Eternamente meu

T. 2, Cap. 6 - Brinquedos

Bill empurrou Dipper, fazendo-o deitar-se na cama, e beijou-o profundamente. Os tios Pines não estavam em casa, então não fazia mal comportarem-se um pouco mal.

Separaram os lábios quando ficaram sem fôlego.

- Eu amo quando ficas assim dominante...

- A sério? Então terei de o fazer mais vezes. - Disse o loiro, rindo.

Sentou-se na barriga dele e tirou a camisola. O moreno reparou nalgo novo.

- Os teus braços...

Bill olhou. Tinha marcas pretas parecidas a tatuagens que se estendiam até aos antebraços e costas.

- Oh, também voltaram...

- Tudo bem. Ficas mais bonito assim.

- Eu não era bonito antes?

- Eu disse "MAIS bonito". Agora, que tal se mantermos a tua boca ocupada em vez de a deixarmos dizer tolices?

Bill riu baixinho.

- Contigo, é sempre interessante.

O de baixo desabotoou a camisa e abriu-a. O de cima beijou-lhe logo abaixo da orelha e depois passou logo para a dobra do pescoço, onde chupou. Enquanto isso, despia o moreno das suas calças.

- Estás apressado hoje...

O loiro afastou-se um pouco e tirou as suas também. Depois, voltou para Dipper. Beijou-lhe a barriga, o que o fez suspirar.

Nessa hora, uma voz infantil soou atrás deles.

- Irmão! 

Apanhados de surpresa, Dipper puxou os cobertores para cima e Bill vestiu a camisa.

- Will?! O que raio?! O que não entendes com "privacidade"? - Perguntou o mais velho dos três.

- Vocês os dois estavam cá dentro há muito tempo e eu estava aborrecido. Eu sou uma criança, não me podem deixar tanto tempo sozinho! O que estavam a fazer? E porque estão sem roupa?

Os rostos do casal tornaram-se vermelhos e Bill desviou o seu, encarando a parede.

Foi Dipper quem respondeu. - Sabes, Will. Quando duas pessoas se amam muito, mesmo muito, não são da mesma família e é consentido, fazem sexo.

- Sexo?

- É uma forma humana e animal de se reproduzirem.

- Oh, então vocês estavam a tentar ter um filho?

Bill parou e escutou com atenção. Já há algum tempo queria saber porque não o conseguia.

Dipper ficou sem palavras, mas acalmou e continuou: - Bem, eu sou um homem humano, e isso significa que é biologicamente impossível para mim engravidar. A não ser que com o Bill seja diferente, seria impossível termos um filho desta forma!

O loiro entendeu finalmente e respondeu: - Eu também não consigo engravidar.

Will ficou confuso.

- Se não é para fins de reprodução, porque vocês fazem "sexo", então?

O moreno precisou de um tempo para pensar na resposta. Haviam várias, mas nada lhe ocorria.

- Como eu disse, duas, ou mais, pessoas fazem isso quando se amam muito, não são da mesma família e é consentido. - Ele olhou para o namorado, que olhou de volta. - É uma forma de demonstrarmos que queremos que a pessoa nos conheça de verdade, que não temos vergonha de lhe mostrarmos quem realmente somos. É um ato de amor.