Dipper e Bill dormiam abraçados depois de mais uma noite "agitada".
Enquanto dormiam, a porta do quarto abriu e, depois de uns segundos, voltou a fechar.
O moreno abriu os olhos.
– Bill, acorda! – Sussurrou, tentando acordar o outro.
– Hm? O que foi, docinho de menta?
– Acho que há alguém em casa, para além de nós.
Dipper sentou-se, ao mesmo tempo que Bill erguia-se nos cotovelos.
– Tens a certeza?
– Que outra explicação haveria para a porta abrir e fechar? – Resmungou o moreno.
O loiro ajudou-o a levantar-se (as pernas de Dipper estavam um pouco fracas) e vestiram-se, saíram do quarto e desceram as escadas em silêncio.
Ambos esconderam-se contra a parede perto da porta da sala, da qual ouviram alguns barulhos, com Dipper na frente.
Este puxou um canivete do bolso das calças e preparou-se para atacar.
– Por que tens isso? – Sussurrou Bill.
– Perguntas depois.
Respirou fundo e saltou para a porta, apontando o canivete para quem estava dentro da sala.
– Dipper, acordaste! Podes baixar o canivete.
– Tio Ford? Tio Stan?
Os dois gêmeos, Stan Ford e Stanley, estavam na sala de estar. Stanley estava sentado no sofá e Stan Ford, encostado à parede.
– Não é muito cedo para estarem aqui? Pensei que só voltavam amanhã. – Apontou Dipper.
– Acontece que era um assunto simples, foi rápido de tratar. Mas quem é aquele que estava a dormir contigo? – Retorquiu Stanley, desconfiado.
Dipper corou. Atrás de si apareceu Bill, embaraçado.
– Haha, bom dia, senhores Pines. Eu posso explicar!
– Então melhor começares agora. Tenho uma arma de plasma e tenho licença para a usar. – Disse Ford.
– Ahm, tios, este é Nathaniel. Ele veio comigo da Califórnia, e começámos a namorar...
– Prazer em conhecer-vos. – Sorriu Bill, nervoso.
Ford olhou para ele fixamente por um bocado, antes de se aproximar, de braços cruzados.
– Não me importo que Dipper namore, mas quero deixar-te um aviso: quebras-lhe o coração e eu quebro a tua espinha. Entendido?
– Sim, senhor. – Respondeu Bill, nervoso.
– Onde estão os teus pais, garoto? – Perguntou Stanley.
– Bem, eu vim para Gravity Falls sozinho. Os meus pais... expulsaram-me de casa...
- Oh. Certo, então... – A situação ficou constrangedora. – Acho que não fará mal ficares aqui uns tempos. Mas tens de começar a trabalhar para arranjar uma casa para ti, não podemos manter-se connosco para sempre.
– Eu entendo. Vou já tratar de arranjar trabalho!
Dipper sorriu. Era engraçado ver o que antes era um demónio interdimensional todo-poderoso sentir-se ameaçado pelos tio-avôs do namorado.
– Se vais ficar aqui, tenho algumas regras para ti. – Voltou Ford. – Primeiro: podem fazer o que quiserem desde que não esteja mais ninguém em casa. E segundo: Nathaniel terá de fazer tarefas como todos os outros.
– Como desejar. – Declarou Bill, sorrindo.
Ele e Dipper foram embora, deixando os irmãos sozinhos.
– Ele parece meio... familiar, não achas? – Perguntou Ford.
– Como assim?
– Sei lá, a voz, os olhos.... De qualquer forma, será melhor estarmos de olho nele.
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Eternamente meu
FanfictionE se, quando Bill capturou Ford, também tivesse capturado Dipper durante o Estranhagedon? Aquele ódio que Dipper pensava que Bill sentia, na verdade, não passava de curiosidade, e é essa curiosidade que desperta nele sentimentos confusos. Este é o m...