32_Não foi sua culpa.

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~ votem e comentem, isso me motiva muito.

~ cap não revisado.

Damon


Eu dirigia pela cidade de Nova York com a Syd na garupa da minha moto. Ela me abraçava forte e o lado esquerdo do capacete estava pressionado em minhas costas. Vez ou outra eu virava minha cabeça para olhá-la e a encontrava com o vidro do capacete levantado. Ela estava admirando a vista.

Eu já estava pronto para ir a um dos meus lugares preferidos quando bateram na porta do meu quarto. De início, eu com certeza ignoraria. Eu tinha chorado um pouco e só queria a porra de uma privacidade. Mas ao escutar a voz dela, eu andei calmamente até a porta e abri, a fazendo — não sei como — vir de encontro ao meu peito.

Sydney ergueu a cabeça para mim e arregalou levemente os olhos amendoados, em seguida enterrando o rosto em meu peito e me abraçando. Meu coração se aqueceu por aquilo. Mesmo que eu não soubesse, era de um abraço que eu estava precisando.

Eu parei a moto no estacionamento do hospital e Sydney desceu. Ela tirou o capacete e olhou para o local com o cenho franzido.

— O que viemos fazer em um hospital? — ela perguntou confusa e arrumou uma cacho de seu cabelo atrás da sua orelha quando o mesmo ficou em seu rosto.

Eu desci da moto e retirei o capacete, em seguida passei os dedos por meu cabelo, o arrumando. Andei até a Syd e entrelaçei minha mão direita a esquerda dela.

— Vem, vou te mostrar. — eu à puxei levemente e começamos a andar em direção ao hospital.

Ao passarmos pela entrada e entrarmos no hospital, as enfermeiras sorriram para mim. Elas já me conheciam, eu vinha aqui muitas vezes.

Sydney passava os olhos pelo hospital ainda confusa e vi os mesmos se arregalarem quando passamos por uma mulher em uma maca rodeada de médico e enfermeiras. A mulher estava grávida e gritava e dava socos na maca.

— CALMA, AMOR, RESPIRA! — o homem que aparentava ser marido da mulher, pediu.

— VOCÊ TÁ PEDINDO CALMA PORQUÊ NÃO É A SUA BOCETA QUE TÁ SENDO RASGADA AO MEIO! — a mulher gritou e agarrou a camisa do marido — MANDA ELES ARRUMAREM UMA SALA AGORA PRA TIRAREM ESSA CRIANÇA DE MIM, ROBSON!

— MAS ELES DISSERAM QUE NÃO TEM, FIONA! — o homem a olhou desesperado.

— ENTÃO EU VOU PARIR AQUI E TODO MUNDO VAI VER MINHA BOCE-

— VOCÊ ESQUECEU QUE A GENTE É DA IGREJA? A GENTE NÃO FALA ESSAS COISAS! — o homem tapou a boca dela.

Puxei Sydney para andarmos mais rápido e olhei para ela, a encontrando com os olhos arregalados.

— Meu Deus... coitada da xana dela... — ela lamentou, negando com a cabeça.

Eu ri e andamos mais um pouco até chegarmos na ala da pediatria do hospital. Fomos em direção a uma sala e olhei pelo vidro da mesma, para algumas crianças brincando. Outras estavam deitadas na cama mas ainda sim riam.

Entrei com Syd na sala ainda em tempo de ouvir duas das crianças que eu conhecia bem, brigando.

— Eca, seu brinquedo tá fedendo, Miles! — Ashley, uma das garotinhas internadas aqui, disse, olhando para o transformer de Miles.

— Meu brinquedo? Fedendo?! — Miles cheirou o robozinho e em seguida olhou Ashley dos pés a cabeça — Fedendo tá a sua boce-

— Miles, que palavreado é esse?! — uma das enfermeiras que eu também conhecia, perguntou, olhando para o garoto.

𝗗𝗲 𝗣𝗲𝗿𝗻𝗮𝘀 𝗣𝗿𝗼 𝗔𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora