*Dipper*
Quando fiquei sem sono resolvi acordar. Não podia abrir os olhos, mas podia recuperar a consciência. Nunca dormi tão bem quanto hoje, desde que estou aqui. Minha respiração estava mais quente do que o normal, o que me fez descobrir que estava abraçado ao peito de Bill, que dormia de frente para mim.
Fiquei ali deitado por algum tempo, até que ouvi a sua voz.- Pinheiro? Já acordaste?
A sua fala repentina assustou-me. Afastei-me um pouco, mas ele segurou meus braços dizendo: - Está tudo bem, tem calma.
Nós nos sentamos, ele ainda segurava os meus braços.
- Estás melhor? Como te sentes?
- Eu estou bem.
- De verdade?
- Sim. Não sinto nenhuma dor, nem estou cansado.
- Ótimo, fico feliz. Agora vou precisar que te levantes.
Eu saí da cama, me pondo de pé. Ele deu-me a mão dizendo: - Segue-me. - e, guiando-me, saímos do quarto.
Andamos por algum tempo até chegarmos a uma sala, sem porta, fria. Por causa da mudança de temperatura, senti um arrepio subir pelo meu corpo acima. Provavelmente Bill reparou nisso, porque apressou-se a perguntar se eu estava bem.
- Sim. É só que estou habituado a espaços mais quentes que esta sala.
E então paramos.
- Tens frio? Precisas de um casaco?
- Não é preciso. Eu estou bem.
Ele guiou-me um pouco mais adiante, até que comecei a ouvir vozes estridentes e estranhas. Seriam os amigos de Bill?
- Malta, peço a vossa atenção. A partir de agora, Dipper Pines terá a liberdade de passear pela Pirâmedo. Ele não poderá entrar em nenhuma sala a não ser o seu quarto, a sala de jogos e está sala do trono. Se vocês pousarem, nem que seja um único dedo nele, vou fazer-vos em pó. Combinado?
Todos responderam ao mesmo tempo: - Sim, chefe.
Uau, Bill realmente era possessivo.
- Ótimo. Vem, meu docinho de menta, vou te mostrar onde fica o meu trono.
Chegamos a uma parede de pedra que tinha detalhes esculpidos de feições e formas humanas.
- Este é o teu trono? Uma parede estranha?
- Dá-me a tua mão.
Assim fiz. Bill puxou-me para mais perto dele, segurando minha cintura com uma mão e segurando minha mão com a outra. Senti o chão afastar-se de mim, levitando no ar. Exclamei, surpreso com a situação, continuando a subir no ar, junto de Bill, que riu levemente e em voz baixa.
- Qua-Qual é a graça?
- Nunca voaste antes?
- Não desta forma!
- Hahaha. Estamos quase lá, Pinheirinho.
Quando sinto meus pés assentarem no chão, tropecei, fazendo Bill apanhar-me.
- Hehe, estás bem?
- Perguntas-me isso a cada cinco minutos?
- Touché. Este é o meu trono. Costumo usá-lo na minha forma demoníaca gigante, por isso é bastante grande. É o ponto mais alto da sala, um lugar estratégico para ouvir e ver toda a sala, além de que tem uns feitiços especiais de proteção.
- Entendi.
- Podes vir aqui sempre que quiseres, de vez em quando eu estarei aqui.
- Ahm, obrigado. - Respondi, um pouco confuso.
- É o mínimo que posso fazer por enquanto. Assim não terás de passar o dia todo no teu quarto.
Eu sorri para agradecer. Eu não estava totalmente livre, mas pelo menos não terei de estar preso no quarto sem fazer nada.
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Eternamente meu
FanficE se, quando Bill capturou Ford, também tivesse capturado Dipper durante o Estranhagedon? Aquele ódio que Dipper pensava que Bill sentia, na verdade, não passava de curiosidade, e é essa curiosidade que desperta nele sentimentos confusos. Este é o m...