Capítulo 7: O direito ao voto!

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O voto feminino foi uma concessão masculina

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O voto feminino foi uma concessão masculina. As feministas falam muito sobre o sufrágio e o direito ao voto como se fosse uma conquistas delas. Entretanto, nos Estados Unidos, por exemplo, a proposta do voto feminino foi apresentada por um político republicano (nem democrata ele era, e sim conservador) e as primeiras sufragistas, tanto no Reino Unido e nos Estados Unidos vinham de movimentos religiosos denominados quackers (que depois trataremos aqui) e elas tinham a liberdade de falar nessas em igrejas. Inclusive, a primeira convenção ou melhor, reunião dos direitos das mulheres, aconteceu em 1848 em uma igreja metodista, com apoio de lideres. Enquanto outros movimentos políticos desprezavam a participação feminina.

As quackers era um movimento baseado no protestantismo unitalista de protestantes quackers que pretendiam viver uma vida de simplicidade e desprezavam a ordem clerical, criado por um inglês chamado George Fox em 1652. Nesse movimento cada pessoa podia ter acesso a bíblia e interpretá-la de uma forma mais individual, por isso vem esse nome “unitalista” ligado ao movimento das quackers. As quackers foram muito importantes pra primeira onda porque as nossas primeiras feministas, na verdade, as mulheres responsáveis pela luta do sufrágio vinham deste movimento quacker do protestantismo.

Elisabeth Stanton e Susan Anthony foram responsáveis pela levante da primeira onda do feminismo quanto o direito ao voto. Elas também estavam ligadas inicialmente ao movimento abolicionista, aliás, várias teoricas feministas dizem que as primeiras feministas ou essas mulheres que lutavam pelo direito ao voto, se espelharam e aprenderam muito com os movimentos abolicionistas. Já outras teoricas dizem que elas eram repreendidas ou desprezadas por esse movimento abolicionista. Essas duas mulheres estiveram junto com outras pessoas em um evento abolicionista que aconteceu em 1840 e foram expulsas e impedidas de falar nesse movimento por serem mulheres. Imagina-se que foi por causa dessa expulsão, dessa humilhação que elas passaram, que resolveram criar um movimento “especial” para as mulheres ou especificamente feminino.

E foi por isso que em 1848 elas estabeleceram “a conversão dos direitos da mulher” que aconteceu entre os dias 19 e 20 de julho em Seneca falls, e aconteceu em uma igreja metodista, porque nem os movimentos abolicionistas - que podemos dizer que eram os mais democráticos pra época - não queriam abraçar essas pautas das mulheres.

Então o primeiro lugar onde as mulheres conseguiram voz pra falar sobre seus direitos foi através da igreja, nesse caso numa capela metodista. Elas criaram então essa convenção que reuniram pessoas, e nesse dia foi assinado uma “petição”, uma “declaração”, com assinaturas de mulheres e assinaturas de homens, e entre as queixas dessa convenção estavam os “direitos de propriedade”, “direitos de igualdade entre homem e mulher”, e nessa convenção as mulheres - os homens também, porém as mulheres eram a maioria - se negaram a assinar a cláusula que exigia “direito ao voto”.

Isso mesmo!

As próprias mulheres da época desprezavam isso.

Inclusive, o escritor famoso do catolicismo Chesterton dizia que essas feministas eram muito problemáticas porquê elas queriam que as mulheres tivessem o direito ao voto sobretudo. Ele escreveu: “Limitemo-nos a dizer que essas mulheres particulares querem um voto e perguntemo-lhes o que é um voto. Se perguntarmos-lhes o que é um voto, obteremos uma resposta bastante vaga. A rigor, essa é a única pergunta para a qual elas não estão preparadas. Pois a verdade é que agem essencialmente por precendentes, guiados pelo mero fato de que os homens já tem o voto. Esse movimento está longe de ser rebelde.”

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