Cap. 10 - Um pouco de liberdade

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*Dipper*

Quando fiquei sem sono resolvi acordar. Não podia abrir os olhos, mas podia recuperar a consciência. Nunca dormi tão bem quanto hoje, desde que estou aqui. Minha respiração estava mais quente do que o normal, o que me fez descobrir que estava abraçado ao peito de Bill, que dormia de frente para mim.
Fiquei ali deitado por algum tempo, até que ouvi a sua voz.

- Pinheiro? Já acordaste?

A sua fala repentina assustou-me. Afastei-me um pouco, mas ele segurou meus braços dizendo: - Está tudo bem, tem calma.

Nós nos sentamos, ele ainda segurava os meus braços.

- Estás melhor? Como te sentes?

- Eu estou bem.

- De verdade?

- Sim. Não sinto nenhuma dor, nem estou cansado.

- Ótimo, fico feliz. Agora vou precisar que te levantes.

Eu saí da cama, me pondo de pé. Ele deu-me a mão dizendo: - Segue-me. - e, guiando-me, saímos do quarto.

Andamos por algum tempo até chegarmos a uma sala, sem porta, fria. Por causa da mudança de temperatura, senti um arrepio subir pelo meu corpo acima. Provavelmente Bill reparou nisso, porque apressou-se a perguntar se eu estava bem.

- Sim. É só que estou habituado a espaços mais quentes que esta sala.

E então paramos.

- Tens frio? Precisas de um casaco?

- Não é preciso. Eu estou bem.

Ele guiou-me um pouco mais adiante, até que comecei a ouvir vozes estridentes e estranhas. Seriam os amigos de Bill?

- Malta, peço a vossa atenção. A partir de agora, Dipper Pines terá a liberdade de passear pela Pirâmedo. Ele não poderá entrar em nenhuma sala a não ser o seu quarto, a sala de jogos e está sala do trono. Se vocês pousarem, nem que seja um único dedo nele, vou fazer-vos em pó. Combinado?

Todos responderam ao mesmo tempo: - Sim, chefe.

Uau, Bill realmente era possessivo.

- Ótimo. Vem, meu docinho de menta, vou te mostrar onde fica o meu trono.

Chegamos a uma parede de pedra que tinha detalhes esculpidos de feições e formas humanas.

- Este é o teu trono? Uma parede estranha?

- Dá-me a tua mão.

Assim fiz. Bill puxou-me para mais perto dele, segurando minha cintura com uma mão e segurando minha mão com a outra. Senti o chão afastar-se de mim, levitando no ar. Exclamei, surpreso com a situação, continuando a subir no ar, junto de Bill, que riu levemente e em voz baixa.

- Qua-Qual é a graça?

- Nunca voaste antes?

- Não desta forma!

- Hahaha. Estamos quase lá, Pinheirinho.

Quando sinto meus pés assentarem no chão, tropecei, fazendo Bill apanhar-me.

- Hehe, estás bem?

- Perguntas-me isso a cada cinco minutos?

- Touché. Este é o meu trono. Costumo usá-lo na minha forma demoníaca gigante, por isso é bastante grande. É o ponto mais alto da sala, um lugar estratégico para ouvir e ver toda a sala, além de que tem uns feitiços especiais de proteção.

- Entendi.

- Podes vir aqui sempre que quiseres, de vez em quando eu estarei aqui.

- Ahm, obrigado. - Respondi, um pouco confuso.

- É o mínimo que posso fazer por enquanto. Assim não terás de passar o dia todo no teu quarto.

Eu sorri para agradecer. Eu não estava totalmente livre, mas pelo menos não terei de estar preso no quarto sem fazer nada.

Eternamente meuOnde histórias criam vida. Descubra agora