40_Estou aqui com você.

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Sydney


Na manhã seguinte, eu não me importei em me arrumar para ir ao colégio. Apenas peguei uma calça jeans larga e o maior moletom que eu encontrei. Prendi meu cabelo em um coque um tanto frouxo e não passei nem um tipo de maquiagem para esconder minhas olheiras.

Me olhei no espelho e minha aparência não poderia ser mais deprimente. Eu estava abatida e meus olhos inchados de tanto chorar, acompanhados por escuras olheiras. Parecia que eu não dormia a dias, mas foi apenas uma noite. Uma noite acordada, remoendo tudo o que aconteceu.

Eu tive tempo pra pensar se o que aconteceu foi culpa minha. Se eu de algum modo provoquei Alex ou o fiz, inconscientemente, achar que teria algo comigo. Ou então se a roupa que eu tinha usado estava muito curta e ele não pode se conter. Eu procurei. Procurei mesmo, mas não achei nada que me fizesse entender a atitude de merda que Alex teve.

E é com isso que chegamos a conclusão quê: Não importam as suas ações, falas ou as roupas que você usa, um homem sempre vai tentar te fazer mal. Não é culpa sua, não é minha culpa, e sim da falta de caráter de alguns homens.

Eu não desci para tomar café como todo mundo. Eu estranhamente não queria encarar ninguém e muito menos responder a perguntas em relação a minha péssima aparência. Nancy e dona Leonor pensariam que eu estava doente, senhor Black tentaria me levar para o hospital e o resto dos garotos ficariam preocupadas. E eu... Eu não queria encarar o Damon. Eu estava com vergonha, não sabia do quê, mas estava.

Então assim que percebi que o senhor Black e os garotos já tinham ido embora, coloquei minha mochila em minhas costas e saí do meu quarto. Enquanto descia as escadas, puxei a manga esquerda do meu moletom para baixo mesmo ela já cobrindo todo o meu braço. Eu não queria que alguém visse o hematoma que os dedos de Alex fizeram em meu braço ontem a noite. A marca de seus dedos estava roxa, um pouco mas estava.

Eu entrei na cozinha quando vi que não tinha alguém e peguei uma maçã. Eu não estava com fome, mas não queria desmaiar por falta de alimentação.

Saí da cozinha e fui para a sala, passando por ela indo em direção a porta. Passei pela porta e procurei Edgar com os olhos. Ao avistá-lo encostado em seu carro conversando com os seguranças, andei até ele, atraindo a atenção dele e a dos seguranças.

— Edgar, eu perdi a hora da aula e tô atrasada... — eu menti, apertando a alça da minha mochila — Será que você pode me levar para o colégio?

— Claro! — ele sorriu para mim e se despediu dos seguranças, desencostando do carro e entrando no mesmo.

Me despedi dos seguranças com um aceno de cabeça e também entrei no carro, deixando meu corpo afundar no banco da frente assim que me sentei. Coloquei minha mochila em meu colo e abri a janela do carro, pendendo minha cabeça do encosto do banco quando uma leve lufada de vento atingiu meu rosto.

Eu suspirei e fechei os olhos, cansada.

— Você tá bem, Sydney? — escutei a voz de Edgar e abri os olhos, virando minha cabeça para olhá-lo.

𝗗𝗲 𝗣𝗲𝗿𝗻𝗮𝘀 𝗣𝗿𝗼 𝗔𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora