O Marxismo inspirou diretamente as sufragistas, e outras feministas que vieram após elas. Marx havia concluído que a propriedade privada era o grande mal que impedía a implantação de uma sociedade igualitária e esperava o desaparecimento sumário de todas as superestruturas. Engels escreveu que a conclusão correta era de que a causa da desigualdade social era a família.“Para Marx e Engels, a família é uma instituição endemicamente perversa, que precisa ser pulverizada, para que haja a revolução. Notem que Marx percebeu que seu ideal de igualdade era naturalmente inviável, e a família era a demonstração disso.”
- Perspectiva histórica das questões de gênero em Martins Neto.Engels publicou em 1884 A origem da familia, da propriedade privada e do Estado. Consumou a relação do casamento entre a ideologia marxista e o movimento feminista. Ele disse: “Estou convencido de que a verdadeira igualdade de direitos entre as mulheres e os homens só poderá tornar-se realidade quando [...] os afazeres domésticos, que hoje são realizados individualmente, convertam-se em um ramo da produção social.”
Essa união também já foi exposta desde a primeira onda com Emmeline Pankhurst, que foi a fundadora do primeiro grupo feminista que teve registro na história. Onde ela queria que as mulheres se submetessem a afiliações partidárias e com isso teve uma ruptura no grupo e ele se separou. Com essa separação no grupo, Pankhurst decidiu sair e criar outro grupo, junto com seu marido Richard Pankhurst chamado Women Franchise League, essa nova associação, que ela fundou na sua própria casa, se alto denominava como uma Associação Socialista Radical, um grupo que apoiava o sindicalismo, que fez alianças com organizações socialistas, e que até se afiliou ao partido trabalhista na época.
Alexandra Kollontai, uma bolchevique, escreveu às mulheres russas com a mesma promessa de Marx e Engels. Ela participou diretamente da Revolução Russa em 1917 e era próxima do lider da revolução, Lênin. Ela escreveu A família e o comunismo, e nele a mesma demonstrou estar convencida de que as mulheres só estariam realmente livres dos maridos quando passassem a depender inteiramente do Estado. Ela, na verdade, propunha que as russas trocassem uma dependência por outra, pois o Estado era muito mais justo e interessado na felicidade das mulheres do que seus maridos e companheiros. Literalmente, afirmava que as mulheres “devem acostumar-se a buscar e encontrar sustento em outro lugar, não na pessoa do homem, mas sim na pessoa do Estado.” (p.18).
A aliança feminista e marxista se fortificava. As feministas acreditam que: as mulheres são oprimidas pelo capitalismo e pela propriedade privada. Por isso, devem tornar-se socialistas pois só assim alcançaram igualdade plena.
Kathleen Parker, no seu livro, Save the Males, apontou que o movimento feminista havia encontrado uma causa em comum com os comunistas: “Acabar com a família não foi incidental, e sim fundamental para essa ideologia.” E, como toda ideologia, apresentou-se como falsa solução para um problema verdadeiro. Kollontai denunciava que “trinta milhões de mulheres suportam a dupla jornada” (p.23), por um lado, oprimidas como operárias, e por outro, como donas de casa.
