Cap. 15 - De volta a Gravity Falls

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*Dipper*

Tinha chegado o dia. Minhas malas estavam prontas, o autocarro que me levaria a Gravity Falls estava a chegar, estava tudo pronto para a minha viagem. Quando o autocarro chegou, despedi-me da Mabel. Só da Mabel, não me importava muito com os meus pais. Levei minhas duas malas até ao veículo e entrei. Senti-me num dos lugares de trás e coloquei os meus auriculares, para ouvir música. O autocarro começou a andar, eu fechei os olhos e adormeci.

💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤

Estava numa clareira, rodeada de uma floresta. Sentado junto ao tronco de uma alta cerejeira, abri os olhos e Bill estava sentado na minha frente, sorrindo carinhosamente para mim.

– Bom dia, meu Pinheirinho~

– Bill?

– Eu mesmo.

– O que estás a fazer aqui? – Perguntei confuso, olhando em volta.

– O que estás TU a fazer aqui? – Retorquiu, continuando a sorrir.

– Eu... eu não sei.

Bill riu, de uma forma muito adorável.

– Não tens de estar noutro lugar? – Perguntou.

– Eu... não sei.

Rapidamente me lembrei que realmente tinha de estar noutro lugar.
Levantei-me e comecei a afastar-me dali.

– Até logo, Mason. – Falou Bill, gentilmente.

O que ele queria dizer com isso?

💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤 💤

Assim que me perguntei isso, voltei à realidade. O motorista do autocarro disse que já tínhamos chegado a Gravity Falls. Arrumei as minhas coisas, peguei nas malas e saí.

Lá fora estavam à minha espera o Tio Ford, o Tio Stan, o McGucket, o Soos, a Melody, com um carrinho de bebê, a Wendy e a Pacífica.

– Bem-vindo de volta, garoto. – Falou Tio Stan, me abraçando com muita força.

– Ouch, também estou feliz em voltar a vê-lo, Tio Stan.

– Os teus pais disseram-nos que virias para aqui para te tornares mais independente, e é isso que vamos fazer.

– Certo... pois.

– Olá, miúdo, já estava com saudades! – Disse Wendy.

– Eu também. – Respondi.

– Dipper!

– Soos! Peço desculpa por não ter estado no teu casamento com a Melody.

– Não faz mal, eu entendo.

– Olá, Melody.

– Olá, Dipper.

– Isso é um bebê?! – Eu gosto imenso de bebés.

– Sim, é. O nome dele é Carlos.

O bebê começou a chorar.

– Posso pegar nele?

– Claro, porque não? – Respondeu a mãe, Melody.

Peguei nele ao colo e embalei-o. Ele parou logo de chorar e começou a rir e a bater palmas.

– Uau, como fizeste isso? Normalmente demora, tipo, meia hora para o acalmar. – Questionou o pai, Soos.

– Na Califórnia, eu trabalhava como babysitter* (Nota: babá, no Brasil) no meu tempo livre. – Não era mentira, para além de prostituto, eu também tinha sido babysitter.

– Olá, Carlos. – Continuei. – Os teus pais deram-te um nome bastante latino, não é?

Olhei nos olhos negros do bebê, que me olhava divertido. Voltei a colocá-lo no carrinho e dei-lhe a sua chupeta. Depois voltei-me para a Pacífica.

– O-Olá, Dipper. Bem-vindo de volta. – Falou ela, timidamente, puxando uma mecha de cabelo para trás da orelha.

– Obrigado. É um prazer ver-te novamente. – Ela corou um pouco. – Como tens estado com os teus pais?

– Eles... já não me controlam tanto.

– Fico feliz.

– E que tal se fôssemos para a Cabana do Mistério, para que Dipper arrume as suas coisas e possamos almoçar todos juntos? – Sugeriu o Tio Ford.

– Parece uma boa ideia. – Respondi.

Só então reparei realmente no velhote McGucket. A sua postura estava corrigida, fazendo-o ser quase da mesma altura que o Tio Ford, sendo ligeiramente mais baixo. Sua barba estava BASTANTE mais curta. Os dentes que lhe faltavam tinham sido substituídos por uns novos e ele usava roupas mais... "decentes". Ele ainda usava óculos, mas estes já não estavam partidos.

Seguimos até à Cabana. Quando chegámos lá, subi rapidamente para o primeiro andar, para deixar as minhas malas no meu quarto. Depois disso, voltei a descer as escadas para a sala de jantar, onde já estava tudo pronto para o almoço.

Eternamente meuOnde histórias criam vida. Descubra agora