*Dipper*
Tinha chegado o dia. Minhas malas estavam prontas, o autocarro que me levaria a Gravity Falls estava a chegar, estava tudo pronto para a minha viagem. Quando o autocarro chegou, despedi-me da Mabel. Só da Mabel, não me importava muito com os meus pais. Levei minhas duas malas até ao veículo e entrei. Senti-me num dos lugares de trás e coloquei os meus auriculares, para ouvir música. O autocarro começou a andar, eu fechei os olhos e adormeci.
💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤
Estava numa clareira, rodeada de uma floresta. Sentado junto ao tronco de uma alta cerejeira, abri os olhos e Bill estava sentado na minha frente, sorrindo carinhosamente para mim.
– Bom dia, meu Pinheirinho~
– Bill?
– Eu mesmo.
– O que estás a fazer aqui? – Perguntei confuso, olhando em volta.
– O que estás TU a fazer aqui? – Retorquiu, continuando a sorrir.
– Eu... eu não sei.
Bill riu, de uma forma muito adorável.
– Não tens de estar noutro lugar? – Perguntou.
– Eu... não sei.
Rapidamente me lembrei que realmente tinha de estar noutro lugar.
Levantei-me e comecei a afastar-me dali.– Até logo, Mason. – Falou Bill, gentilmente.
O que ele queria dizer com isso?
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Assim que me perguntei isso, voltei à realidade. O motorista do autocarro disse que já tínhamos chegado a Gravity Falls. Arrumei as minhas coisas, peguei nas malas e saí.
Lá fora estavam à minha espera o Tio Ford, o Tio Stan, o McGucket, o Soos, a Melody, com um carrinho de bebê, a Wendy e a Pacífica.
– Bem-vindo de volta, garoto. – Falou Tio Stan, me abraçando com muita força.
– Ouch, também estou feliz em voltar a vê-lo, Tio Stan.
– Os teus pais disseram-nos que virias para aqui para te tornares mais independente, e é isso que vamos fazer.
– Certo... pois.
– Olá, miúdo, já estava com saudades! – Disse Wendy.
– Eu também. – Respondi.
– Dipper!
– Soos! Peço desculpa por não ter estado no teu casamento com a Melody.
– Não faz mal, eu entendo.
– Olá, Melody.
– Olá, Dipper.
– Isso é um bebê?! – Eu gosto imenso de bebés.
– Sim, é. O nome dele é Carlos.
O bebê começou a chorar.
– Posso pegar nele?
– Claro, porque não? – Respondeu a mãe, Melody.
Peguei nele ao colo e embalei-o. Ele parou logo de chorar e começou a rir e a bater palmas.
– Uau, como fizeste isso? Normalmente demora, tipo, meia hora para o acalmar. – Questionou o pai, Soos.
– Na Califórnia, eu trabalhava como babysitter* (Nota: babá, no Brasil) no meu tempo livre. – Não era mentira, para além de prostituto, eu também tinha sido babysitter.
– Olá, Carlos. – Continuei. – Os teus pais deram-te um nome bastante latino, não é?
Olhei nos olhos negros do bebê, que me olhava divertido. Voltei a colocá-lo no carrinho e dei-lhe a sua chupeta. Depois voltei-me para a Pacífica.
– O-Olá, Dipper. Bem-vindo de volta. – Falou ela, timidamente, puxando uma mecha de cabelo para trás da orelha.
– Obrigado. É um prazer ver-te novamente. – Ela corou um pouco. – Como tens estado com os teus pais?
– Eles... já não me controlam tanto.
– Fico feliz.
– E que tal se fôssemos para a Cabana do Mistério, para que Dipper arrume as suas coisas e possamos almoçar todos juntos? – Sugeriu o Tio Ford.
– Parece uma boa ideia. – Respondi.
Só então reparei realmente no velhote McGucket. A sua postura estava corrigida, fazendo-o ser quase da mesma altura que o Tio Ford, sendo ligeiramente mais baixo. Sua barba estava BASTANTE mais curta. Os dentes que lhe faltavam tinham sido substituídos por uns novos e ele usava roupas mais... "decentes". Ele ainda usava óculos, mas estes já não estavam partidos.
Seguimos até à Cabana. Quando chegámos lá, subi rapidamente para o primeiro andar, para deixar as minhas malas no meu quarto. Depois disso, voltei a descer as escadas para a sala de jantar, onde já estava tudo pronto para o almoço.
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Eternamente meu
FanficE se, quando Bill capturou Ford, também tivesse capturado Dipper durante o Estranhagedon? Aquele ódio que Dipper pensava que Bill sentia, na verdade, não passava de curiosidade, e é essa curiosidade que desperta nele sentimentos confusos. Este é o m...