O principal argumento de historiadores como Martin van Creveld é exatamente este: que as mulheres, tendo ocupações
especificamente suas e indiscutivelmente mais leves em casa, foram “poupadas” do trabalho fora de casa e não “privadas” dele. Considerava-se como um privilégio não ter necessariamente que trabalhar longe da família quando esse trabalho era ainda sinônimo de sofrimento e sacrifício. Além disso, a feminista e socialista Kollontai deixa claro que a inserção feminina no mundo do trabalho foi muito mais uma “obrigação” e “necessidade” do que uma livre escolha ou desfrute de um direito. Ela escreveu: “Anteriormente, o homem era a única possibilidade de sustento da família. Porém, desde os últimos cinquenta ou sessenta anos, temos visto na Rússia (e antes dela, em outros países) que o regime capitalista obriga as mulheres a buscar o trabalho remunerado fora da família, fora de casa”.É difícil entender o movimento feminista! Uma hora, as feministas reclamavam que as mulheres “não trabalhavam ” e, quando finalmente as mulheres começaram a trabalhar, elas achavam ruim e opressor!😂
Kollontai, como esperado, colocou a culpa da “opressão” sobre os capitalistas e industriais.Estando a família em vias de destruição, Kollontai não propôs restaurá-la em seus antigos moldes, mas, pelo contrário, destruíla de uma vez. Em seu lugar, as mulheres deveriam colocar a grande e internacional “família operária” ; todas as mulheres e homens socialistas juntos formariam uma única família ligada em igualdade ao Estado. Para que isso fosse possível era preciso eliminar a necessidade do trabalho doméstico e cuidados de mãe.
Kollontai destacou-se entre os bolcheviques porque “foi a única mulher a integrar o comité central do partido no ano da tomada do poder [...] e a primeira mulher a assumir um cargo no primeiro escalão do governo revolucionário” (p.47). Provavelmente, os altos cargos transmitiam uma sensação de confiança que ela pretendia repassar às leitoras e às operárias. A proposta marxista para suas leitoras era de que confiassem no Estado para ser substituto do patriarcado em um futuro muito próximo. Mas é absurdamente tolo confiar no Estado. A pauta feminista sofre de um paradoxo da impossibilidade: precisa do Estado para subverter a ordem familiar, mas logo que o Estado cresce, o feminismo é dispensado.
Para o marxismo, a causa fundamental de todas as formas de opressão é a divisão da sociedade em classes. Segundo Karl, a luta de classes sempre existirá. Ela acontecerá sempre entre oprimidos x opressores. A partir da segunda onda do feminismo, a luta de classes se instalou, dessa vez, a oprimida seria a mulher e o opressor seria o homem, e, dentro do socialismo, o oprimido deve fazer uma revolução para derrubar o opressor e instalar uma nova ditadura. Karl Marx foi muito esperto ao incentivar a luta de classes, porque essa é uma estratégia que deixa muitas pessoas sem terem como se defender, demonizar alguém pras pessoas deixa essa pessoa sem defesa.
Mas as feministas parecem se esquecerem que, foi graças ao tão “opressor” capitalismo que as mulheres foram inseridas no mercado de trabalho! Na Primeira Guerra Mundial, por exemplo, foi colocada uma massa de mulheres para dentro do “mercado de trabalho”. Seus maridos morriam na guerra, e alguém precisaria trabalhar para se sustentar. A Revolução Industrial, da mesma forma. Não existe essa de: “ah mas só uma parte do feminismo que é socialista” . O feminismo em si, como um bom movimento coletivista de esquerda, é socialista!
Por último, acusa incoerentemente o capitalismo pelas desigualdades, sendo que foi exatamente este sistema o que mais fez para melhorar as condições de vida tanto dos homens quanto das mulheres. Principalmente: foi o sistema que libertou as mulheres da necessidade de se casar apenas para obter um sustento econômico. O feminismo se equivoca em relação ao capitalismo. E, ao condená-lo, está jogando contra seus próprios interesses: o maior bem-estar econômico das mulheres ao redor do mundo.
Fonte 1: Livro Feminismo Perversão e Subversão.
Fonte 2: Livro A familia e o Comunismo.
Fonte 3: Livro Save the Males.
Fonte 4: Livro A origem da familia, da propriedade privada e do Estado.
Fonte 5: https://www.mises.org.br/article/2604/como-o-feminismo-se-equivoca-em-relacao-ao-capitalismo
© 𝑇𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑠.
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Desculpe-me, feminista!
ChickLitEstudo o que a escola não me pediu para estudar. Perfil dedicado a te contar algumas verdades sobre o feminismo. Leia, pesquise, e tire suas próprias conclusões! <3 © 𝑇𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑠.