por falar em atormentar, está na hora de ver como está o Stanford.

Teletransporto-me para a sala onde ele está e logo ouço chamarem o meu nome.

– Bill Cipher, onde está o meu sobrinho?

– Ah, o Pinheiro? Não te preocupes com isso velhote, preocupa-te com dar-me essa equação.

– Já disse que não ta vou dar.

– Então podes preocupar-te com as tuas consequências. – Falei, estalando os dedos, descarregando uma grande quantidade de energia elétrica sobre ele, eletrocutando-o.

– E aí? Em que é que ficamos?

– Vai à ———

– Ei, linguagem! Já que não me vai dizer mais nada, vou deixar-te aqui sozinho. Tchauzinho, Seis Dedos. Hahaha.

Olhando nos seus olhos cheios de raiva, teletransportei-me para o corredor. Andei (flutuei) até ao quarto n.º 37B6 e entrei. Pinheiro estava a dormir, de forma tão delicada que parecia um anjo. Fechei a porta com cuidado para não o acordar, transformei-me na minha forma humana e flutuei silenciosamente até ele. Quando cheguei perto o suficiente, reparei que ele suava frio e se debatia ligeiramente, respirando com dificuldade. Pela minha experiência com sonhos, pude saber que ele estava a ter um pesadelo. Mas que tipo de pesadelo seria esse que o deixava assim em pânico? Resolvi entrar para descobrir. Eu não podia entrar na sua mente, já que não tínhamos feito nenhum pacto, mas podia aparecer e ver os seus sonhos.

Quando cheguei no sonho estava tudo escuro. Isto realmente era estranho. Procurei por Pinheiro até o encontrar no meio da escuridão, sob uma luz branca ofuscada. Algo estava errado. Ele estava sentado no chão, tentando proteger-se de algo. Quando me aproximei mais, descobri do que ele se tentava proteger. Dois adultos, um homem e uma mulher, repreendiam-no, insultando-o e apontando pequenos erros que eles faziam parecer que era algo de grande importância. Pela aparência, pude deduzir que eram os pais dele. Olhei para Pinheiro e fiquei chocado. Seu corpo estava cheio de feridas abertas e nódoas negras, sangrando do nariz.

– És um inútil, nem sabes defender-te! – Diziam eles. – Nunca fazes nada direito. Porque não és como a tua irmã?

Pinheiro só conseguia chorar silenciosamente, sem conseguir responder. Isso era demais, até para mim, pois me lembrava do meu passado. Resolvi parar com este sonho.

– Já chega, não acham? – Repreendi, colocando-me entre ele e seus pais.

Olhando ligeiramente para trás, percebi que Pinheiro estava a olhar para mim, surpreso, tendo parado de chorar, mas ainda com o rosto molhado.

– E quem és tu? – Perguntou a mulher, visivelmente irritada pela minha intromissão.

– O Rei dos Sonhos. – Respondi, apontando para eles com os dedos em forma de arma (👉). – Bang! – E com um "poff" eles desapareceram numa nuvem de fumo.

Virei-me para trás, encarando Pinheiro, que estava assustado.

– Porque estás aqui? Porque fizeste isso?

– Pensei que quisesses ajuda.

Ele ficou pensativo por um momento, olhando-me nos olhos, mais calmo.

– Obrigado.

– Tudo por ti, docinho de menta (Nota: Bill usou este trocadilho, referindo-se a menta ser uma planta usada na culinária e para fazer doces, e por ser verde, como um pinheiro (pode ou não conter um segundo significado 😏)).

Observei, divertido, enquanto Pinheiro ficava com o rosto vermelho.

– Meu trabalho aqui está concluído.

– Espera.

– ?

– Podes ficar aqui? Não quero ficar sozinho.

Sorrindo, eu aceitei a oferta, sentando-me ao lado dele.

– Sobre o acordo, já decidiste, Pinheiro?

– Eu não sei, penso nisso depois.

Ele olhou para mim de uma forma tão inocente que não aguentei. Levantei seu rosto com cuidado e avancei, beijando seus lábios suaves e doces.

Eternamente meuOnde histórias criam vida. Descubra agora