O que dizer quando o destino decide unir duas vidas de uma forma nada convencional?
Aos 27 anos de idade Arthur Picoli é um dos jogadores de futebol mais idolatrados da atualidade. Mas apesar de todo o talento, o loiro esconde dentro de si cicatriz...
Pois é, eu realmente fiz o que disse que não faria. Confesso que até hoje não sei ao certo o que me levou a assinar aquele contrato. Era óbvio que o objetivo principal era ter como pagar a faculdade da Pocah, e com o que eu ganharia eu claramente pagaria tudo e um pouco mais. Porém, eu sabia bem no fundo que não era só pelo dinheiro. Ouvir Arthur dizer que precisava de mim havia despertado algo ainda desconhecido, mas que com certeza havia influenciado na minha decisão. Uma semana já havia se passado desde a assinatura do contrato e muita coisa mudou desde então. Contar a verdade para Pocah havia nos rendido muitas lágrimas, mas não tinha como voltar atrás. Fora isso os encontros com Arthur e Ronan se tornavam cada vez mais constantes. Ronan havia criado o álibi perfeito, eu e Arthur havíamos nos conhecido na agência e a atração foi inevitável. Começamos a nos conhecer melhor em segredo e nos apaixonamos, quando nos demos conta não havia como esperar mais para oficializar o nosso "amor".
Bom, a mídia havia acredito bem nessa história e aquilo era o que importava. Entre Arthur e eu as coisas haviam de certa forma melhorado. Conseguimos passar até 10 minutos no mesmo lugar sem brigar, o que por incrível que pareça era muito. O casamento seria na semana que vem e eu estava um pilha de nervos. Seria uma cerimônia simples, mas isso não mudava a intensidade do momento. Eu iria me casar, e diferente do que eu sonhava, não seria por amor. Desperto dos meus pensamentos ao ouvir batidas na porta e suspiro aliviada. Ronan havia nos aconselhado a sairmos juntos em público para que todos vissem nossa "paixão" e era isso que estávamos fazendo. Abro a porta e não demoro a sentir seu olhar intenso queimar minha pele enquanto eu tentava ser indiferente a beleza do meu futuro "marido".
- Vamos?
NARRADORA
Arthur questiona tentando evitar seu olhar sobre a loira à sua frente, mas parecia uma missão impossível. Ela estava maravilhosamente linda, mas com certeza não diria isso em voz alta.
- Vamos sim, "querido noivo"!
Diaz murmura ironicamente e passa andando na frente de Arthur, que não demora a rebater.
- Você é sempre adorável, "querida noiva"!
Ambos pegam o elevador e não demoram a chegar à entrada do simples prédio em que Carla morava. Uma brisa fria atinge o rosto da jovem que arregala os olhos ao ver uma moto preta em sua frente.
- Não, não! Não mesmo, de jeito nenhum vou subir nesse treco, muito menos com um louco como você pilotando!
- Vou fingir que não ouvi isso, certo?!
- Não importa, eu repito para você entender. Não vou subir nessa moto, babaca!
Rapidamente Arthur puxa a cintura de Carla a colando contra seu corpo enquanto sussurrava em seu ouvido, sorrindo ao ver que a mesma havia se arrepiado.
- O que as pessoas diriam se vissem uma mulher tratando seu amado noivo dessa forma bruta? Deixa de drama e sobe na moto antes que eu te coloque lá à força!
A jovem revira os olhos e segue o jogador até seu destino, não demorando a vê-lo montar na mesma.
- Mas eu estou de vestido!
- Nada que eu já não tenha visto em outra mulher antes. Vem cá!
Arthur a puxa mais uma vez pondo o capacete em sua cabeça e a ajudando a subir na moto. Mesmo hesitante Carla decide ceder pelo menos uma vez e se surpreende ao sentir a moto sair em disparada, a fazendo agarrar o corpo definido de seu "noivo" com força. Em um piscar de olhos o casal chega em um dos restaurantes mais caros da cidade, e como já previsto ambos já discutiam por um assunto qualquer. Ao lado de Diaz, Picoli chegava à beira da loucura, e não era somente em um bom sentido. O jogador ignora tais pensando e olha ao redor, não demorando a perceber uma movimentação estranha. Antes que pudesse reagir Arthur observa dois homens mascarados entrarem no local sacando suas armas, o fazendo agarrar as mãos de Carla instantaneamente.
- Tudo mundo parado, isso é um assalto! [...]
O pânico havia se instalado no restaurante, e minutos depois todos os clientes já estavam encolhidos em frente ao grande balcão principal. Arthur ainda segurava a mão de Diaz enquanto lhe afirmava que tudo terminaria bem. Um dos assaltantes começava a abordar os clientes enquanto levava celulares, dinheiro e jóias. Carla sentia seu corpo tremer enquanto o observava se aproximar ainda mais de onde estavam, vendo Arthur se colocar à sua frente no exato momento em que uma arma é apontada para eles.
- Olha só quem eu achei aqui! Você não é aquele jogador famoso?!
Arthur assente com a cabeça enquanto encarava seriamente o mascarado à sua frente.
- Uhm...quem é essa delícia atrás de você?
Carla aperta a mão do loiro com mais força e o sente se colocar totalmente à sua frente.
- Pode levar o que quiser, só não ouse tocar nela!
- Olha só, ele é corajoso! De joelhos, agora!
O assaltante ordena com a arma apontada para Arthur, sentindo a irritação tomar conta de si ao ver o jogador permanecer parado no mesmo lugar.
- EU MANDEI FICAR DE JOELHOS!
O homem grita apontando a arma dessa vez para Carla e rapidamente Picoli se ajoelha no chão enquanto xingava baixinho. As mãos da loira tremiam de nervosismo e logo seu corpo paralisa de medo ao ver o assaltante caminhar em sua direção.
- Por causa da resistência do seu namoradinho agora eu vou ter que te revistar, gatinha!
- N-Não, por favor!
A jovem implora assustada, não demorando a sentir as mãos do assaltante começarem a percorrer seu corpo, a fazendo fechar os olhos enojada. As lágrimas de medo já banhavam seu rosto, mas antes que o homem pudesse continuar a assedia-la, o barulho de um corpo caindo no chão é ouvido, a fazendo arregalar os olhos em surpresa diante da cena à sua frente.
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O que será que aconteceu??? Continuo com 15 comentários!!! 💥💣
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