2013— Oi, papai – a pequena garotinha de cabelos ruivos e de olhos azuis como o céu, praticamente grita ao telefone.
— Oi, Joaninha – o Ruivo sorri ao escutar o doce tom da voz de sua filha.
— eu sinto sua falta – a menina brincava com os pequenos gordinhos, seus olhos brilhavam só de ouvir a voz de seu pai, a criança sentia tanta falta do homem que estava vestida com uma de suas blusas.
— eu também sinto sua falta, bebê – o homem responde com peso no coração, ele sentia tanta falta do cheirinho da sua pequena, sentia falta do seu sorriso e do seu jeitinho alegre.
— quando você vem pra casa? – a criança pergunta em um tom animado, ela não via a hora de poder se encolher nos braços de seu pai.
— eu daria qualquer coisa para estar aí agora – a voz do ruivo falha por alguns instantes, o homem tentava não pensar na dor que sentia, apenas tentava se consertar na foz doce que saia pelo auto falante do seu aparelho celular.
— Mas você nem está na Alemanha – a pequena responde entre uma risada fofa.
— você é tão engraçada – o homem sorri, mesmo com dor — filha você pode me fazer uma promessa? – a cada palavra que falava parecia que ficava mais difícil de respirar — Prometa que vai fazer o que mamãe disser, sempre de uma mãozinha quando ela precisar de ajuda – a voz do ruivo falhava cada vez mais, a pequena não parecia perceber, mas sua mãe já se encontrava em prantos, as lágrimas escorriam pelo seu rosto como se fosse uma cachoeira.
— eu prometo – a menina responde sorridente.
— ótimo! Eu quero que saibam que eu amo muito vocês duas mais que tudo nesse mundo – o ruivo sentia seus pulmões queimando, seus ferimentos ardiam e todo o seu corpo doia, ele sabia que não demoraria muito.
— mamãe, você está chorando? – a garorinha olha com uma expressão confusa para sua mãe ao escuta-la fungar.
— eu não estou chorando, meu bebê – a loira puxa a menina para o seu colo e a envolve em um abraço apertado, deixando um beijo de conforto em sua cabeça.
— olhe pela janela, e acene para o céu – o homem pede a criança, sua voz já estava mais cansada e seus olhos insistiam em fechar.
— porquê? Eu não consigo te ver – a ruivinha responde entre uma gargalhada gostosa de se escutar, aquilo confortou o coração de seu pai.
— Mas eu consigo te ver. Eu quero que saiba que sempre vou estar com você, okay?! – o homem encosta o corpo complemente na parede e se permite fechar os olhos por alguns segundos, a dor já estava tão intensa que ficava cada vez mais difícil de falar.
— okay, papai – a menina murmura, ela se levanta em um pulo do colo de sua mãe e pega o celular das mãos da mesma. A criança corre até a janela da sala e começa a acenar para o céu — eu estou acenando – ela grita animada.
— E eu estou acenando de volta – o homem olha uma última vez para as estrelas e acena, para então se entregar. Em seus últimos momentos a imagem se sua esposa e filha passavam por sua mente.
— seu bobo – a criança reponde sorrindo, mas não obteve bem uma resposta — papai, você está aí? – a pequena pergunta olhando fixamente para o celular em sua mão.
— precisamos ir, senhorita – um homem alto e de cabelos negros entra na grande sala — eles estão a poucos metros daqui, se não sairmos agora, não vou conseguir mante-los vivos.
— Você só vai levar a Ayla e o Levi – a loira vai até o canto da sala e pega duas mochilas — eu pensei que ele voltaria para ficar com a nossa filha, mas infelizmente ela não vai ter nem um dos pais.
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Operação Cupido: Siyoon Ver. - Sina G!P
RomanceO casamento de Sina e Heyoon já não estava indo bem a alguns meses, mas o casal tentava ao máximo não deixar isso transparecer para às suas famílias e amigos. Foi em uma noite que o pequeno Conan acordou com os gritos de suas mães vindo do andar de...