Capítulo 9: Direito ao divórcio!

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O divórcio nunca foi uma conquista feminista, porque ele sempre existiu

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O divórcio nunca foi uma conquista feminista, porque ele sempre existiu. O divórcio é tão antigo quanto à própria civilização, o divórcio existe há milênios; Moisés, o homem da Lei judaico-cristã, concedia cartas de divórcio no meio do deserto para os membros das tribos. Até os muçulmanos têm divórcio - aliás, eles têm casamento temporário também.

No Antigo Egito também existia, inclusive a mulher podia tomar a iniciativa do mesmo. Assim como na Roma Antiga, que era algo livre. Depois de regulamentado, era corrente entre a sociedade local que as mulheres romanas mudavam de marido mais freqüentemente do que o Estado mudava de cônsules.

O divórcio por ser ruim e mal visto pela opinião pública, acarretava penalidades, sanções e julgamentos tanto para mulheres, como para homens. A exemplo disso, em 307 a.C. um senador perdeu o cargo pelo fato de ter se divorciado sem consultar o Conselho de Família. O que cai por terra a falácia feminista de que só a mulher era julgada por se divorciar.

Divórcio é um trâmite antigo, só mesmo as feministas - que tem a cabeça toda ao contrário - para qualificar um paliativo social como este de “conquista feminista”.

As feministas pregam o divórcio como se fosse a coisa mais boa e legal do mundo. O “divórcio fácil” é uma das bandeiras feministas mais controversas: torná-lo mais comum, mais aceitável e menos dramático é parte fundamental do plano revolucionário. O discurso de empoderamento e liberdade relacionado ao divórcio é realmente tentador demais para qualquer cabeça imatura, sedenta por apenas saciar os desejos mais imediatos. A verdadeira novidade do movimento feminista foi o discurso acerca do divórcio: propagar como bom e libertador aquilo que sabemos, como humanidade, ser triste e mau desde sempre.

A feminista Kate Millett menciona que as pautas atrativas às mulheres comunistas foram logo implantadas na Rússia pós-revolucionária: votadas todas as leis possíveis para libertar o indivíduo das amarras familiares: liberalização do casamento e do divórcio, contracepção e aborto autorizado. Sobretudo mulheres e crianças escaparam do controle econômico do marido.

A experiência feminista fracassou na Rússia socialista: a vulgarização do divórcio não libertou ninguém. Passada uma década do início da revolução socialista, a situação das mulheres russas estava precária: o divórcio tornara-se tão corriqueiro que os pais simplesmente abandonavam suas casas e sobrava para as mulheres a dupla tarefa de sustentar as crianças e cuidar delas. Mesmo Millett é obrigada a confessar: “Na prática, a nova liberdade sexual foi em grande parte apanágio dos homens. Muitos fatos tendem a provar que, em certos planos, a situação das mulheres piorou durante os primeiros decênios da revolução e que foram bastante exploradas do ponto de vista sexual. A grande massa das mulheres dificilmente podia aproveitar tanto como os homens das suas novas liberdades.”

Com um cenário como esse, é até difícil entender como as feministas consigam relacionar o divórcio ao bem-estar das mulheres ou a qualquer tipo de conquista social. O divórcio não é maléfico apenas para a mulher. As suas piores marcas sobram para os filhos.

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