NARRADORA
- Eu? Claro que não!
- Ah, é?! Então acho que você não vai se importar se eu for pedir uma massagem para a Aline, acho que estou sentindo uma dorzinha aqui nas costas.
Arthur provoca se levantando da cama, mas antes que pudesse ir muito longe sente as mãos de Carla o puxarem de volta.
- Nem pensar, cala a pouca e fica quieto!
- Olha só o que temos aqui, uma esposa ciumenta e bravinha!
Picoli ri e não demora a se colocar sobre Carla, aproximando seu rosto perigosamente dos lábios da loira enquanto seu olhar parecia queimar sua pele com tamanha intensidade.
- Sou seu!
Em um movimento rápido Carla o puxa e une seus lábios em um beijo quente na medida em que ambos tiravam as únicas peças de roupa que impediam suas peles de estarem complemente coladas. A jovem sentia seu coração bater acelerado com as palavras que acabara de ouvir.
"Sou seu"
E ele realmente era!
O corpo de ambos pertenciam um ao outro, e totalmente comandada pelo desejo Carla vira o corpo de Arthur, se colocando sobre ele. Seus beijos passaram a descer pelo corpo escupido do jogador, não demorando a chegar onde realmente queria. Carla o desejava de uma forma assustadora, e sem conseguir mais se controlar a loira toma posse do membro do marido, se deliciando ao ouvir um rugido de prazer escapar da boca de Arthur. A pele de ambos fervia em desejo, e após degustar do prazer do jogador, Carla o sente a puxar de volta, não demorando a penetra-la com força.
- Oh...Oh...Arthur!
Os gritos de ambos ecooavam pelo quarto há cada estocada. O casal permanecia fora de controle, e após o que pareceu horas de prazer, Arthur e Carla chegam finalmente ao limite, não demorando a desabar abraçados enquanto eram envolvidos por um sono que transformaria a madrugada de Picoli.
[...]
Os gritos...
Os pedidos de socorro...
O som dos tapas...
O cheiro de álcool...
Os socos...
A dor!
As lembranças pareciam bombardear a mente de Arthur sem compaixão, e antes que pudesse tentar fugir daquele tormento o loiro já se encontrava novamente preso na casa que lhe era tão familiar.
O real cenário de todos os seus pesadelos...
A origem de todos os seus demônios!
O jogador se debatia na cama enquanto sentia uma camada fina de suor se formar em seu corpo. Arthur estava fora de si, já havia se acostumado com os pesadelos, mas aquele parecia diferente. Era real demais, e aquilo o assustava de uma forma inexplicável. Picoli não suportava mais aquela angústia, e quando começava a desistir de lutar o jovem sente mãos macias tocarem seu rosto o fazendo despertar como se houvesse levado um choque.
- Ei, meu amor! Calma, respira fundo, já passou! Estou aqui!
Carla sussurrava enquanto acariciava o cabelo do marido e o abraçava fortemente. Havia acordado sentindo uma movimentação estranha na cama. Arthur parecia totalmente imerso por um pesadelo, e naquele momento percebeu que seja lá o que fosse, tinha mais poder sobre o loiro do que imaginava.
- Isso...calma!
A jovem declara sentindo a respiração do marido voltar a se acalmar e não demora a deitar novamente na cama ainda abraçada à Arthur. Carla não fazia idéia do que poderia assombrar Picoli, mas naquele momento uma grande pergunta se formava dentro de si.
Afinal, qual o passado do homem com quem havia se casado?
[...]
A loira acorda sentindo braços fortes lhe envolverem e sorri ao perceber que Arthur dormia tranquilamente ao seu lado. Muitas perguntas haviam se formado em sua mente após aquela madrugada, e agora Carla estava totalmente decidida a descobrir o que tanto machucava seu marido. A jovem levanta da cama com cuidado para não acordar o jogador, e após um banho rápido, caminha até a cozinha no intuito de preparar algo para comerem. A Sra.Diaz Picoli descia as escadas tranquilamente, mas antes que pudesse chegar até o cômodo desejado, seu trajeto é interrompido pelo som da campainha. Acreditando ser Ronan, a loira abre a porta animada, não escondendo sua surpresa ao ver um homem mais velho e terrivelmente parecido com seu marido, diante de si. O olhar do desconhecido parecia cansado, mas antes que pudesse falar algo Carla sente os braços que tanto amava, lhe puxarem para trás ao mesmo tempo que um Arthur totalmente possesso se colocava em sua frente.
- O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI?
Picoli grita sentindo o ar fugir de seus pulmões e a raiva tomar conta de si. Não acreditava que aquilo estava acontecendo, que depois de tantos anos a razão de todo o seu sofrimento estava ali.- Oi...filho!
- VOCÊ NÃO É MEU PAI!
Arthur grita sentindo nojo do homem à sua frente. Estava descontrolado e antes que pudesse fazer alguma besteira sente as mãos de Carla segurarem as suas. A loira estava completamente assustada e confusa.
Mas que droga estava acontecendo ali?
Por que Arthur tratava o próprio pai daquele jeito?
- P-Por favor, filho, eu só quero conversar com você. E-Eu sinto muito por tudo que fiz, me perdoa!
- NÃO ME CHAMA ASSIM, VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO! VAI EMBORA DA MINHA CASA, AGORA!
Totalmente fora de controle o jogador avança em direção ao pai, mas sente novamente a esposa o puxar com toda força.
- A-Arthur, se acalma! Olha para mim, amor...Respira fundo!
A jovem sussurra segurando o rosto do marido e olhando no fundo de seus olhos, atraindo automaticamente o olhar do pai do jogador para si. Picoli respira fundo e agarra Carla, dirigindo um olhar sombrio para o pai logo em seguida.
- F-Filho...
- Vai embora...AGORA!
Arthur ordena em um sussurro frio e assustador, não demorando a ver o homem à sua frente recuar, o fazendo fechar a porta com força. Rapidamente o jogador se solta e começa a andar de um lado para o outro. O loiro estava fora de si, e totalmente enfurecido Arthur pega o primeiro vaso de vidro que vê pela frente e joga na parede, assustando Carla com o barulho. A jovem se encontrava completamente paralisada enquanto observava Picoli destruir a sala. Um barulho ainda mais alto é ouvido, a fazendo despertar e correr até o marido, tentando a todo custo acalma- lo.
- Arthur, para, você vai se machu...Aii!
A loira grita de dor sentindo um estilhaço de vidro perfurar seu pé, a fazendo perder o equilíbrio e se apoia das costas nuas do jogador. Picoli estava possesso de raiva, mas assim que sente o toque da esposa em sua pele, o jovem finalmente para pra observar o estrago que havia feito. Em um movimento rápido Arthur se vira, sentindo seu coração se apertar de preocupação e
raiva de si mesmo diante da cena à
sua frente.___________________________________________
Vish, pelo visto o Arthur tem uma relação bastante complicada com o pai, né? 😳
O que será que realmente aconteceu?
Querem mais um capítulo hoje?
Continuo com 30 comentários!!! 💥💣
(2/2)
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Contrato - Carthur
FanfictionO que dizer quando o destino decide unir duas vidas de uma forma nada convencional? Aos 27 anos de idade Arthur Picoli é um dos jogadores de futebol mais idolatrados da atualidade. Mas apesar de todo o talento, o loiro esconde dentro de si cicatriz...