Foi uma escritora inglesa do século XVIII, assim como filosofa, teve o título de defensora dos direitos das mulheres. O trabalho mais conhecido de Mary é: “Uma reivindicação pelos direitos das mulheres”, publicado em 1792 em crítica a obra do considerado pai do conservadorismo inglês Edmund Burke: “Reflexões sobre a Revolução na França”.
Em alguns pontos, Mary é igual às feministas de hoje e defendia pautas semelhantes. Em outros, é completamente diferente. Isso se explica pela própria passagem do tempo, afinal, evidentemente, os tempos eram outros, porém, ela foi e é uma grande influência para o feminismo da terceira onda.
Há uma crítica da Mary às mulheres e aos movimentos femininos que é completamente incompatível com o movimento feminista de hoje: mary criticava mulheres que se comportavam como homens, as quais chamava de mulheres masculinizadas. As feministas sequer gostam deste termo, pois, para elas, não existe diferença entre comportamento feminino e masculino.
Mary também acreditava que as mulheres eram privilegiadas, um conceito completamente diferente do defendido pelas feministas de hoje. Atualmente, as feministas afirmam que as mulheres são oprimidas o tempo todo, que ser mulher é péssimo. Ao mesmo tempo que apresenta algumas características diferentes do movimento feminista atual, Mary apresenta outras que são iguais.
A primeira reclamação que ela faz é perfeitamente compatível com o que o feminismo de hoje acredita. Mary argumenta que as mulheres não são, por natureza, inferiores aos homens, mas aparetam ser por falta de educação. E era uma grande defensora da educação mista, para ela os pais não sabiam educar seus filhos e isso era um dever do Estado, ela queria uma revolução através da educação. Ela defendia a educação pública como um meio de transformação social. Ela plantava o distanciamento entre filhos e pais através da educação pública. Seu interesse declarado era de fortalecer as virtudes morais das crianças, baseadas na idolatria do racionalismo.
Mary, em seu livro, diz claramente o que as feministas de hoje em dia detestam ouvir: as mulheres amavam ser mimadas pelos seus maridos. A queixa de Mary Wollstonecraft, por incrível que pareça, era exatamente esta: a de que as mulheres sempre tiveram uma vida muito fácil em relação à que levavam os homens, e que delas nunca fora exigido mais que superficialidade e aparência. Ela escreveu: “É verdade que as mulheres são providas com comida e roupa, sem que se esforcem nem fiem.” Evidentemente, é preciso notar que essas mulheres sobre quem discursava a autora eram principalmente as nobres e burguesas, posto que as mais pobres sempre trabalharam.
Para Mary, os homens tratavam a mulher como se fora uma criança incapaz de aspirar a grandes virtudes e, por isso, lhe faziam cobranças leves e pouco desafiadoras. Pregava muito sobre independência. Ela escreveu:
“De fato, me parece que os homens agem de maneira muito pouco filosófica quando tentam assegurar a conduta das mulheres, tratando de mantê-las sempre em um estado infantil [...]. Porque, se admitirmos que as mulheres foram destinadas pela Providência a obter virtudes humanas e, pelo exercício do entendimento, podem chegar àquela estabilidade de caráter que é base sólida para nossas esperanças futuras, a elas deve ser permitido voltarem-se para a fonte de luz. (p. 40, do seu livro).”
Sendo direta: homens mimavam suas esposas! E isso para Mary, era inadmissível para a vida intelectual das mulheres. Para a autora, a questão central é: os homens estão mimando tanto essas mulheres que elas não têm interesse nenhum pelos filósofos iluministas ou pelo exercício da razão, tornaram-se fúteis e até amantes andam por arrumar. Essa primeira premissa pontua uma clara distinção da reivindicação: as mulheres estariam sob uma casca social protetora, e não opressora.
Mary até se opõe ao casamento, mas queixa-se principalmente do fato de que a situação exigia das mulheres poucas virtudes além da beleza e certo refinamento, o que as tornava medíocres e desinteressantes para qualquer temática mais profunda. Ela escreveu sobre o casamento monogâmico, e defendia apenas porque na época podia assegurar a proteção a mulher e seus filhos. Sendo a variação poligâmica uma: “degradação física [...] que destrói toda a virtude doméstica.”
Foi por isso que se casou com Godwin. Quando questionados, justificaram que precisavam de um meio legal para proteger financeiramente tanto Mary quanto o bebê que nasceria. Esse ato os fez reconhecer o propósito do casamento: proteger ao invés de oprimir.
Estava tão consciente do caráter protetor do matrimônio que afirmou: “Quando um homem seduz uma mulher, deveria ser obrigado por lei a manter a mulher e seus filhos, a menos que o adultério, um divórcio natural, revogas se a lei.” Fica transparente aqui a tradição judaico-cristă do casamento monogâmico. Ela ainda afirma que: “A mulher que permanece fiel ao pai de seus filhos exige respeito e não deve ser tratada como uma prostituta; embora eu concorde prontamente que, se é necessário que o homem e a mulher vivam juntos para criar seus filhos, a natureza nunca pretendeu que um homem tivesse mais do que uma esposa.” (p. 99 do seu livro).
O que Mary Wollstonecraft compreendeu e teve a decência de admitir o que falta a quase todas as feministas atuais - é que o modelo cristão monogâmico de casamento é o ideal mais vantajoso para a situação da mulher como mãe e companheira de um homem. Mary até mesmo, jamais negou o dever feminino e nem o masculino. Mary Wollstonecraft, por sua vez, não percebe os afazeres domésticos como sinal de inferioridade nem considera a esposa e mãe inferior à mulher intelectual; pelo contrário, condena as mulheres que cumprem seus deveres naturais com desleixo. Mary não condenou tanto a libertinagem e prosmicuidade, pelo contrário. Ela disse: “O relacionamento promíscuo entre os sexos será uma das grandes melhorias que resultarão da justiça política.” Embora, para ela, as mulheres deveriam buscar ser mais modestas na medida que os homens buscassem ser mais castos.
Mary queria uma revolução por meio da educação.
Fonte 1: Livro feminismo perversão e subversão.
Fonte 2: Livro Uma reivindicação pelos direitos das mulheres.
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Desculpe-me, feminista!
ChickLitEstudo o que a escola não me pediu para estudar. Perfil dedicado a te contar algumas verdades sobre o feminismo. Leia, pesquise, e tire suas próprias conclusões! <3 © 𝑇𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑠.