Cap. 24 - Os irmãos voltaram

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Dipper e Bill dormiam abraçados depois de mais uma noite "agitada".

Enquanto dormiam, a porta do quarto abriu e, depois de uns segundos, voltou a fechar.

O moreno abriu os olhos.

– Bill, acorda! – Sussurrou, tentando acordar o outro.

– Hm? O que foi, docinho de menta?

– Acho que há alguém em casa, para além de nós.

Dipper sentou-se, ao mesmo tempo que Bill erguia-se nos cotovelos.

– Tens a certeza?

– Que outra explicação haveria para a porta abrir e fechar? – Resmungou o moreno.

O loiro ajudou-o a levantar-se (as pernas de Dipper estavam um pouco fracas) e vestiram-se, saíram do quarto e desceram as escadas em silêncio.

Ambos esconderam-se contra a parede perto da porta da sala, da qual ouviram alguns barulhos, com Dipper na frente.

Este puxou um canivete do bolso das calças e preparou-se para atacar.

– Por que tens isso? – Sussurrou Bill.

– Perguntas depois.

Respirou fundo e saltou para a porta, apontando o canivete para quem estava dentro da sala.

– Dipper, acordaste! Podes baixar o canivete.

– Tio Ford? Tio Stan?

Os dois gêmeos, Stan Ford e Stanley, estavam na sala de estar. Stanley estava sentado no sofá e Stan Ford, encostado à parede.

– Não é muito cedo para estarem aqui? Pensei que só voltavam amanhã. – Apontou Dipper.

– Acontece que era um assunto simples, foi rápido de tratar. Mas quem é aquele que estava a dormir contigo? – Retorquiu Stanley, desconfiado.

Dipper corou. Atrás de si apareceu Bill, embaraçado.

– Haha, bom dia, senhores Pines. Eu posso explicar!

– Então melhor começares agora. Tenho uma arma de plasma e tenho licença para a usar. – Disse Ford.

– Ahm, tios, este é Nathaniel. Ele veio comigo da Califórnia, e começámos a namorar...

– Prazer em conhecer-vos. – Sorriu Bill, nervoso.

Ford olhou para ele fixamente por um bocado, antes de se aproximar, de braços cruzados.

– Não me importo que Dipper namore, mas quero deixar-te um aviso: quebras-lhe o coração e eu quebro a tua espinha. Entendido?

– Sim, senhor. – Respondeu Bill, nervoso.

– Onde estão os teus pais, garoto? – Perguntou Stanley.

– Bem, eu vim para Gravity Falls sozinho. Os meus pais... expulsaram-me de casa...

- Oh. Certo, então... – A situação ficou constrangedora. – Acho que não fará mal ficares aqui uns tempos. Mas tens de começar a trabalhar para arranjar uma casa para ti, não podemos manter-se connosco para sempre.

– Eu entendo. Vou já tratar de arranjar trabalho!

Dipper sorriu. Era engraçado ver o que antes era um demónio interdimensional todo-poderoso sentir-se ameaçado pelos tio-avôs do namorado.

– Se vais ficar aqui, tenho algumas regras para ti. – Voltou Ford. – Primeiro: podem fazer o que quiserem desde que não esteja mais ninguém em casa. E segundo: Nathaniel terá de fazer tarefas como todos os outros.

– Como desejar. – Declarou Bill, sorrindo.

Ele e Dipper foram embora, deixando os irmãos sozinhos.

– Ele parece meio... familiar, não achas? – Perguntou Ford.

– Como assim?

– Sei lá, a voz, os olhos.... De qualquer forma, será melhor estarmos de olho nele.

Eternamente meuOnde histórias criam vida. Descubra agora